Basílio Horta admite que se vá pedir à Europa "a ajuda que for necessária"

24-08-2011
marcar artigo

Isto sob pena de poder acontecer “um problema social como nunca se viu”. Na oitava conferencia “Olhares Cruzados sobre o Porto”, com o tema “ A aposta nas exportações. Uma oportunidade para o Norte?”, o presidente da AICEP não descartou a possibilidade de ser necessário um financiamento intercalar.

Mas pediu à audiência, composta por empresários, académicos, estudantes e dirigentes de empresas públicas que “se pare de falar no FMI”. “O Presidente da República lembrou, e bem, que existem mecanismos europeus, que existe um Fundo de Estabilização... ou já desistimos disso, e vamos a correr bater à porta do FMI, sem mais nada? Já houve uma tentativa de concertação com a Europa [com a apresentação de mais medidas de austeridade, o denominado PEC IV, que caiu na Assembleia] que acabou por cair. Mas agora não podemos desistir disso”, alertou.

“Temos de fazer o que for preciso. O que não pode acontecer é deixar de haver um nível de financiamento adequado à economia. Sob pena de poder acontecer um problema social como nunca se viu”, avisou o presidente da agência que tenta promover as exportações e aumentar o investimento externo em Portugal.

“O que me dizem é que até Maio está tudo resolvido, e que nós só precisávamos de 9,4 mil milhões em Junho. Depois, passaram a ser dez mil milhões, depois o défice foi revisto em alta, e já são 12 mil milhões. Hoje [ontem, os banqueiros] já falam em 15 mil milhões. Espero sinceramente que alguém saiba os números”, afirmou.

Basílio Horta foi o apresentador de uma conferência que contou com a participação de Manuel Carlos Silva, director-geral da APICCAPS, a associação que representa o sector do calçado, e de Luís Filipe Pereira, CEO da Efacec. Ambos convergiram na análise de que Portugal enfrenta um problema “grave”, e que o ajustamento que vai ser necessário será longuíssimo.

Manuel Carlos Silva afirmou que o problema de Portugal ter vindo a em sido o de “importar modelos de desenvolvimento”, em vez de exportar produtos, uma necessidade que anda a ser falada desde o Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Sustentável (PNDES). “Desde 1997 que se fala de uma meta do peso das exportações no PIB de 40 por cento. Mas foi mais fácil aproveitar taxas de juro baixa para estimular a procura interna do que fazer este esforço de apostar de uma forma sistemática no tecido produtivo”, argumentou.

“A responsabilidade é de todos. Estamos todos aqui metidos. Temos, todos, que fazer alguma coisa. Ou então terá de ser feito um ajustamento brutal, de fora para dentro. E essa possibilidade não está excluída”, afirmou Luís Filipe Pereira.

Isto sob pena de poder acontecer “um problema social como nunca se viu”. Na oitava conferencia “Olhares Cruzados sobre o Porto”, com o tema “ A aposta nas exportações. Uma oportunidade para o Norte?”, o presidente da AICEP não descartou a possibilidade de ser necessário um financiamento intercalar.

Mas pediu à audiência, composta por empresários, académicos, estudantes e dirigentes de empresas públicas que “se pare de falar no FMI”. “O Presidente da República lembrou, e bem, que existem mecanismos europeus, que existe um Fundo de Estabilização... ou já desistimos disso, e vamos a correr bater à porta do FMI, sem mais nada? Já houve uma tentativa de concertação com a Europa [com a apresentação de mais medidas de austeridade, o denominado PEC IV, que caiu na Assembleia] que acabou por cair. Mas agora não podemos desistir disso”, alertou.

“Temos de fazer o que for preciso. O que não pode acontecer é deixar de haver um nível de financiamento adequado à economia. Sob pena de poder acontecer um problema social como nunca se viu”, avisou o presidente da agência que tenta promover as exportações e aumentar o investimento externo em Portugal.

“O que me dizem é que até Maio está tudo resolvido, e que nós só precisávamos de 9,4 mil milhões em Junho. Depois, passaram a ser dez mil milhões, depois o défice foi revisto em alta, e já são 12 mil milhões. Hoje [ontem, os banqueiros] já falam em 15 mil milhões. Espero sinceramente que alguém saiba os números”, afirmou.

Basílio Horta foi o apresentador de uma conferência que contou com a participação de Manuel Carlos Silva, director-geral da APICCAPS, a associação que representa o sector do calçado, e de Luís Filipe Pereira, CEO da Efacec. Ambos convergiram na análise de que Portugal enfrenta um problema “grave”, e que o ajustamento que vai ser necessário será longuíssimo.

Manuel Carlos Silva afirmou que o problema de Portugal ter vindo a em sido o de “importar modelos de desenvolvimento”, em vez de exportar produtos, uma necessidade que anda a ser falada desde o Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Sustentável (PNDES). “Desde 1997 que se fala de uma meta do peso das exportações no PIB de 40 por cento. Mas foi mais fácil aproveitar taxas de juro baixa para estimular a procura interna do que fazer este esforço de apostar de uma forma sistemática no tecido produtivo”, argumentou.

“A responsabilidade é de todos. Estamos todos aqui metidos. Temos, todos, que fazer alguma coisa. Ou então terá de ser feito um ajustamento brutal, de fora para dentro. E essa possibilidade não está excluída”, afirmou Luís Filipe Pereira.

marcar artigo