Reserva alimentar deve ser prioridade política, defende Basílio Horta

19-07-2011
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“Ter uma reserva alimentar é uma questão de prioridade política”, declarou o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), citado pela Lusa, acrescentando que Portugal “tem terras disponíveis” e deve aproveitá-las para “não continuar a importar dois terços do que consome”.

O presidente da AICEP falou após um pequeno-almoço sobre o sector agro-alimentar, organizado pela Vida Económica, sublinhando que as exportações têm aumentado e representam já cerca de 11 por cento do total nacional, “o que revela um grande esforço por parte do sector”. Ainda assim, a balança comercial ainda apresenta um défice de quatro mil milhões de euros.

Basílio Horta frisou que se torna “cada vez mais relevante a criação de uma reserva alimentar, que passa por todo o género de alimentos”, e que é preciso incentivar a produção agrícola, face ao aumento dos preços dos alimentos e das matérias-primas.

Crise global

Nos últimos meses os preços dos alimentos têm subido em força e em Dezembro o índice respectivo da FAO atingiu o seu máximo histórico, que tinha ocorrido em 2008, quando a subida dos preços provocou agitação social e política em vários países de baixos rendimentos.

Ontem, no Fórum Económico Mundial a decorrer em Davos, foi abordado o problema do aumento dos preços dos alimentos e a generalidade dos líderes internacionais presentes esteve de acordo quanto aos riscos desta situação. Os apelos mais enfáticos partiram de dirigentes de países emergentes ou subdesenvolvidos, mas não houve consenso quanto a soluções.

Além da pressão sobre a procura exercida pela ascensão económica de países muito populosos como a China ou a Índia, que faz aumentar a procura também de alimentos que necessitam de mais recursos agrários para a sua produção (como a carne), a emergência dos biocombustíveis também tem ajudado a fazer subir os preços.

A produção de combustíveis a partir de produtos agrícolas faz com que os alimentos sejam desviados da sua função mais essencial ou desvia solos da utilização para esse fim, o que acresce ao problema, para o qual o presidente da Nestlé alertou ontem em Davos.

“Ter uma reserva alimentar é uma questão de prioridade política”, declarou o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), citado pela Lusa, acrescentando que Portugal “tem terras disponíveis” e deve aproveitá-las para “não continuar a importar dois terços do que consome”.

O presidente da AICEP falou após um pequeno-almoço sobre o sector agro-alimentar, organizado pela Vida Económica, sublinhando que as exportações têm aumentado e representam já cerca de 11 por cento do total nacional, “o que revela um grande esforço por parte do sector”. Ainda assim, a balança comercial ainda apresenta um défice de quatro mil milhões de euros.

Basílio Horta frisou que se torna “cada vez mais relevante a criação de uma reserva alimentar, que passa por todo o género de alimentos”, e que é preciso incentivar a produção agrícola, face ao aumento dos preços dos alimentos e das matérias-primas.

Crise global

Nos últimos meses os preços dos alimentos têm subido em força e em Dezembro o índice respectivo da FAO atingiu o seu máximo histórico, que tinha ocorrido em 2008, quando a subida dos preços provocou agitação social e política em vários países de baixos rendimentos.

Ontem, no Fórum Económico Mundial a decorrer em Davos, foi abordado o problema do aumento dos preços dos alimentos e a generalidade dos líderes internacionais presentes esteve de acordo quanto aos riscos desta situação. Os apelos mais enfáticos partiram de dirigentes de países emergentes ou subdesenvolvidos, mas não houve consenso quanto a soluções.

Além da pressão sobre a procura exercida pela ascensão económica de países muito populosos como a China ou a Índia, que faz aumentar a procura também de alimentos que necessitam de mais recursos agrários para a sua produção (como a carne), a emergência dos biocombustíveis também tem ajudado a fazer subir os preços.

A produção de combustíveis a partir de produtos agrícolas faz com que os alimentos sejam desviados da sua função mais essencial ou desvia solos da utilização para esse fim, o que acresce ao problema, para o qual o presidente da Nestlé alertou ontem em Davos.

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