Ivan Basso abandona Tour devido a cancro nos testículos

14-07-2015
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O ciclista italiano da Tinkoff-Saxo anunciou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que vai abandonar de imediato a Volta a França, regressando a Itália para tratar um cancro nos testículos que lhe foi diagnosticado no decorrer da prova francesa.

“Infelizmente tenho más notícias. Foi-me diagnosticado um pequeno cancro no testículo esquerdo, por isso tenho de regressar a Itália. Acabámos de descobrir essa situação há duas horas”, confessou Ivan Basso, com o também ciclista da Tinkoff-Saxo Alberto Contador a seu lado esta segunda-feira, dia descanso da prova.

A doença não lhe seria diagnosticada tão precocemente e no decorrer da prova, não fosse Basso ter caído à quinta etapa do Tour, a 8 de julho, no percurso entre Arras Communauté Urbaine e Amiens Métropole. As dores foram tantas e tão localizadas — mais do que a queda faria prever — que a Tinkoff-Saxo resolveu fazer análises mais aprofundadas a Ivan Basso, nas quais se veio a detetar um cancro nos testículos.

https://twitter.com/tinkoff_saxo/status/620608029147463680/photo/1

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Ivan Basso, 37 anos, era, juntamente com o jovem Peter Sagan, um dos braços-direitos de Alberto Contador quando se aproximam as etapas de grande montanha — já na quarta-feira os ciclistas sobem ao Tourmalet. Sem um dos trepadores de excelência do pelotão internacional, as hipóteses de Contador e da Tinkoff triunfarem são mais reduzidas.

Basso já venceu por duas vezes o Giro de Itália, em 2006 e 2010, tendo terminado no pódio do Tour igualmente por duas vezes. Contudo, nem sempre o percurso de Basso foi de vitórias. Em 2007 viu-se apanhado na rede de doping em Espanha e foi um dos ciclistas envolvidos na operação “Puerto”. Ivan Basso foi banido de toda e qualquer competição velocipédica por dois anos, até 2009.

Basso não é o primeiro ciclista a ser diagnosticado com cancro nos testículos. Lance Armstrong, nos idos da sua carreira de ciclista, também venceu a doença, conquistando, em seguida, por sete vezes o Tour. Soube-se, mais tarde, que o fez graças ao doping (o próprio o confessou), pelo que perdeu todos os títulos.

Não há estudos científicos que associem a prática do ciclismo ao desenvolvimento do cancro nos testículos, mas um estudo divulgado em 2014 pelo Daily Mail dava conta que os homens de meia idade que passam mais do que nove horas por semana a praticar ciclismo, têm seis vezes mais probabilidades de desenvolver cancro, não testicular, mas na próstata.

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“Infelizmente tenho más notícias. Foi-me diagnosticado um pequeno cancro no testículo esquerdo, por isso tenho de regressar a Itália. Acabámos de descobrir essa situação há duas horas”, confessou Ivan Basso, com o também ciclista da Tinkoff-Saxo Alberto Contador a seu lado esta segunda-feira, dia descanso da prova.

A doença não lhe seria diagnosticada tão precocemente e no decorrer da prova, não fosse Basso ter caído à quinta etapa do Tour, a 8 de julho, no percurso entre Arras Communauté Urbaine e Amiens Métropole. As dores foram tantas e tão localizadas — mais do que a queda faria prever — que a Tinkoff-Saxo resolveu fazer análises mais aprofundadas a Ivan Basso, nas quais se veio a detetar um cancro nos testículos.

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Ivan Basso, 37 anos, era, juntamente com o jovem Peter Sagan, um dos braços-direitos de Alberto Contador quando se aproximam as etapas de grande montanha — já na quarta-feira os ciclistas sobem ao Tourmalet. Sem um dos trepadores de excelência do pelotão internacional, as hipóteses de Contador e da Tinkoff triunfarem são mais reduzidas.

Basso já venceu por duas vezes o Giro de Itália, em 2006 e 2010, tendo terminado no pódio do Tour igualmente por duas vezes. Contudo, nem sempre o percurso de Basso foi de vitórias. Em 2007 viu-se apanhado na rede de doping em Espanha e foi um dos ciclistas envolvidos na operação “Puerto”. Ivan Basso foi banido de toda e qualquer competição velocipédica por dois anos, até 2009.

Basso não é o primeiro ciclista a ser diagnosticado com cancro nos testículos. Lance Armstrong, nos idos da sua carreira de ciclista, também venceu a doença, conquistando, em seguida, por sete vezes o Tour. Soube-se, mais tarde, que o fez graças ao doping (o próprio o confessou), pelo que perdeu todos os títulos.

Não há estudos científicos que associem a prática do ciclismo ao desenvolvimento do cancro nos testículos, mas um estudo divulgado em 2014 pelo Daily Mail dava conta que os homens de meia idade que passam mais do que nove horas por semana a praticar ciclismo, têm seis vezes mais probabilidades de desenvolver cancro, não testicular, mas na próstata.

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