Alto Hama: Podem não falar de Cabindamas o problema continua lá

26-01-2012
marcar artigo


O presidente da República e do partido que (des)governa Angola deste 1975, José Eduardo dos Santos, chega terça-feira a Portugal. Na agenda está o que mais interessa aos dois países, sobretudo a possibilidade de Angola comprar Portugal, ou coisa parecida. É claro que nem Cavaco Silva, de quem partiu o convite, nem José Sócrates, estarão interessados em falar de Cabinda.Mas, como a minha agenda é diferente, não poderia deixar de aqui (onde mais poderia ser?) falar desta espinha espetada na consciência de todos aqueles que têm a ousadia de dizer o que pensam ser a verdade.E eu penso desde há muito tempo que Cabinda não faz parte de Angola e que, por isso, deve ser um país independente. Dir-me-ão alguns, sobretudo os que se julgam donos de uma verdade adquirida nos areópagos da baixa política angolana ou portuguesa, que isso é uma utopia.Mais coisa menos coisa, são os mesmos que há 35 anos diziam o mesmo a propósito da independência de Angola, são os mesmos que há poucos meses diziam algo semelhante a propósito do Kosovo, são os mesmos que nesta altura dizem o mesmo quanto ao País Basco.Mas, tal como se disse em relação a Angola e ao Kosovo, um dia destes estará por aqui alguém a falar da efectiva independência de Cabinda.Creio que só por manifesta falta de seriedade intelectual, típica dos diferentes órgãos de soberania portugueses (Presidência da República, Governo e Parlamento), é que pode dizer-se que Cabinda é parte integrante de Angola.


O presidente da República e do partido que (des)governa Angola deste 1975, José Eduardo dos Santos, chega terça-feira a Portugal. Na agenda está o que mais interessa aos dois países, sobretudo a possibilidade de Angola comprar Portugal, ou coisa parecida. É claro que nem Cavaco Silva, de quem partiu o convite, nem José Sócrates, estarão interessados em falar de Cabinda.Mas, como a minha agenda é diferente, não poderia deixar de aqui (onde mais poderia ser?) falar desta espinha espetada na consciência de todos aqueles que têm a ousadia de dizer o que pensam ser a verdade.E eu penso desde há muito tempo que Cabinda não faz parte de Angola e que, por isso, deve ser um país independente. Dir-me-ão alguns, sobretudo os que se julgam donos de uma verdade adquirida nos areópagos da baixa política angolana ou portuguesa, que isso é uma utopia.Mais coisa menos coisa, são os mesmos que há 35 anos diziam o mesmo a propósito da independência de Angola, são os mesmos que há poucos meses diziam algo semelhante a propósito do Kosovo, são os mesmos que nesta altura dizem o mesmo quanto ao País Basco.Mas, tal como se disse em relação a Angola e ao Kosovo, um dia destes estará por aqui alguém a falar da efectiva independência de Cabinda.Creio que só por manifesta falta de seriedade intelectual, típica dos diferentes órgãos de soberania portugueses (Presidência da República, Governo e Parlamento), é que pode dizer-se que Cabinda é parte integrante de Angola.

marcar artigo