TVI põe fim ao comentário político de Augusto Santos Silva

03-07-2015
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O futebol tem sido a âncora usada pela TVI 24 para fixar audiências. Os frutos já são visíveis com a transmissão dos jogos da Copa América a colocarem o canal de informação à frente do seu principal concorrente, a SIC Notícias, em vários dias da semana. No entanto, esta estratégia não agradou a todos e, esta terça-feira, culminou com a saída de Augusto Santos Silva do programa de comentário político "Os Porquês da política".

Incomodado com as constantes alterações de programação, justificadas com a sobreposição de horários com os jogos, o socialista comentou no Facebook: "A TVI já estará farta de comentadores inscritos em partidos políticos e, como já lá tem fartura que chegue de inscritos no PSD, não precisa de um inscrito no PS". Ao que o Diário Económico apurou, terá sido este ‘post' que motivou a direcção de informação a enviar uma carta ao socialista rescindindo unilateralmente o contrato com o comentador, que colaborava com a estação desde Janeiro de 2012.

"Que um programa seja constantemente mudado e que as pessoas que o queiram ver não saiba quando vai passar, que um dia às três da tarde deixe de existir e volte a existir às cinco com novo horário acho uma desconsideração e expliquei isso aos espectadores com os meios de que disponho", disse ao Diário Económico Augusto Santos Silva, acrescentando que "nada disso é razão suficiente para terminar a minha colaboração. O contrato não termina por minha iniciativa mas por iniciativa da TVI". Na carta de rescisão que recebeu, garante, "não há nenhuma justificação".

Como a cláusula que permite a rescisão unilateral do contrato prevê o aviso com 30 dias de antecedência, o comentador vai manter-se até 28 de Julho, participando assim em mais quatro programas conduzidos pelo jornalista Paulo Magalhães.

Sérgio Figueiredo confirmou o fim da colaboração regular de Santos Silva com a TVI e agradeceu o "prestígio e qualidade de comentário que nestes últimos anos emprestou à TVI 24". Mas, à margem da apresentação do WTCC (ver foto), o director de informação da TVI defendeu que "os canais de informação do cabo, não podem nem devem ter uma perspectiva fechada da informação, não tem de ser tudo em estúdio com uns senhores muito engravatados e bem comportados a falar sobre os portugueses. Não é um conjunto de pessoas, que também são importantes para formar opinião e construir uma capacidade de análise, a falarem sobre problemas que normalmente os próprios não vivem".

Sérgio Figueiredo sublinhou ainda a importância do desporto-rei para o canal. "O futebol tem trazido muita gente à antena, pessoas que mesmo quando os jogos não estão a acontecer ficam no canal. Aconteceu com a Champions e está a acontecer com a Copa América. É o primeiro mês que a TVI 24 lidera, não é só por causa do futebol, mas tem-nos dado audiências noutras faixas horárias inusitadas", afirmou.

O futebol tem sido a âncora usada pela TVI 24 para fixar audiências. Os frutos já são visíveis com a transmissão dos jogos da Copa América a colocarem o canal de informação à frente do seu principal concorrente, a SIC Notícias, em vários dias da semana. No entanto, esta estratégia não agradou a todos e, esta terça-feira, culminou com a saída de Augusto Santos Silva do programa de comentário político "Os Porquês da política".

Incomodado com as constantes alterações de programação, justificadas com a sobreposição de horários com os jogos, o socialista comentou no Facebook: "A TVI já estará farta de comentadores inscritos em partidos políticos e, como já lá tem fartura que chegue de inscritos no PSD, não precisa de um inscrito no PS". Ao que o Diário Económico apurou, terá sido este ‘post' que motivou a direcção de informação a enviar uma carta ao socialista rescindindo unilateralmente o contrato com o comentador, que colaborava com a estação desde Janeiro de 2012.

"Que um programa seja constantemente mudado e que as pessoas que o queiram ver não saiba quando vai passar, que um dia às três da tarde deixe de existir e volte a existir às cinco com novo horário acho uma desconsideração e expliquei isso aos espectadores com os meios de que disponho", disse ao Diário Económico Augusto Santos Silva, acrescentando que "nada disso é razão suficiente para terminar a minha colaboração. O contrato não termina por minha iniciativa mas por iniciativa da TVI". Na carta de rescisão que recebeu, garante, "não há nenhuma justificação".

Como a cláusula que permite a rescisão unilateral do contrato prevê o aviso com 30 dias de antecedência, o comentador vai manter-se até 28 de Julho, participando assim em mais quatro programas conduzidos pelo jornalista Paulo Magalhães.

Sérgio Figueiredo confirmou o fim da colaboração regular de Santos Silva com a TVI e agradeceu o "prestígio e qualidade de comentário que nestes últimos anos emprestou à TVI 24". Mas, à margem da apresentação do WTCC (ver foto), o director de informação da TVI defendeu que "os canais de informação do cabo, não podem nem devem ter uma perspectiva fechada da informação, não tem de ser tudo em estúdio com uns senhores muito engravatados e bem comportados a falar sobre os portugueses. Não é um conjunto de pessoas, que também são importantes para formar opinião e construir uma capacidade de análise, a falarem sobre problemas que normalmente os próprios não vivem".

Sérgio Figueiredo sublinhou ainda a importância do desporto-rei para o canal. "O futebol tem trazido muita gente à antena, pessoas que mesmo quando os jogos não estão a acontecer ficam no canal. Aconteceu com a Champions e está a acontecer com a Copa América. É o primeiro mês que a TVI 24 lidera, não é só por causa do futebol, mas tem-nos dado audiências noutras faixas horárias inusitadas", afirmou.

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