Comissão para a reforma do Estado “era o abraço de urso”

12-02-2013
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Ex-ministro da Saúde e eurodeputado diz que PS não se deve furtar ao debate mas que “fez bem” em rejeitar participar na comissão no Parlamento.

Correia de Campos acusa o Governo de ter errado "desde o princípio, ao confundir reforma do Estado com receitas para a crise, défices imprevistos, agravados por erradas políticas, com cortes orçamentais absurdos" e comparou a comissão proposta pela maioria para discutir a reforma a um "convite envenenado".

"PS fez bem em recusar o convite envenenado, o abraço de urso, que iludiria o país e em nada faria avançar o consenso. A produção pelo Parlamento de uma legislação de maioria qualificada, a ter ligar, deverá ser o coroar de um processo, jamais o seu apressado início", escreve António Correia de Campos hoje no jornal "Público.

As palavras do ex-ministro da Saúde ganham hoje novo impacto dado que o PSD já fez saber que não desiste da comissão da reforma do Estado - à qual Assunção Esteves recusou dar posse por não haver contraditório (a oposição rejeitou participar) - e que amanhã levará, de novo, o assunto a debate na conferência de líderes. Uma posição que está a ser vista no PS como uma forma de pressão sobre a presidente da Assembleia da República.

Correia de Campos critica ainda o Governo porque "só agora, tarde e a más horas, vem reciclar projectos de grandes redes ferroviárias que condenou no Governo Sócrates, desistindo de usar, em tempo útil, centenas de milhões em ajudas da União" e diz que Passos voltou a errar na "forma como manipulou as condições do debate "sobre a reforma do Estado". Isto porque, diz, definiu à partida, "sem justificar", uma meta quantificada: os quatro mil milhões de euros de corte na despesa pública.

O ex-ministro socialista diz que o primeiro-ministro tem, agora, que explicar "que prioridades vai eleger, que interesses vai derrubar, que classes vai proteger, que cidadãos vai deixar cair, que valores vai sacrificar". E, sobretudo, "como pensa sair da paralisia económica que criou".

Ex-ministro da Saúde e eurodeputado diz que PS não se deve furtar ao debate mas que “fez bem” em rejeitar participar na comissão no Parlamento.

Correia de Campos acusa o Governo de ter errado "desde o princípio, ao confundir reforma do Estado com receitas para a crise, défices imprevistos, agravados por erradas políticas, com cortes orçamentais absurdos" e comparou a comissão proposta pela maioria para discutir a reforma a um "convite envenenado".

"PS fez bem em recusar o convite envenenado, o abraço de urso, que iludiria o país e em nada faria avançar o consenso. A produção pelo Parlamento de uma legislação de maioria qualificada, a ter ligar, deverá ser o coroar de um processo, jamais o seu apressado início", escreve António Correia de Campos hoje no jornal "Público.

As palavras do ex-ministro da Saúde ganham hoje novo impacto dado que o PSD já fez saber que não desiste da comissão da reforma do Estado - à qual Assunção Esteves recusou dar posse por não haver contraditório (a oposição rejeitou participar) - e que amanhã levará, de novo, o assunto a debate na conferência de líderes. Uma posição que está a ser vista no PS como uma forma de pressão sobre a presidente da Assembleia da República.

Correia de Campos critica ainda o Governo porque "só agora, tarde e a más horas, vem reciclar projectos de grandes redes ferroviárias que condenou no Governo Sócrates, desistindo de usar, em tempo útil, centenas de milhões em ajudas da União" e diz que Passos voltou a errar na "forma como manipulou as condições do debate "sobre a reforma do Estado". Isto porque, diz, definiu à partida, "sem justificar", uma meta quantificada: os quatro mil milhões de euros de corte na despesa pública.

O ex-ministro socialista diz que o primeiro-ministro tem, agora, que explicar "que prioridades vai eleger, que interesses vai derrubar, que classes vai proteger, que cidadãos vai deixar cair, que valores vai sacrificar". E, sobretudo, "como pensa sair da paralisia económica que criou".

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