BMW M diesel nas séries 5, X5 e X6

16-03-2012
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Em tecnologia mecânica e motores de combustão interna, a BMW tem-se mantido na liderança. O novo motor a gasóleo com três turbos, desenvolvido pela divisão M para os série 5, X5 e X6 impressiona. João Palma

Como uma simples descrição pode enganar: a BMW acaba de lançar um carro com 4,9m de comprimento, 1,45m de largura, 1,86m de altura, nas carroçarias sedan e carrinha, mala de 520 litros no sedan e 560 litros na carrinha, pesando duas toneladas. Com Start & Stop (paragem e arranque automáticos do motor) e recuperação de energia da travagem consome 6,3 l/100 km de gasóleo no sedan (dados do construtor).

Esta é a perfeita descrição de um pacato estradista e é também um perfeito engano - o BMW M550d xDrive é tudo isto e muito mais. É verdade que é espaçoso e confortável, mas o capot esconde um motor 3.0, 6 cilindros, a gasóleo, com três turbos de geometria variável, desenvolvido pela M, a subsidiária da BMW que produz carros de competição e os mais desportivos e musculados modelos de série da marca bávara. Este BMW série 5 "vitaminado" marca a estreia da M na produção de motores a gasóleo: com 381cv e 740 Nm de binário, este desportivo disfarçado de estradista familiar vai dos 0 aos 100 km/h em 4,7s (no sedan) e só não passa dos 250 km/h porque tem a velocidade limitada.

O mais potente motor a gasóleo de 6 cilindros que equipa carros de produção e a inovadora tecnologia de triplo turbo confere ao M550d elasticidade e respostas excepcionais. Um turbo menor funciona desde o arranque (não há o "degrau" de um turbo comum, em que só se nota a força acrescida do motor acima de alguma rotação - em geral 1500/2000 rpm). O turbo maior intervém às 1500 rpm. Acima das 2700 rpm activa-se o terceiro e mais pequeno turbo. O resultado: 381cv de potência entre 4000 e 4400 rpm e 740 Nm de binário logo desde as 2000 rpm e até às 3000 rpm. E os técnicos da BMW ainda admitem vir a aumentar a potência deste propulsor para 408cv...

A caixa automática de 8 relações com configuração específica para este modelo e possibilidade de selecção manual por meio de patilhas junto ao volante tem um funcionamento suave e eficiente e também contribui para a redução de consumos. Pode-se optar por quatro modos de condução: Eco Pro, Comfort, Sport e Sport+ (para condução desportiva nos limites).

No arranque, sente-se a potência disponível, mas em especial nos modos Eco e Comfort, a velocidades moderadas, dominam a suavidade, o silêncio e o conforto de condução. Pise-se um pouco o acelerador e acorda-se o "monstro" que começa a rugir e a devorar asfalto. As afinações específicas para este modelo da tracção integral permanente xDrive, da suspensão e da direcção conferem ao M550d uma estabilidade e dirigibilidade superiores.

Na apresentação internacional, no Sul da Alemanha, foi possível comprovar o comportamento desta máquina no modo Sport+ em estreitas e sinuosas estradas rurais. Num trecho com cerca de 40 km de auto-estrada sem limite de velocidade, o velocímetro indicava 255 km/h... Mais do que a velocidade atingida, a nota dominante foi a consistência do carro a altas velocidades e o conforto proporcionado pela suspensão.

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O BMW M550d posiciona-se, segundo o fabricante bávaro, num patamar intermédio entre os carros normais e os M desportivos puros. Este novo propulsor a diesel da M também vai ser usado nos SUV (Sports Utility Vehicle) X5 e X6, a partir de Junho, não havendo ainda preços definidos.

Outro novo produto M Performance é um protótipo derivado do BMW série 1, que pode ser visto por estes dias no Salão de Genebra. O BMW Concept M135i, um hatchback de 3 portas, tem um motor 3.0 de 6 cilindros, desta feita a gasolina, com cerca de 320cv, tracção traseira e jantes de 18 polegadas.

Em simultâneo com os M550d, X5 M50d e X6 M50d foi também apresentada uma versão do BMW série 6 a gasóleo, o 640d, com tracção integral. O BMW 640d xDrive foi concebido tendo em vista as especificidades do mercado europeu, onde predomina a procura por veículos a gasóleo. No entanto, no caso especial de Portugal, cuja maior parte do território não tem neve e gelo nas estradas, a tracção integral, além de prejudicar um pouco as performances e consumos, encarece o carro em cerca de 3000€ em relação ao 640d apenas com tracção traseira.

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Em tecnologia mecânica e motores de combustão interna, a BMW tem-se mantido na liderança. O novo motor a gasóleo com três turbos, desenvolvido pela divisão M para os série 5, X5 e X6 impressiona. João Palma

Como uma simples descrição pode enganar: a BMW acaba de lançar um carro com 4,9m de comprimento, 1,45m de largura, 1,86m de altura, nas carroçarias sedan e carrinha, mala de 520 litros no sedan e 560 litros na carrinha, pesando duas toneladas. Com Start & Stop (paragem e arranque automáticos do motor) e recuperação de energia da travagem consome 6,3 l/100 km de gasóleo no sedan (dados do construtor).

Esta é a perfeita descrição de um pacato estradista e é também um perfeito engano - o BMW M550d xDrive é tudo isto e muito mais. É verdade que é espaçoso e confortável, mas o capot esconde um motor 3.0, 6 cilindros, a gasóleo, com três turbos de geometria variável, desenvolvido pela M, a subsidiária da BMW que produz carros de competição e os mais desportivos e musculados modelos de série da marca bávara. Este BMW série 5 "vitaminado" marca a estreia da M na produção de motores a gasóleo: com 381cv e 740 Nm de binário, este desportivo disfarçado de estradista familiar vai dos 0 aos 100 km/h em 4,7s (no sedan) e só não passa dos 250 km/h porque tem a velocidade limitada.

O mais potente motor a gasóleo de 6 cilindros que equipa carros de produção e a inovadora tecnologia de triplo turbo confere ao M550d elasticidade e respostas excepcionais. Um turbo menor funciona desde o arranque (não há o "degrau" de um turbo comum, em que só se nota a força acrescida do motor acima de alguma rotação - em geral 1500/2000 rpm). O turbo maior intervém às 1500 rpm. Acima das 2700 rpm activa-se o terceiro e mais pequeno turbo. O resultado: 381cv de potência entre 4000 e 4400 rpm e 740 Nm de binário logo desde as 2000 rpm e até às 3000 rpm. E os técnicos da BMW ainda admitem vir a aumentar a potência deste propulsor para 408cv...

A caixa automática de 8 relações com configuração específica para este modelo e possibilidade de selecção manual por meio de patilhas junto ao volante tem um funcionamento suave e eficiente e também contribui para a redução de consumos. Pode-se optar por quatro modos de condução: Eco Pro, Comfort, Sport e Sport+ (para condução desportiva nos limites).

No arranque, sente-se a potência disponível, mas em especial nos modos Eco e Comfort, a velocidades moderadas, dominam a suavidade, o silêncio e o conforto de condução. Pise-se um pouco o acelerador e acorda-se o "monstro" que começa a rugir e a devorar asfalto. As afinações específicas para este modelo da tracção integral permanente xDrive, da suspensão e da direcção conferem ao M550d uma estabilidade e dirigibilidade superiores.

Na apresentação internacional, no Sul da Alemanha, foi possível comprovar o comportamento desta máquina no modo Sport+ em estreitas e sinuosas estradas rurais. Num trecho com cerca de 40 km de auto-estrada sem limite de velocidade, o velocímetro indicava 255 km/h... Mais do que a velocidade atingida, a nota dominante foi a consistência do carro a altas velocidades e o conforto proporcionado pela suspensão.

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O BMW M550d posiciona-se, segundo o fabricante bávaro, num patamar intermédio entre os carros normais e os M desportivos puros. Este novo propulsor a diesel da M também vai ser usado nos SUV (Sports Utility Vehicle) X5 e X6, a partir de Junho, não havendo ainda preços definidos.

Outro novo produto M Performance é um protótipo derivado do BMW série 1, que pode ser visto por estes dias no Salão de Genebra. O BMW Concept M135i, um hatchback de 3 portas, tem um motor 3.0 de 6 cilindros, desta feita a gasolina, com cerca de 320cv, tracção traseira e jantes de 18 polegadas.

Em simultâneo com os M550d, X5 M50d e X6 M50d foi também apresentada uma versão do BMW série 6 a gasóleo, o 640d, com tracção integral. O BMW 640d xDrive foi concebido tendo em vista as especificidades do mercado europeu, onde predomina a procura por veículos a gasóleo. No entanto, no caso especial de Portugal, cuja maior parte do território não tem neve e gelo nas estradas, a tracção integral, além de prejudicar um pouco as performances e consumos, encarece o carro em cerca de 3000€ em relação ao 640d apenas com tracção traseira.

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