Mais de 370 migrantes resgatados, 25 mortos e 200 desaparecidos no último naufrágio no Mediterrâneo

02-10-2015
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As operações de resgate prosseguem no Mediterrâneo, embora as autoridades já não tenham muita esperança de encontrar sobreviventes

Os 373 sobreviventes do naufrágio ocorrido esta quarta-feira, ao largo da Líbia, deverão chegar esta tarde ao porto italiano de Palermo, na Sicília.

Os migrantes seguem a bordo do navio militar irlandês Le Niamh, que integra a operação europeia Tritão, que tem como objetivo o resgate e o salvamento de pessoas no Mediterrâneo.

De acordo com a guarda costeira italiana, foram recuperados 25 cadávares e identificados cerca de 150 migrantes. Não há confirmação do número de pessoas que seguiam na embarcação, mas as informações iniciais apontavam para cerca de 600 migrantes, sobretudo provenientes da Síria.

As autoridades temem por isso que mais de 200 pessoas possam ter morrido no último naufrágio no Mediterrâneo. As operações de resgate prosseguem mas as autoridades já não têm muita esperança de encontrar sobreviventes.

“O que aconteceu foi que o barco estava sobrelotado e as condições eram tais, que quanto começou a meter água e a inclinar-se para um lado, virou-se e afundou em minutos”, afirmou o ministro irlandês da Defesa Simon Coveney à rádio RTE, citado pela Reuters. O governante defende a necessidade de uma maior cooperação entre as autoridades europeias.

Por cá, a presidente da Assembleia da República também já lamentou a mais recente tragédia no Mediterrâneo, frisando que os protagonistas carregam “o grande infortúnio do mundo”.

“As medidas decretadas pela União Europeia são claramente insuficientes. O Triton não é a chave das soluções. É preciso ir às causas. É preciso agir, no sentido de ação como algo verdadeiramente novo. As migrações chamam por uma política externa europeia pró-ativa, dirigida aos países de origem e de trânsito, dirigida ao desenvolvimento e marcada pela unidade”, sustentou Assunção Esteves.

A embarcação emitiu na quarta-feira à tarde um pedido de socorro dirigido à guarda costeira de Catânia, na Itália, quando estava a cerca de 15 milhas da costa da Líbia. Segundo a Marinha irlandesa, a primeira a chegar ao local, os migrantes terão corrido para a mesma zona onde se encontravam os botes de salvamento, descompensando o equilíbrio e fazendo virar o barco.

O drama da migração clandestina continua assim a causar mais vítimas. Só este ano e sem contar com este último naufrágio, mais de 2000 pessoas morreram quando tentavam chegar à Europa, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.

As operações de resgate prosseguem no Mediterrâneo, embora as autoridades já não tenham muita esperança de encontrar sobreviventes

Os 373 sobreviventes do naufrágio ocorrido esta quarta-feira, ao largo da Líbia, deverão chegar esta tarde ao porto italiano de Palermo, na Sicília.

Os migrantes seguem a bordo do navio militar irlandês Le Niamh, que integra a operação europeia Tritão, que tem como objetivo o resgate e o salvamento de pessoas no Mediterrâneo.

De acordo com a guarda costeira italiana, foram recuperados 25 cadávares e identificados cerca de 150 migrantes. Não há confirmação do número de pessoas que seguiam na embarcação, mas as informações iniciais apontavam para cerca de 600 migrantes, sobretudo provenientes da Síria.

As autoridades temem por isso que mais de 200 pessoas possam ter morrido no último naufrágio no Mediterrâneo. As operações de resgate prosseguem mas as autoridades já não têm muita esperança de encontrar sobreviventes.

“O que aconteceu foi que o barco estava sobrelotado e as condições eram tais, que quanto começou a meter água e a inclinar-se para um lado, virou-se e afundou em minutos”, afirmou o ministro irlandês da Defesa Simon Coveney à rádio RTE, citado pela Reuters. O governante defende a necessidade de uma maior cooperação entre as autoridades europeias.

Por cá, a presidente da Assembleia da República também já lamentou a mais recente tragédia no Mediterrâneo, frisando que os protagonistas carregam “o grande infortúnio do mundo”.

“As medidas decretadas pela União Europeia são claramente insuficientes. O Triton não é a chave das soluções. É preciso ir às causas. É preciso agir, no sentido de ação como algo verdadeiramente novo. As migrações chamam por uma política externa europeia pró-ativa, dirigida aos países de origem e de trânsito, dirigida ao desenvolvimento e marcada pela unidade”, sustentou Assunção Esteves.

A embarcação emitiu na quarta-feira à tarde um pedido de socorro dirigido à guarda costeira de Catânia, na Itália, quando estava a cerca de 15 milhas da costa da Líbia. Segundo a Marinha irlandesa, a primeira a chegar ao local, os migrantes terão corrido para a mesma zona onde se encontravam os botes de salvamento, descompensando o equilíbrio e fazendo virar o barco.

O drama da migração clandestina continua assim a causar mais vítimas. Só este ano e sem contar com este último naufrágio, mais de 2000 pessoas morreram quando tentavam chegar à Europa, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.

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