“O poder terá de chorar muitas vezes para ver se resolvemos isto”

11-05-2015
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“O poder terá de chorar muitas vezes para ver se resolvemos isto”

Carla Castro

11:36

A presidente da Assembleia da República recorda as suas próprias palavras numa cerimónia de homenagem aos mortos no Mediterrâneo, no dia em que recebe em Lisboa os presidentes dos parlamentos da União para aquela zona do mundo.

"Talvez o poder tenha de chorar muitas vezes para ver se resolvemos isto". A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, recorda as suas próprias palavras para Martin Schultz, presidente do Parlamento Europeu, durante uma cerimónia, ao largo da ilha de Lampedusa, numa homenagem às centenas de imigrantes ilegais que já morreram nas águas do Mediterrâneo.

A recordação de Assunção Esteves, em declarações à TSF, ocorre no dia em que o Parlamento português acolhe a cimeira dos presidentes dos parlamentos da União para o Mediterrâneo, onde se vão debater as questões da imigração, asilo e ajuda humanitária na região euro-mediterrânica.

"Havia um barco em que estávamos nós, os políticos, e era muito difícil ouvir o que dizia o padre na cerimónia, porque os gritos desesperados dos familiares que estavam no barco ao lado estavam ali a lembrar o que tinha acontecido, o que tinham vivido e gritavam virados para o mar. E devo dizer que muitos de nós chorámos", confessou a presidente do Parlamento português, que será a anfitriã do encontro de hoje.

“O poder terá de chorar muitas vezes para ver se resolvemos isto”

Carla Castro

11:36

A presidente da Assembleia da República recorda as suas próprias palavras numa cerimónia de homenagem aos mortos no Mediterrâneo, no dia em que recebe em Lisboa os presidentes dos parlamentos da União para aquela zona do mundo.

"Talvez o poder tenha de chorar muitas vezes para ver se resolvemos isto". A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, recorda as suas próprias palavras para Martin Schultz, presidente do Parlamento Europeu, durante uma cerimónia, ao largo da ilha de Lampedusa, numa homenagem às centenas de imigrantes ilegais que já morreram nas águas do Mediterrâneo.

A recordação de Assunção Esteves, em declarações à TSF, ocorre no dia em que o Parlamento português acolhe a cimeira dos presidentes dos parlamentos da União para o Mediterrâneo, onde se vão debater as questões da imigração, asilo e ajuda humanitária na região euro-mediterrânica.

"Havia um barco em que estávamos nós, os políticos, e era muito difícil ouvir o que dizia o padre na cerimónia, porque os gritos desesperados dos familiares que estavam no barco ao lado estavam ali a lembrar o que tinha acontecido, o que tinham vivido e gritavam virados para o mar. E devo dizer que muitos de nós chorámos", confessou a presidente do Parlamento português, que será a anfitriã do encontro de hoje.

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