A última viagem de Eusébio. “Ele libertou-se da lei da morte”

12-10-2015
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20h03: Terminou a cerimónia oficial de trasladação de Eusébio de Silva Ferreira para o Panteão Nacional.

20h01: No Campo de Santa Clara estiveram mais de 200 pessoas a assistir à cerimónia, a partir de um ecrã gigante que transmitia a emissão da RTP. A multidão, reunida a partir das 18h30, está agora a dispersar.

19h57: Eusébio está agora a ser transportado para a sala 2 do Panteão Nacional. É a 12ª personalidade a receber honras de Panteão e a primeira do mundo desportivo.

19h52: À semelhança do que ocorreu no início, ouve-se o Hino Nacional, para encerrar a cerimónia de trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional.

19h52: O Presidente da República assina o termo de sepultura, que autoriza a trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional, seguido de Assunção Esteves e Pedro Passos Coelho. É com este documento que o King será colocado na sala 2 do Panteão, ao lado de do escritor Aquilino Ribeiro, do general Humberto Delgado e da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen.

19h49: Um vídeo, projetado, relembra a vida e obra do Pantera Negra.

19h46: Cavaco relembra Eusébio como "uma figura nacional", que se destacou como poucos. O Pantera Negra "é um traço de união entre os portugueses, mas também no mundo lusófono", sublinha. E afirma que a concessão de honras de Panteão a Eusébio é um "ato verdadeiramente democrático".

19h43: Cavaco Silva chega-se à frente para discursar e homenagear o Pantera Negra. De entre o público, alguém grita: "Vai mas é trabalhar!" Ouve-se ainda "Cala-te", "Vai para casa" e vários assobios durante o discurso.

19h39: A presidente da Assembleia da República destaca: "Ele nao é apenas o futebolista intemporal, é também o homem intemporal. E, no entanto, ouvimo-lo dizer: eu não sou melhor que ninguém".

19h36: Assunção Esteves já começou a falar. E recorda Eusébio como aquele que mostrou "que podemos ser heróis nas coisas que fazemos". "Ele é o vencedor que se fez mito".

19h24: "Eusébio não morreu, só se ausentou fisicamente. Com o seu afastamento nós é que morremos sem ele. A eternidade rima com ele, rima com eternidade", conclui António Simões.

19h21: O Pantera Negra conquistou unanimidade nos elogios, desde o futebol à política, passando pelo povo "que o idolatrava e que ele amava", sublinha o "irmão branco" de Eusébio. "Eusébio, o maior herói popular do século XX português".

19h18: Eusébio "era ele, sendo todos nós", afirma António Simões. "Era ele, sendo mais que todos nós: transportava talento, dedicação, arte, deslumbramento".

19h13: O ex-futebolista António Simões, o "irmão branco" de Eusébio da Silva Ferreira, faz o elogio fúnebre. "Jogo, como sempre fiz, ao lado do Eusébio", diz, acrescentando que o Pantera Negra "é o maior desportista português".

19h10: Dulce Pontes começa a interpretar o Hino Nacional.

Tiago Miranda

19h04: Não há povo na zona mais próxima do Panteão Nacional, reservada apenas para familiares e algumas personalidades. Minutos antes, perto dessa zona, ouvia-se: "Então ele vem para o meu bairro e eu não posso ir lá ver de perto?" ou "Aquilo é só para os VIPs, é para a elite".

Tiago Miranda

19h00: A urna com os restos mortais do Pantera Negra já chegou ao Panteão Nacional. Junto a esta, os visitantes que aí passarem, a partir de hoje, poderão ler: "Eusébio da Silva Ferreira é um dos maiores futebolistas de sempre (...). Tornou-se um símbolo nacional, um marco da globalização e da importância de Portugal no mundo".

18h57: O Presidente da República, Cavaco Silva, chega ao local.

18h50: Bagão Félix, junto ao Panteão, fala aos jornalistas sobre o King: "Eusébio libertou-se da lei da morte, através da memória".

18h49: O primeiro-ministro já chegou ao Panteão Nacional.

18h46: Ouvido no meio do povo: "Então ele vem para o meu bairro e eu não posso ir lá ver de perto? Então não o quero cá!" "Aquilo é só para os VIPs, é para a elite". Entre a rua do Paraíso, a Calçada do Forte e a Calçada do Cascão há uma mescla enorme de gente, entre turistas, pessoas que vivem no bairro e veem-se pessoas (aparentemente) de todas as faixas etárias e classes sociais.

18h43: Cortejo neste momento está parado junto a esquadra da polícia, em Santa Apólonia, a fazer um compasso de espera, por questões de protocolo, uma vez que a chegada ao Panteão está prevista para as 19h. Junto ao Panteão, algumas pessoas mandam piadas: "Olha, roubaram os cavalos!" ou "Ainda não comeram a palha, por isso não têm forças para subir".

18h42: Os donos de estabelecimentos na Rua do Paraíso afirmam que o negócio, hoje, "correu melhor" que o habitual e todos concordam com as honras de Panteão. Há quem aproveite para fazer negócio, anunciando: "Olh'ó cachecol do Benfica a cinco euros!"

18h40: Dinis Froes, de cinco anos, está sentado no passeio à espera de ver o Eusébio passar. Joga nas escolinhas do Benfica e veio com o pai e os avós. Diz que gostava de ser "um Lima" e "até chorou quando sube que o Lima ia embora". Quando Eusébio passar, vai esticar o cachecol de Portugal, garante.

Tiago Miranda

18h35: Na rua do Paraíso, perto do Panteão Nacional, há dezenas de pessoas sentadas nas escadas que são acesso às portas dos prédios antigos. Outras estão junto aos cafés. Novos e velhos, todos esperam a chegada de Eusébio.

18h22: João Mendes, de 60 anos, marca lugar no local desde as 15h. Vestido com as cores e símbolo do Benfica dos pés à cabeça, diz que "assistiu ao funeral" do Pantera Negra e já foi sócio do Benfica, mas desistiu "numa altura muito reles" do Clube, "quando Vale e Azevedo chegou a presidente". Fã do ex-futebolista, viu-o jogar várias vezes e não tem dúvidas: "Isto [trasladação] era o que ele merecia". Questionado sobre a hipótese do Benfica ter outro jogador mítico como o Eusébio, João responde: "Eusébio há só um".

18h15: Já se encontram várias dezenas de pessoas junto ao Panteão Nacional. Entre as figuras públicas que já chegaram ao local, está o selecionador nacional Fernando Santos para homenagear o Pantera Negra, a 12ª personalidade a ser distinguida com esta honra e a primeira do mundo do desporto.

18h03: Urna chega à Assembleia da República. Pessoas na rua e deputados na escadaria aplaudem à passagem da charrete, seguida por 75 homens da GNR a cavalo.

18h01: Recorde-se que a concessão de "honras de Panteão" a Eusébio da Silva Ferreira foi aprovada a 20 de fevereiro, por unanimidade, no Parlamento.

17h53: Cortejo está agora a entrar na rua de S. Bento, em direção à Assembleia da República. Assunção Esteves já se encontra na escadaria, juntamente com pouco mais de 50 deputados (um número distante do total de 230 deputados que compõem o Parlamento). A cerimónia, que foi organizada pela Assembleia, deverá custar cerca de 75 mil euros.

17h46: Na fachada do edifício, vê-se um grande cartaz gigante de homenagem a Eusébio: "Os génios vivem para sempre" (imagem que tem sido partilhada, durante o dia, nas redes sociais - e que já aqui divulgámos).

17h45: Ouvem-se aplausos e cânticos na rua, de homenagem ao Pantera Negra: "Benfica, Benfica!" e "Viva Eusébio". Cachecóis, bandeiras de Portugal e do Benfica acenam no ar, honrando este símbolo da seleção nacional e do Benfica.

17h42: O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, o vice-presidente Humberto Coelho e o presidente da Mesa da Assembleia-Geral José Luís Arnault, entre outros, encontram-se junto ao edifício da FPF para prestar homenagem a Eusébio.

17h39: Os restos mortais de Eusébio continuam ser transportados na charrete, rumo ao Panteão Nacional. Neste momento, o cortejo aproxima-se da Federação Portuguesa de Futuebol, onde se realiza uma pequena paragem.

17h21: A charrete sai neste momento do Parque Eduardo VII, numa viagem mais lenta até ao Panteão Nacional. O veículo de tracção animal, puxado por quatro cavalos brancos, é seguido por cerca de 75 cavaleiros.

17h13: O caixão com os restos mortais do Pantera Negra está a ser deslocado do carro fúnebre para a charrete, puxada por quatro cavalos de raça Lusitana. No final, as pessoas - que se tinham mantido em silêncio - aplaudem a transferência. A cena passa-se debaixo da bandeira nacional, mas algumas pessoas acenam ainda com bandeiras do Benfica.

Campiso Rocha

17h10: No topo do Parque Eduardo VII, o carro fará uma paragem de cerca de 15 minutos. Duas centenas de pessoas estão reunidas para homenagear o ex-futebolista português. Num dos cachecóis que uma das pessoas leva consigo, pode ler-se: "Eusébio sempre".

17h08: O carro fúnebre (o mesmo que foi usado no funeral de Eusébio, a 6 de janeiro já chegou ao Parque Eduardo VII e está a subir até ao alto do Parque, onde se encontra a bandeira nacional, desfraldada ao vento.

17h00: Também em Madrid, no Santiago Bernabéu, se fez um minuto de silêncio pelo ex-futebolista português.

16h48: A urna segue, neste momento, para o Parque Eduardo VII, escoltada por 22 motos da GNR.

16h43: A última viagem de Eusébio faz uma paragem na Luz. O hino do Benfica foi ouvido por duas vezes, com as pessoas a aplaudir. No final, as claques começam a gritar: "Eusébio tu és o nosso rei, és o nosso rei eternamente".

Tiago Miranda

16h41: Ao Estádio da Luz chegam Luís Filipe Vieira, José Eduardo Moniz, Luís Nazaré (respetivamente, o presidente, vice-presidente e presidente da Mesa da Assembleia-Geral). No palanque estão ainda o Rui Costa, o Vilarinho, entre outros. Nesta altura, no local juntam-se entre 300 e 400 pessoas para ver o cortejo.

16h30: A missa terminou na Igreja do seminário da Luz e a urna com os restos mortais de Eusébio irá seguir agora para o exterior, onde a aguardam dezenas de pessoas. O percurso irá levá-la numa última viagem até ao Estádio da Luz.

16h28: O Padre Delmar Barreiros remata: "Estamos num momento que é de honra para nós: como cristãos, como profissionais do desporto, como cidadãos. Ao Benfica só desejaria uma coisa: passado de glória, futuro de vitória".

16h25: A eucaristia aproxima-se do fim. Família e convidados assistem à missa privada no Seminário da Luz, honrando a memória de Eusébio da Silva Ferreira.

16h10: Esta sexta-feira, nas redes sociais surgem mensagens de apoio ao Pantera Negra.

15h47: Está a começar agora a celebração eucarística, presidida pelo Padre Delmar Barreiros, também ele benfiquista.

15h42: O adepto Vítor Oliveira acompanhou sempre a equipa para todo o lado, inclusive para fora de Portugal. A última vez que esteve com Eusébio foi em Liverpool, "há quatro ou cinco anos" (Benfica - Liverpool, Liga Europa). "Nessa altura, o Eusébio tinha muita dificuldade em andar e mal conseguia levar as malas".

15h40: "Tenho orgulho de ter bebido alguns copos com o Eusébio, com o Damas e o Jorge Rosário", diz ainda Vítor Oliveira, que veio acompanhado pelo "amigo de longa data" João Duarte, 60 anos. Amigo de Jorge Rosário, foi ele que o apresentou a Eusébio, que considera "uma pessoa humilde". E diz ainda: "Sem dúvida que ele tem que estar no Panteão Nacional, porque foi ele que deu Portugal a conhecer ao mundo. Ele e a Amália".

15h39: Vítor Oliveira, de 68 anos, espera pelo cortejo, junto ao Estádio, vestido a rigor: calças vermelhas, gravata alusiva ao Benfica e um blaser com um padrão que oscila entre a bandeira nacional e o símbolo do Benfica. O seu veículo, um Porsche de 1933, também está decorado para a ocasião. Na porta lateral, vê-se o número 34, "porque foi a partir do 34º título" que começou a decorar o carro. No cimo, a águia, símbolo do Benfica que lhe custou €100 numa loja do chinês.

Tiago Miranda

15h38: Por enquanto, junto ao Estádio da Luz ainda não se concentraram muitas pessoas. Dentro do estádio, já está a direção do Benfica e algumas ex-estrelas, como o Chalana. Veem-se ainda alguns familiares e amigos do Pantera Negra. O cortejo deve passar pela Luz às 16h45.

15h26: O ex-futebolista António Simões (apelidado por Eusébio de "o irmão branco"), que fará o elogio fúnebre já no Panteão Nacional, fala agora aos jornalistas. Recorda a cumplicidade, compromisso, amizade e lealdade do Pantera Negra. "O mais importante é que ele passou a ser o herói não só por ter jogado futebol, foi herói porque o povo o tornou herói". E resume o 'king' numa palavra: "génio"

15h23: A urna de Eusébio, coberta com a bandeira portuguesa, está a ser depositada no carro fúnebre, dentro do cemitério do Lumiar. Os restos mortais de Eusébio da Silva Ferreira irão seguir para o Seminário da Luz, onde irá decorrer uma missa privada.

15h10: Leia aqui o artigo sobre o ensaio geral da trasladação dos restos mortais de Eusébio até ao Panteão Nacional e veja aqui o percurso e os preparativos envolvidos nesta cerimónia oficial

20h03: Terminou a cerimónia oficial de trasladação de Eusébio de Silva Ferreira para o Panteão Nacional.

20h01: No Campo de Santa Clara estiveram mais de 200 pessoas a assistir à cerimónia, a partir de um ecrã gigante que transmitia a emissão da RTP. A multidão, reunida a partir das 18h30, está agora a dispersar.

19h57: Eusébio está agora a ser transportado para a sala 2 do Panteão Nacional. É a 12ª personalidade a receber honras de Panteão e a primeira do mundo desportivo.

19h52: À semelhança do que ocorreu no início, ouve-se o Hino Nacional, para encerrar a cerimónia de trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional.

19h52: O Presidente da República assina o termo de sepultura, que autoriza a trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional, seguido de Assunção Esteves e Pedro Passos Coelho. É com este documento que o King será colocado na sala 2 do Panteão, ao lado de do escritor Aquilino Ribeiro, do general Humberto Delgado e da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen.

19h49: Um vídeo, projetado, relembra a vida e obra do Pantera Negra.

19h46: Cavaco relembra Eusébio como "uma figura nacional", que se destacou como poucos. O Pantera Negra "é um traço de união entre os portugueses, mas também no mundo lusófono", sublinha. E afirma que a concessão de honras de Panteão a Eusébio é um "ato verdadeiramente democrático".

19h43: Cavaco Silva chega-se à frente para discursar e homenagear o Pantera Negra. De entre o público, alguém grita: "Vai mas é trabalhar!" Ouve-se ainda "Cala-te", "Vai para casa" e vários assobios durante o discurso.

19h39: A presidente da Assembleia da República destaca: "Ele nao é apenas o futebolista intemporal, é também o homem intemporal. E, no entanto, ouvimo-lo dizer: eu não sou melhor que ninguém".

19h36: Assunção Esteves já começou a falar. E recorda Eusébio como aquele que mostrou "que podemos ser heróis nas coisas que fazemos". "Ele é o vencedor que se fez mito".

19h24: "Eusébio não morreu, só se ausentou fisicamente. Com o seu afastamento nós é que morremos sem ele. A eternidade rima com ele, rima com eternidade", conclui António Simões.

19h21: O Pantera Negra conquistou unanimidade nos elogios, desde o futebol à política, passando pelo povo "que o idolatrava e que ele amava", sublinha o "irmão branco" de Eusébio. "Eusébio, o maior herói popular do século XX português".

19h18: Eusébio "era ele, sendo todos nós", afirma António Simões. "Era ele, sendo mais que todos nós: transportava talento, dedicação, arte, deslumbramento".

19h13: O ex-futebolista António Simões, o "irmão branco" de Eusébio da Silva Ferreira, faz o elogio fúnebre. "Jogo, como sempre fiz, ao lado do Eusébio", diz, acrescentando que o Pantera Negra "é o maior desportista português".

19h10: Dulce Pontes começa a interpretar o Hino Nacional.

Tiago Miranda

19h04: Não há povo na zona mais próxima do Panteão Nacional, reservada apenas para familiares e algumas personalidades. Minutos antes, perto dessa zona, ouvia-se: "Então ele vem para o meu bairro e eu não posso ir lá ver de perto?" ou "Aquilo é só para os VIPs, é para a elite".

Tiago Miranda

19h00: A urna com os restos mortais do Pantera Negra já chegou ao Panteão Nacional. Junto a esta, os visitantes que aí passarem, a partir de hoje, poderão ler: "Eusébio da Silva Ferreira é um dos maiores futebolistas de sempre (...). Tornou-se um símbolo nacional, um marco da globalização e da importância de Portugal no mundo".

18h57: O Presidente da República, Cavaco Silva, chega ao local.

18h50: Bagão Félix, junto ao Panteão, fala aos jornalistas sobre o King: "Eusébio libertou-se da lei da morte, através da memória".

18h49: O primeiro-ministro já chegou ao Panteão Nacional.

18h46: Ouvido no meio do povo: "Então ele vem para o meu bairro e eu não posso ir lá ver de perto? Então não o quero cá!" "Aquilo é só para os VIPs, é para a elite". Entre a rua do Paraíso, a Calçada do Forte e a Calçada do Cascão há uma mescla enorme de gente, entre turistas, pessoas que vivem no bairro e veem-se pessoas (aparentemente) de todas as faixas etárias e classes sociais.

18h43: Cortejo neste momento está parado junto a esquadra da polícia, em Santa Apólonia, a fazer um compasso de espera, por questões de protocolo, uma vez que a chegada ao Panteão está prevista para as 19h. Junto ao Panteão, algumas pessoas mandam piadas: "Olha, roubaram os cavalos!" ou "Ainda não comeram a palha, por isso não têm forças para subir".

18h42: Os donos de estabelecimentos na Rua do Paraíso afirmam que o negócio, hoje, "correu melhor" que o habitual e todos concordam com as honras de Panteão. Há quem aproveite para fazer negócio, anunciando: "Olh'ó cachecol do Benfica a cinco euros!"

18h40: Dinis Froes, de cinco anos, está sentado no passeio à espera de ver o Eusébio passar. Joga nas escolinhas do Benfica e veio com o pai e os avós. Diz que gostava de ser "um Lima" e "até chorou quando sube que o Lima ia embora". Quando Eusébio passar, vai esticar o cachecol de Portugal, garante.

Tiago Miranda

18h35: Na rua do Paraíso, perto do Panteão Nacional, há dezenas de pessoas sentadas nas escadas que são acesso às portas dos prédios antigos. Outras estão junto aos cafés. Novos e velhos, todos esperam a chegada de Eusébio.

18h22: João Mendes, de 60 anos, marca lugar no local desde as 15h. Vestido com as cores e símbolo do Benfica dos pés à cabeça, diz que "assistiu ao funeral" do Pantera Negra e já foi sócio do Benfica, mas desistiu "numa altura muito reles" do Clube, "quando Vale e Azevedo chegou a presidente". Fã do ex-futebolista, viu-o jogar várias vezes e não tem dúvidas: "Isto [trasladação] era o que ele merecia". Questionado sobre a hipótese do Benfica ter outro jogador mítico como o Eusébio, João responde: "Eusébio há só um".

18h15: Já se encontram várias dezenas de pessoas junto ao Panteão Nacional. Entre as figuras públicas que já chegaram ao local, está o selecionador nacional Fernando Santos para homenagear o Pantera Negra, a 12ª personalidade a ser distinguida com esta honra e a primeira do mundo do desporto.

18h03: Urna chega à Assembleia da República. Pessoas na rua e deputados na escadaria aplaudem à passagem da charrete, seguida por 75 homens da GNR a cavalo.

18h01: Recorde-se que a concessão de "honras de Panteão" a Eusébio da Silva Ferreira foi aprovada a 20 de fevereiro, por unanimidade, no Parlamento.

17h53: Cortejo está agora a entrar na rua de S. Bento, em direção à Assembleia da República. Assunção Esteves já se encontra na escadaria, juntamente com pouco mais de 50 deputados (um número distante do total de 230 deputados que compõem o Parlamento). A cerimónia, que foi organizada pela Assembleia, deverá custar cerca de 75 mil euros.

17h46: Na fachada do edifício, vê-se um grande cartaz gigante de homenagem a Eusébio: "Os génios vivem para sempre" (imagem que tem sido partilhada, durante o dia, nas redes sociais - e que já aqui divulgámos).

17h45: Ouvem-se aplausos e cânticos na rua, de homenagem ao Pantera Negra: "Benfica, Benfica!" e "Viva Eusébio". Cachecóis, bandeiras de Portugal e do Benfica acenam no ar, honrando este símbolo da seleção nacional e do Benfica.

17h42: O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, o vice-presidente Humberto Coelho e o presidente da Mesa da Assembleia-Geral José Luís Arnault, entre outros, encontram-se junto ao edifício da FPF para prestar homenagem a Eusébio.

17h39: Os restos mortais de Eusébio continuam ser transportados na charrete, rumo ao Panteão Nacional. Neste momento, o cortejo aproxima-se da Federação Portuguesa de Futuebol, onde se realiza uma pequena paragem.

17h21: A charrete sai neste momento do Parque Eduardo VII, numa viagem mais lenta até ao Panteão Nacional. O veículo de tracção animal, puxado por quatro cavalos brancos, é seguido por cerca de 75 cavaleiros.

17h13: O caixão com os restos mortais do Pantera Negra está a ser deslocado do carro fúnebre para a charrete, puxada por quatro cavalos de raça Lusitana. No final, as pessoas - que se tinham mantido em silêncio - aplaudem a transferência. A cena passa-se debaixo da bandeira nacional, mas algumas pessoas acenam ainda com bandeiras do Benfica.

Campiso Rocha

17h10: No topo do Parque Eduardo VII, o carro fará uma paragem de cerca de 15 minutos. Duas centenas de pessoas estão reunidas para homenagear o ex-futebolista português. Num dos cachecóis que uma das pessoas leva consigo, pode ler-se: "Eusébio sempre".

17h08: O carro fúnebre (o mesmo que foi usado no funeral de Eusébio, a 6 de janeiro já chegou ao Parque Eduardo VII e está a subir até ao alto do Parque, onde se encontra a bandeira nacional, desfraldada ao vento.

17h00: Também em Madrid, no Santiago Bernabéu, se fez um minuto de silêncio pelo ex-futebolista português.

16h48: A urna segue, neste momento, para o Parque Eduardo VII, escoltada por 22 motos da GNR.

16h43: A última viagem de Eusébio faz uma paragem na Luz. O hino do Benfica foi ouvido por duas vezes, com as pessoas a aplaudir. No final, as claques começam a gritar: "Eusébio tu és o nosso rei, és o nosso rei eternamente".

Tiago Miranda

16h41: Ao Estádio da Luz chegam Luís Filipe Vieira, José Eduardo Moniz, Luís Nazaré (respetivamente, o presidente, vice-presidente e presidente da Mesa da Assembleia-Geral). No palanque estão ainda o Rui Costa, o Vilarinho, entre outros. Nesta altura, no local juntam-se entre 300 e 400 pessoas para ver o cortejo.

16h30: A missa terminou na Igreja do seminário da Luz e a urna com os restos mortais de Eusébio irá seguir agora para o exterior, onde a aguardam dezenas de pessoas. O percurso irá levá-la numa última viagem até ao Estádio da Luz.

16h28: O Padre Delmar Barreiros remata: "Estamos num momento que é de honra para nós: como cristãos, como profissionais do desporto, como cidadãos. Ao Benfica só desejaria uma coisa: passado de glória, futuro de vitória".

16h25: A eucaristia aproxima-se do fim. Família e convidados assistem à missa privada no Seminário da Luz, honrando a memória de Eusébio da Silva Ferreira.

16h10: Esta sexta-feira, nas redes sociais surgem mensagens de apoio ao Pantera Negra.

15h47: Está a começar agora a celebração eucarística, presidida pelo Padre Delmar Barreiros, também ele benfiquista.

15h42: O adepto Vítor Oliveira acompanhou sempre a equipa para todo o lado, inclusive para fora de Portugal. A última vez que esteve com Eusébio foi em Liverpool, "há quatro ou cinco anos" (Benfica - Liverpool, Liga Europa). "Nessa altura, o Eusébio tinha muita dificuldade em andar e mal conseguia levar as malas".

15h40: "Tenho orgulho de ter bebido alguns copos com o Eusébio, com o Damas e o Jorge Rosário", diz ainda Vítor Oliveira, que veio acompanhado pelo "amigo de longa data" João Duarte, 60 anos. Amigo de Jorge Rosário, foi ele que o apresentou a Eusébio, que considera "uma pessoa humilde". E diz ainda: "Sem dúvida que ele tem que estar no Panteão Nacional, porque foi ele que deu Portugal a conhecer ao mundo. Ele e a Amália".

15h39: Vítor Oliveira, de 68 anos, espera pelo cortejo, junto ao Estádio, vestido a rigor: calças vermelhas, gravata alusiva ao Benfica e um blaser com um padrão que oscila entre a bandeira nacional e o símbolo do Benfica. O seu veículo, um Porsche de 1933, também está decorado para a ocasião. Na porta lateral, vê-se o número 34, "porque foi a partir do 34º título" que começou a decorar o carro. No cimo, a águia, símbolo do Benfica que lhe custou €100 numa loja do chinês.

Tiago Miranda

15h38: Por enquanto, junto ao Estádio da Luz ainda não se concentraram muitas pessoas. Dentro do estádio, já está a direção do Benfica e algumas ex-estrelas, como o Chalana. Veem-se ainda alguns familiares e amigos do Pantera Negra. O cortejo deve passar pela Luz às 16h45.

15h26: O ex-futebolista António Simões (apelidado por Eusébio de "o irmão branco"), que fará o elogio fúnebre já no Panteão Nacional, fala agora aos jornalistas. Recorda a cumplicidade, compromisso, amizade e lealdade do Pantera Negra. "O mais importante é que ele passou a ser o herói não só por ter jogado futebol, foi herói porque o povo o tornou herói". E resume o 'king' numa palavra: "génio"

15h23: A urna de Eusébio, coberta com a bandeira portuguesa, está a ser depositada no carro fúnebre, dentro do cemitério do Lumiar. Os restos mortais de Eusébio da Silva Ferreira irão seguir para o Seminário da Luz, onde irá decorrer uma missa privada.

15h10: Leia aqui o artigo sobre o ensaio geral da trasladação dos restos mortais de Eusébio até ao Panteão Nacional e veja aqui o percurso e os preparativos envolvidos nesta cerimónia oficial

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