Ao ter conhecimento das declarações de hoje do primeiro-ministro britânico que, sob a tónica do “abusaram da nossa confiança”, referindo-se aos bombistas, disse que “as regras do jogo mudaram” e que “não serão tolerados mais abusos no país”, garantindo que o Reino Unido só receberá “quem estiver disposto a partilhar os valores”, lembrei-me da definição de Guillaume Faye de “direitos do homem” cuja entrada, com o mesmo título na sua obra excepcional “Pourquoi nos combattons”, reproduzo abaixo. Um texto de leitura essencial, ainda para mais porque Tony Blair anunciou uma alteração das políticas de extradição e o repensar da filiação do país à Convenção Europeia dos Direitos Humanos, tudo para “agilizar a expulsão de quem defende o terror”.Direitos do HomemAparelho central da ideologia moderna do progresso e do igualitarismo individualista, e meio de instaurar uma polícia do pensamento como uma destruição do direito dos povos.Síntese da filosofia política (muitas vezes mal compreendida) do século XVIII, o direito-do-homismo é o horizonte incontornável da ideologia dominante. Com o anti-racismo, funciona como um dos dispositivos centrais do condicionamento mental colectivo, do pronto-a-pensar e da paralisia de toda a revolta. Profundamente hipócrita, a ideologia dos direitos do homem acomoda-se de todas as misérias sociais e justifica todas as opressões. Ela funciona como uma verdadeira religião laica. O “homem” não é aqui mais do que um ser abstracto, um consumidor-cliente, um átomo. É impressionante constatar que a ideologia dos direitos do homem foi formulada pelos conventionnels da revolução francesa imitando os puritanos americanos. A ideologia dos direitos do homem conseguiu legitimar-se fundamentando-se em duas imposturas históricas: a da caridade e da filantropia, assim como a da liberdade.O “homem” (noção já bastante vaga) não possui direitos universais e fixos, mas apenas aqueles que decorrem de cada civilização, de cada tradição. Aos direitos do homem é necessário opor duas noções centrais: a dos direitos dos povos (ou o “direito das gentes”) à identidade, e a de justiça, sendo esta última variável consoante as culturas e supondo que todos os indivíduos não são igualmente respeitáveis. Mas estes dois conceitos não poderão assentar no pressuposto de um homem universal abstracto, mas antes sobre o dos homens concretos, localizados numa cultura.Criticar a religião laica dos direitos do homem não é evidentemente fazer a apologia da selvajaria, pois a ideologia dos direitos do homem caucionou muitas vezes a barbárie e a opressão (o massacre dos vendéens ou dos índios americanos). A ideologia dos direitos do homem foi demasiadas vezes o pretexto de perseguições. Em nome do “Bem”. Ela não representa de maneira nenhuma a protecção do indivíduo, tal como o comunismo não representava. Pelo contrário, ela impõe-se como um novo sistema opressivo, fundado sobre as liberdades formais. Em seu nome, vai legitimar-se, desprezando toda a democracia, a colonização populacional da Europa (qualquer um, não importa quem, tem o “direito” de se instalar na Europa), a tolerância em relação às delinquências liberticidas, as guerras de agressão feitas em nome do “direito de ingerência”, a inexpulsabilidade dos clandestinos colonizadores; mas esta ideologia não se pronuncia sobre a poluição maciça do ambiente ou sobre a selvajaria social provocada pela economia globalizada.A ideologia dos direitos do homem é hoje sobretudo um meio estratégico de desarmar os povos europeus culpabilizando-os em todos os domínios. Ela é a legitimação do desarmamento e da paralisia. Os direitos do homem são uma espécie de assunção perversa da caridade cristã e do dogma igualitário segundo o qual todos os homens seriam iguais.A ideologia dos direitos do homem é a actual arma central de destruição da identidade dos povos e da colonização alógena da Europa.Guillaume Fayein “Pourquoi nos combattons”, 2001.
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Ao ter conhecimento das declarações de hoje do primeiro-ministro britânico que, sob a tónica do “abusaram da nossa confiança”, referindo-se aos bombistas, disse que “as regras do jogo mudaram” e que “não serão tolerados mais abusos no país”, garantindo que o Reino Unido só receberá “quem estiver disposto a partilhar os valores”, lembrei-me da definição de Guillaume Faye de “direitos do homem” cuja entrada, com o mesmo título na sua obra excepcional “Pourquoi nos combattons”, reproduzo abaixo. Um texto de leitura essencial, ainda para mais porque Tony Blair anunciou uma alteração das políticas de extradição e o repensar da filiação do país à Convenção Europeia dos Direitos Humanos, tudo para “agilizar a expulsão de quem defende o terror”.Direitos do HomemAparelho central da ideologia moderna do progresso e do igualitarismo individualista, e meio de instaurar uma polícia do pensamento como uma destruição do direito dos povos.Síntese da filosofia política (muitas vezes mal compreendida) do século XVIII, o direito-do-homismo é o horizonte incontornável da ideologia dominante. Com o anti-racismo, funciona como um dos dispositivos centrais do condicionamento mental colectivo, do pronto-a-pensar e da paralisia de toda a revolta. Profundamente hipócrita, a ideologia dos direitos do homem acomoda-se de todas as misérias sociais e justifica todas as opressões. Ela funciona como uma verdadeira religião laica. O “homem” não é aqui mais do que um ser abstracto, um consumidor-cliente, um átomo. É impressionante constatar que a ideologia dos direitos do homem foi formulada pelos conventionnels da revolução francesa imitando os puritanos americanos. A ideologia dos direitos do homem conseguiu legitimar-se fundamentando-se em duas imposturas históricas: a da caridade e da filantropia, assim como a da liberdade.O “homem” (noção já bastante vaga) não possui direitos universais e fixos, mas apenas aqueles que decorrem de cada civilização, de cada tradição. Aos direitos do homem é necessário opor duas noções centrais: a dos direitos dos povos (ou o “direito das gentes”) à identidade, e a de justiça, sendo esta última variável consoante as culturas e supondo que todos os indivíduos não são igualmente respeitáveis. Mas estes dois conceitos não poderão assentar no pressuposto de um homem universal abstracto, mas antes sobre o dos homens concretos, localizados numa cultura.Criticar a religião laica dos direitos do homem não é evidentemente fazer a apologia da selvajaria, pois a ideologia dos direitos do homem caucionou muitas vezes a barbárie e a opressão (o massacre dos vendéens ou dos índios americanos). A ideologia dos direitos do homem foi demasiadas vezes o pretexto de perseguições. Em nome do “Bem”. Ela não representa de maneira nenhuma a protecção do indivíduo, tal como o comunismo não representava. Pelo contrário, ela impõe-se como um novo sistema opressivo, fundado sobre as liberdades formais. Em seu nome, vai legitimar-se, desprezando toda a democracia, a colonização populacional da Europa (qualquer um, não importa quem, tem o “direito” de se instalar na Europa), a tolerância em relação às delinquências liberticidas, as guerras de agressão feitas em nome do “direito de ingerência”, a inexpulsabilidade dos clandestinos colonizadores; mas esta ideologia não se pronuncia sobre a poluição maciça do ambiente ou sobre a selvajaria social provocada pela economia globalizada.A ideologia dos direitos do homem é hoje sobretudo um meio estratégico de desarmar os povos europeus culpabilizando-os em todos os domínios. Ela é a legitimação do desarmamento e da paralisia. Os direitos do homem são uma espécie de assunção perversa da caridade cristã e do dogma igualitário segundo o qual todos os homens seriam iguais.A ideologia dos direitos do homem é a actual arma central de destruição da identidade dos povos e da colonização alógena da Europa.Guillaume Fayein “Pourquoi nos combattons”, 2001.