Leixões. Terminal de cruzeiros com inauguração tripla

02-10-2015
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Não é todos os dias que a inauguração de uma obra pública é partilhada não por dois, mas por três ministros. José Pedro Aguiar-Branco (Defesa), António Pires de Lima (Economia) e Assunção Cristas (Agricultura e Pescas) marcam presença esta tarde na inauguração do novo terminal de cruzeiros de Leixões. Uma inauguração que já fora adiada por razões de agenda de uma obra concluída no fim de março. O novo terminal já recebeu este ano 15 cruzeiros.

A pompa justifica-se. Houve um tempo em que Leixões via os navios passarem ao largo. Primeiro, investiu num novo cais e em abril concluiu o edifício emblemático do terminal, da autoria do arquiteto Luís Pedro Silva, que operacionaliza a complexa logística dos embarques e desembarques.

Até 2011, não havia condições para seduzir os grandes cruzeiros por falta de um terminal para acolher embarcações com mais de 250 metros.Quatro anos e 50 milhões de euros depois, o negócio ganhou escala e torna-se essencial ao turismo da região. Leixões entra agora na alta roda europeia dos cruzeiros.

A obra conta com uma terceira fase. A ligação do edifício que hoje será inaugurado à cidade de Matosinhos,através de uma via de acesso pública. O concurso será lançado este ano.

Leixões disputa agora a liga europeia dos cruzeiros, combinando "excelentes condições de operação com uma oferta turística de grande valor e potencial", nota Brogueira Dias, presidente da Administração dos Portos de Douro e Leixões (APDL). Agora, a única limitação é só acolher um grande navio de cada vez. Os de menor porte continuam a recorrer à gare norte, em Leça da Palmeira.

Promoção da região e parcerias

O crescimento do movimento passa "pela promoção da região e parcerias com outros portos da frente atlântica". E o novo desafio é evoluir de porto de escala "para o modo de turnaround (início e chegada de cruzeiros)", reconhece Brogueira Dias. Neste domínio, a proximidade e atuação concertada para uma oferta conjunta com o aeroporto de Sá Carneiro é uma vantagem adicional.

Com o destino Porto e norte em alta, Leixões consegue aliar a procura massificada com os produtos de boutique, como os cruzeiros temáticos baseados nos vinhos em que se tornou uma escala inevitável.

O edifício em forma de espiral do novo terminal acolhe uma originalidade mundial. Em vez de lojas ou restaurantes, o espaço acolherá o polo de ciências do mar da Universidade do Porto e será partilhado por turistas e 200 investigadores. Outra novidade: o novo cais acolhe um terminal fluvio-marítimo onde podem desaguar os navios que sulcam o Douro.

Leixões deve receber 130 mil passageiros

E o negócio rentabiliza o investimento realizado? Até agora, a unidade "tem gerado lucros e não representa encargos para a operação portuária", responde o presidente da APDL. Mas, adverte, "não se pode desprezar o brutal impacto na economia da região", avaliado, no estudo de viabilidade, em €11 milhões por ano, a partir de 2018. Nesse ano, A APDL conta receber em Leixões 130 mil passageiros (83 mil em 2015, além de 43 mil tripulantes).

A comunidade empresarial da fileira turística reconhece os efeitos virtuosos na economia a região. Mário Ferreira, da Douro Azul, é dos que beneficia do investimento. Mas, acha que Leixões beneficiaria muito se contasse com uma ligação de elétrico até ao Porto. "Seria uma atração fantástica e de fácil execução porque grande parte da linha já está instalada, em alguns troços por baixo do tapete betuminoso", diz o empresário.

Não é todos os dias que a inauguração de uma obra pública é partilhada não por dois, mas por três ministros. José Pedro Aguiar-Branco (Defesa), António Pires de Lima (Economia) e Assunção Cristas (Agricultura e Pescas) marcam presença esta tarde na inauguração do novo terminal de cruzeiros de Leixões. Uma inauguração que já fora adiada por razões de agenda de uma obra concluída no fim de março. O novo terminal já recebeu este ano 15 cruzeiros.

A pompa justifica-se. Houve um tempo em que Leixões via os navios passarem ao largo. Primeiro, investiu num novo cais e em abril concluiu o edifício emblemático do terminal, da autoria do arquiteto Luís Pedro Silva, que operacionaliza a complexa logística dos embarques e desembarques.

Até 2011, não havia condições para seduzir os grandes cruzeiros por falta de um terminal para acolher embarcações com mais de 250 metros.Quatro anos e 50 milhões de euros depois, o negócio ganhou escala e torna-se essencial ao turismo da região. Leixões entra agora na alta roda europeia dos cruzeiros.

A obra conta com uma terceira fase. A ligação do edifício que hoje será inaugurado à cidade de Matosinhos,através de uma via de acesso pública. O concurso será lançado este ano.

Leixões disputa agora a liga europeia dos cruzeiros, combinando "excelentes condições de operação com uma oferta turística de grande valor e potencial", nota Brogueira Dias, presidente da Administração dos Portos de Douro e Leixões (APDL). Agora, a única limitação é só acolher um grande navio de cada vez. Os de menor porte continuam a recorrer à gare norte, em Leça da Palmeira.

Promoção da região e parcerias

O crescimento do movimento passa "pela promoção da região e parcerias com outros portos da frente atlântica". E o novo desafio é evoluir de porto de escala "para o modo de turnaround (início e chegada de cruzeiros)", reconhece Brogueira Dias. Neste domínio, a proximidade e atuação concertada para uma oferta conjunta com o aeroporto de Sá Carneiro é uma vantagem adicional.

Com o destino Porto e norte em alta, Leixões consegue aliar a procura massificada com os produtos de boutique, como os cruzeiros temáticos baseados nos vinhos em que se tornou uma escala inevitável.

O edifício em forma de espiral do novo terminal acolhe uma originalidade mundial. Em vez de lojas ou restaurantes, o espaço acolherá o polo de ciências do mar da Universidade do Porto e será partilhado por turistas e 200 investigadores. Outra novidade: o novo cais acolhe um terminal fluvio-marítimo onde podem desaguar os navios que sulcam o Douro.

Leixões deve receber 130 mil passageiros

E o negócio rentabiliza o investimento realizado? Até agora, a unidade "tem gerado lucros e não representa encargos para a operação portuária", responde o presidente da APDL. Mas, adverte, "não se pode desprezar o brutal impacto na economia da região", avaliado, no estudo de viabilidade, em €11 milhões por ano, a partir de 2018. Nesse ano, A APDL conta receber em Leixões 130 mil passageiros (83 mil em 2015, além de 43 mil tripulantes).

A comunidade empresarial da fileira turística reconhece os efeitos virtuosos na economia a região. Mário Ferreira, da Douro Azul, é dos que beneficia do investimento. Mas, acha que Leixões beneficiaria muito se contasse com uma ligação de elétrico até ao Porto. "Seria uma atração fantástica e de fácil execução porque grande parte da linha já está instalada, em alguns troços por baixo do tapete betuminoso", diz o empresário.

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