A Cinco Tons: "O povo português não pode pagar mais carros pretos, nem mais chóferes, nem mais secretárias louras", diz Castro e Brito da ACOS

21-01-2012
marcar artigo


Manuel Castro e Brito diz que é preciso “ter esperança” no novo executivo e que se ele “falhar e não cumprir o acordado com a troika rapidamente será substituído. Mas isso seria péssimo para o país”. 

Em declarações ao "Diário do Alentejo", numa apreciação ao novo governo que tomou posse na terça-feira, o presidente da Federação de Associações de Agricultores do Baixo Alentejo considera “muita positiva” a nomeação de uma mulher para a pasta da Agricultura, “pelo que isso pode significar de mudança na forma como se olha para o sector”.

“Pode ter um efeito renovador, que contrarie a péssima imagem do agricultor, enquanto marialva e possuidor de uma mentalidade retrógrada. Não é a maioria, mas lá que os há, há. E é bom que esta imagem se quebre e que tenhamos uma mulher como ministro. As mulheres, para além de terem os mesmos direitos dos homens em ocuparem qualquer cargo, têm também, em muitos casos, um maior conhecimento e uma maior capacidade de trabalho”, refere Castro e Brito.

O facto de Assunção Cristas vir da área do Direito, sem quaisquer conhecimentos dos dossiês agrícolas, “até pode ser uma vantagem”, diz o presidente da FAABA, dando como exemplo o caso do anterior ministro António Serrano. “O que é preciso é saber gerir e ter força política. O facto da ministra controlar o grosso dos fundos comunitários poderá ser importante, uma vez que há dinheiro que não está a ser utilizado nalguns programas e que poderá ser canalizado para a agricultura onde existem grandes intenções de investimento”.
Por isso, há que ter “esperança neste novo governo”, diz Castro e Brito para quem os resultados da actuação da ministra da agricultura “serão bons” desde que Assunção Cristas “continue o trabalho de modernização da agricultura, aproveitando o actual quadro comunitário de apoio na grande transformação do sequeiro para o regadio, que está em curso, mas também na continuação da aposta na florestação, sem esquecer o sequeiro e o extensivo tradicionais”.
O presidente da FAABA considera como “muito positivo" o fim dos governos civis. “Todos sabemos que temos de poupar e os governadores civis, para além dos passaportes, pouco mais actividade tinham do que colocar os afilhados nos lugares disponíveis. Sempre que havia uma vaga eram ouvidos e faziam valer a sua influência. Por outro lado, a sua existência entrava às vezes em conflito com os presidentes das autarquias, eleitos localmente. É urgente poupar para acorrer aos dramas sociais que aí estão, por um lado, e por outro para apoiar as pequenas e médias empresas que criam emprego e geram riqueza. Para isso é preciso pôr os pontos nos is e é tempo de se acabar com esta classe em que apenas já se representam uns aos outros” acrescenta o também presidente da ACOS que diz ser necessário dar continuidade a este trabalho de poupança “agrupando e extinguindo municípios e freguesias. O povo português não pode pagar mais carros pretos, nem mais chóferes, nem mais secretárias louras. Todo o dinheiro disponível é preciso para apoiar os mais fracos. O caderno de encargos que temos, imposto pela troika, é muito violento e exigente e vai ter que ser cumprido, apesar dos grandes sacrifícios que vai impor,sobretudo, aos que têm mais necessidade e que vão ter que ser apoiados. Por isso, todos os cortes e poupanças no supérfluo são necessários”.
Castro e Brito considera também que o peso político de Carlos Moedas no novo executivo é importante para a região. “Carlos Moedas assumiu-se como bejense e como alentejano, candidatando-se pelo circulo de Beja, onde a sua eleição podia não ter acontecido. Dado o seu peso político, que hoje sabemos que tem, poderia ter sido candidato por qualquer distrito onde a sua eleição estivesse mais facilitada. Fê-lo por aqui e demonstrou que está com a região, quis regressar às origens. É um homem novo, muito trabalhador e conhecedor do mundo e dos meios económicos, e vai ser uma grande-mais valia para o distrito dada a sua ligação ao primeiro-ministro e ao facto de estar na primeira linha das tomadas de decisão”, refere o presidente da FAABA.
(Castro e Brito ao "Diário do Alentejo", desta sexta-feira, sobre o novo Governo, o fim dos governos civis e a nova ministra da Agricultura)


Manuel Castro e Brito diz que é preciso “ter esperança” no novo executivo e que se ele “falhar e não cumprir o acordado com a troika rapidamente será substituído. Mas isso seria péssimo para o país”. 

Em declarações ao "Diário do Alentejo", numa apreciação ao novo governo que tomou posse na terça-feira, o presidente da Federação de Associações de Agricultores do Baixo Alentejo considera “muita positiva” a nomeação de uma mulher para a pasta da Agricultura, “pelo que isso pode significar de mudança na forma como se olha para o sector”.

“Pode ter um efeito renovador, que contrarie a péssima imagem do agricultor, enquanto marialva e possuidor de uma mentalidade retrógrada. Não é a maioria, mas lá que os há, há. E é bom que esta imagem se quebre e que tenhamos uma mulher como ministro. As mulheres, para além de terem os mesmos direitos dos homens em ocuparem qualquer cargo, têm também, em muitos casos, um maior conhecimento e uma maior capacidade de trabalho”, refere Castro e Brito.

O facto de Assunção Cristas vir da área do Direito, sem quaisquer conhecimentos dos dossiês agrícolas, “até pode ser uma vantagem”, diz o presidente da FAABA, dando como exemplo o caso do anterior ministro António Serrano. “O que é preciso é saber gerir e ter força política. O facto da ministra controlar o grosso dos fundos comunitários poderá ser importante, uma vez que há dinheiro que não está a ser utilizado nalguns programas e que poderá ser canalizado para a agricultura onde existem grandes intenções de investimento”.
Por isso, há que ter “esperança neste novo governo”, diz Castro e Brito para quem os resultados da actuação da ministra da agricultura “serão bons” desde que Assunção Cristas “continue o trabalho de modernização da agricultura, aproveitando o actual quadro comunitário de apoio na grande transformação do sequeiro para o regadio, que está em curso, mas também na continuação da aposta na florestação, sem esquecer o sequeiro e o extensivo tradicionais”.
O presidente da FAABA considera como “muito positivo" o fim dos governos civis. “Todos sabemos que temos de poupar e os governadores civis, para além dos passaportes, pouco mais actividade tinham do que colocar os afilhados nos lugares disponíveis. Sempre que havia uma vaga eram ouvidos e faziam valer a sua influência. Por outro lado, a sua existência entrava às vezes em conflito com os presidentes das autarquias, eleitos localmente. É urgente poupar para acorrer aos dramas sociais que aí estão, por um lado, e por outro para apoiar as pequenas e médias empresas que criam emprego e geram riqueza. Para isso é preciso pôr os pontos nos is e é tempo de se acabar com esta classe em que apenas já se representam uns aos outros” acrescenta o também presidente da ACOS que diz ser necessário dar continuidade a este trabalho de poupança “agrupando e extinguindo municípios e freguesias. O povo português não pode pagar mais carros pretos, nem mais chóferes, nem mais secretárias louras. Todo o dinheiro disponível é preciso para apoiar os mais fracos. O caderno de encargos que temos, imposto pela troika, é muito violento e exigente e vai ter que ser cumprido, apesar dos grandes sacrifícios que vai impor,sobretudo, aos que têm mais necessidade e que vão ter que ser apoiados. Por isso, todos os cortes e poupanças no supérfluo são necessários”.
Castro e Brito considera também que o peso político de Carlos Moedas no novo executivo é importante para a região. “Carlos Moedas assumiu-se como bejense e como alentejano, candidatando-se pelo circulo de Beja, onde a sua eleição podia não ter acontecido. Dado o seu peso político, que hoje sabemos que tem, poderia ter sido candidato por qualquer distrito onde a sua eleição estivesse mais facilitada. Fê-lo por aqui e demonstrou que está com a região, quis regressar às origens. É um homem novo, muito trabalhador e conhecedor do mundo e dos meios económicos, e vai ser uma grande-mais valia para o distrito dada a sua ligação ao primeiro-ministro e ao facto de estar na primeira linha das tomadas de decisão”, refere o presidente da FAABA.
(Castro e Brito ao "Diário do Alentejo", desta sexta-feira, sobre o novo Governo, o fim dos governos civis e a nova ministra da Agricultura)

marcar artigo