Câmara Corporativa: Os economistas antes e depois (segundo Pulido Valente)

28-01-2012
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‘(…) Leonardo Ferraz de Carvalho, concordando em substância comigo, lembrou que muitas luminárias do ramo ou de ramos adjacentes (uma parte das quais, como ele calculará, eu não conheço) não eram tão primitivas como o Sr. Beleza, o Sr. Borges ou o Prof. Ferreira do Amaral e que tinham escrito coisas um pouco mais subtis, lúcidas e pertinentes do que eles. (…) A longa lista de autores que Leonardo me forneceu parece pretender provar que a economia, como «ciência», não se reduz ao Sr. Beleza e ao Sr. Borges. (…) O Eng. Mira da Indústria ou repele horrorizado a ideia de uma «política industrial» ou anuncia «planos» para «salvar» o Vale do Ave. E o Dr. Cavaco anda numa tragédia hamletiana entre a «convergência» e um certo nacionalismo económico. (…) Ninguém sabia, literalmente, do que estava a falar, embora ninguém se coibisse de falar com abundância em «modelos». (…) Não há «modelos» de «desenvolvimento» (aliás, já de si um conceito mais do que ambíguo), há apenas exemplos de «desenvolvimento» insusceptíveis de generalização. Se houvesse «modelos», não haveria querelas sobre o «modelo» que nos convém. Mas não se peça esse «modelo» aos economistas.’VPV, “E, no entanto, ela existe”, 15.04.94¹ ‘Um grupo de economistas resolveu fazer um aviso aos portugueses. Não é um grupo qualquer: são os grandes nomes do país. São antigos governadores do Banco de Portugal, antigos ministros das Finanças, professores, empresários, deputados. Politicamente vêm de toda a parte, excepto do PC e do Bloco, e têm, em conjunto, uma experiência que começou em Marcelo Caetano e chega até hoje. É impossível em qualquer profissão reunir tanta autoridade em tão pouca gente. (…) Por que razão iriam Cadilhe ou Silva Lopes, Beleza ou João Salgueiro, Mira Amaral ou Daniel Bessa mentir ou exagerar?’ VPV, “O aviso dos 28”, 21.06.2009________¹ Isto vem numa compilação de crónicas intitulada “Esta Ditosa Pátria”. Posso emprestar-lhe, Dr. Pacheco.


‘(…) Leonardo Ferraz de Carvalho, concordando em substância comigo, lembrou que muitas luminárias do ramo ou de ramos adjacentes (uma parte das quais, como ele calculará, eu não conheço) não eram tão primitivas como o Sr. Beleza, o Sr. Borges ou o Prof. Ferreira do Amaral e que tinham escrito coisas um pouco mais subtis, lúcidas e pertinentes do que eles. (…) A longa lista de autores que Leonardo me forneceu parece pretender provar que a economia, como «ciência», não se reduz ao Sr. Beleza e ao Sr. Borges. (…) O Eng. Mira da Indústria ou repele horrorizado a ideia de uma «política industrial» ou anuncia «planos» para «salvar» o Vale do Ave. E o Dr. Cavaco anda numa tragédia hamletiana entre a «convergência» e um certo nacionalismo económico. (…) Ninguém sabia, literalmente, do que estava a falar, embora ninguém se coibisse de falar com abundância em «modelos». (…) Não há «modelos» de «desenvolvimento» (aliás, já de si um conceito mais do que ambíguo), há apenas exemplos de «desenvolvimento» insusceptíveis de generalização. Se houvesse «modelos», não haveria querelas sobre o «modelo» que nos convém. Mas não se peça esse «modelo» aos economistas.’VPV, “E, no entanto, ela existe”, 15.04.94¹ ‘Um grupo de economistas resolveu fazer um aviso aos portugueses. Não é um grupo qualquer: são os grandes nomes do país. São antigos governadores do Banco de Portugal, antigos ministros das Finanças, professores, empresários, deputados. Politicamente vêm de toda a parte, excepto do PC e do Bloco, e têm, em conjunto, uma experiência que começou em Marcelo Caetano e chega até hoje. É impossível em qualquer profissão reunir tanta autoridade em tão pouca gente. (…) Por que razão iriam Cadilhe ou Silva Lopes, Beleza ou João Salgueiro, Mira Amaral ou Daniel Bessa mentir ou exagerar?’ VPV, “O aviso dos 28”, 21.06.2009________¹ Isto vem numa compilação de crónicas intitulada “Esta Ditosa Pátria”. Posso emprestar-lhe, Dr. Pacheco.

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