Manifestantes exigem paragem da construção da barragem do Tua

09-10-2015
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Contestatários reuniram-se em frente ao Parlamento preocupados em manter a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da UNESCO.

Cerca de 20 pessoas concentraram-se hoje em frente à Assembleia da República, em Lisboa, exigindo a paragem das obras de construção da barragem de Foz Tua.

"A atitude inteligente da parte do Governo seria anunciar agora que a obra do Tua vai ser resgatada à concessão e vai ser parada definitivamente", defendeu o presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA).

João Joanaz de Melo argumentou que "seria a atitude inteligente porque é aquela que custaria menos dinheiro ao país, aos consumidores e aos contribuintes e era aquela que eliminava este conflito com a UNESCO", organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Classificação de Património Mundialem causa

A construção da barragem de Foz Tua pode levar à perda da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da UNESCO.

No ano passado, a Icomos, uma associação de profissionais da conservação do património, alertou que a construção daquela barragem terá "um impacto irreversível" e constitui uma "ameaça ao valor excecional universal".

UNESCO "obviamente tem carradas de razão"

Para o presidente da GEOTA, a UNESCO "obviamente tem carradas de razão, o Governo português não cumpriu uma série de obrigações a que se tinha comprometido".

Joanaz de Melo lembrou que, com a construção da barragem, além do Douro Vinhateiro, "que é extraordinariamente importante para o turismo em Trás-os-Montes", está também em causa "a destruição da linha do Tua, que também é muito importante, quer como meio de transporte, quer como atração turística", e "a destruição dos valores naturais que são únicos".

Enquanto decorria a concentração, a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, era ouvida no Parlamento, numa comissão parlamentar que inclui a barragem do Tua na ordem de trabalhos.

"É muito mais barato parar agora"

O presidente da GEOTA sublinhou que "é muito mais barato parar agora a barragem do que andar com ela para a frente". "Esta concessão custou 53 milhões de euros e ter-se-ão gastado mais algumas dezenas de milhões de euros nas obras que foram feitas até agora. Se se deixar andar isto para a frente, calculamos que o custo para os cidadãos e contribuintes seja 20 a 30 vezes mais, algo entre dois mil milhões e três mil milhões de euros. Um custo muitíssimo maior e completamente inútil", disse.

Hoje, em frente ao Parlamento, os manifestantes distribuíam a quem passava o 'Manifesto pelo Tua', no qual mais de 40 personalidades de várias áreas exigem a "paragem imediata das obras" da barragem "antes que sejam cometidos danos irreparáveis sobre um património de inestimável valor".

Assinam o manifesto personalidades da ciência, cultura, economia, política e cidadania como o arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, o dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, o dirigente da Quercus Francisco Ferreira e João Joanaz de Melo.

A deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia, o jornalista José Manuel Fernandes, o professor e especialista em hidráulica Carmona Rodrigues, o presidente da Câmara de Faro e dirigente do PSD, José Macário Correia, e o músico dos Blasted Mechanism Pedro Valdjiu são outros dos signatários.

Contestatários reuniram-se em frente ao Parlamento preocupados em manter a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da UNESCO.

Cerca de 20 pessoas concentraram-se hoje em frente à Assembleia da República, em Lisboa, exigindo a paragem das obras de construção da barragem de Foz Tua.

"A atitude inteligente da parte do Governo seria anunciar agora que a obra do Tua vai ser resgatada à concessão e vai ser parada definitivamente", defendeu o presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA).

João Joanaz de Melo argumentou que "seria a atitude inteligente porque é aquela que custaria menos dinheiro ao país, aos consumidores e aos contribuintes e era aquela que eliminava este conflito com a UNESCO", organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Classificação de Património Mundialem causa

A construção da barragem de Foz Tua pode levar à perda da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da UNESCO.

No ano passado, a Icomos, uma associação de profissionais da conservação do património, alertou que a construção daquela barragem terá "um impacto irreversível" e constitui uma "ameaça ao valor excecional universal".

UNESCO "obviamente tem carradas de razão"

Para o presidente da GEOTA, a UNESCO "obviamente tem carradas de razão, o Governo português não cumpriu uma série de obrigações a que se tinha comprometido".

Joanaz de Melo lembrou que, com a construção da barragem, além do Douro Vinhateiro, "que é extraordinariamente importante para o turismo em Trás-os-Montes", está também em causa "a destruição da linha do Tua, que também é muito importante, quer como meio de transporte, quer como atração turística", e "a destruição dos valores naturais que são únicos".

Enquanto decorria a concentração, a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, era ouvida no Parlamento, numa comissão parlamentar que inclui a barragem do Tua na ordem de trabalhos.

"É muito mais barato parar agora"

O presidente da GEOTA sublinhou que "é muito mais barato parar agora a barragem do que andar com ela para a frente". "Esta concessão custou 53 milhões de euros e ter-se-ão gastado mais algumas dezenas de milhões de euros nas obras que foram feitas até agora. Se se deixar andar isto para a frente, calculamos que o custo para os cidadãos e contribuintes seja 20 a 30 vezes mais, algo entre dois mil milhões e três mil milhões de euros. Um custo muitíssimo maior e completamente inútil", disse.

Hoje, em frente ao Parlamento, os manifestantes distribuíam a quem passava o 'Manifesto pelo Tua', no qual mais de 40 personalidades de várias áreas exigem a "paragem imediata das obras" da barragem "antes que sejam cometidos danos irreparáveis sobre um património de inestimável valor".

Assinam o manifesto personalidades da ciência, cultura, economia, política e cidadania como o arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, o dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, o dirigente da Quercus Francisco Ferreira e João Joanaz de Melo.

A deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia, o jornalista José Manuel Fernandes, o professor e especialista em hidráulica Carmona Rodrigues, o presidente da Câmara de Faro e dirigente do PSD, José Macário Correia, e o músico dos Blasted Mechanism Pedro Valdjiu são outros dos signatários.

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