Os autarcas e representantes de agricultores e empresários reuniram hoje em Beja para tomarem uma posição pública conjunta sobre o Alqueva, num encontro promovido pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL).
Na reunião, foi decidido exigir ao Governo “uma definição clara dos prazos para a conclusão do Alqueva”, disse à Agência Lusa o presidente da CIMBAL, Jorge Pulido Valente.
As entidades decidiram também “convidar” o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para ir a Beja “explicar o que o Governo está a pensar fazer em relação ao projecto Alqueva”, disse o também presidente da Câmara de Beja (PS).
“Não abdicaremos da vinda do primeiro-ministro a Beja”, frisou, referindo que foi ainda decidido exigir “uma definição clara do que o Governo pretende fazer em relação à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva” (EDIA).
A empresa “está num processo de asfixia financeira e de imobilidade em termos do seu trabalho”, já que “não está a preparar novos concursos para obras” e, quando as que estão em curso terminarem, “não irão começar outras” que fazem parte das fases seguintes do projecto global de Alqueva, disse.
Segundo o autarca, vai ser elaborado um documento com a posição conjunta e as exigências decididas hoje na reunião e que será enviado a Pedro Passos Coelho e ao secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas.
O documento “não será dirigido à ministra da Agricultura”, Assunção Cristas, que tutela o Alqueva, disse Jorge Pulido Valente.
“Consideramos que, ao nível da ministra, nada se resolve e o agravamento da situação e a amplitude do problema já ultrapassa claramente as competências e a tutela” de Assunção Cristas, justificou.
Por outro lado, lembrou, a ministra não respondeu ao pedido feito “há mais de um mês” pela CIMBAL para se deslocar à região para “prestar informações sobre as perspectivas do Governo relativamente a Alqueva” e não compareceu na reunião de hoje, apesar de ter sido convidada, porque “não pode estar presente”.
Na reunião de hoje, as entidades alertaram ainda para o facto de, a partir de 2013, ser “muito mais difícil conseguir financiamento comunitário para a conclusão do Alqueva” e para “a necessidade de o projecto não se encerrar com a conclusão das infraestruturas”, disse.
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Os autarcas e representantes de agricultores e empresários reuniram hoje em Beja para tomarem uma posição pública conjunta sobre o Alqueva, num encontro promovido pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL).
Na reunião, foi decidido exigir ao Governo “uma definição clara dos prazos para a conclusão do Alqueva”, disse à Agência Lusa o presidente da CIMBAL, Jorge Pulido Valente.
As entidades decidiram também “convidar” o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para ir a Beja “explicar o que o Governo está a pensar fazer em relação ao projecto Alqueva”, disse o também presidente da Câmara de Beja (PS).
“Não abdicaremos da vinda do primeiro-ministro a Beja”, frisou, referindo que foi ainda decidido exigir “uma definição clara do que o Governo pretende fazer em relação à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva” (EDIA).
A empresa “está num processo de asfixia financeira e de imobilidade em termos do seu trabalho”, já que “não está a preparar novos concursos para obras” e, quando as que estão em curso terminarem, “não irão começar outras” que fazem parte das fases seguintes do projecto global de Alqueva, disse.
Segundo o autarca, vai ser elaborado um documento com a posição conjunta e as exigências decididas hoje na reunião e que será enviado a Pedro Passos Coelho e ao secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas.
O documento “não será dirigido à ministra da Agricultura”, Assunção Cristas, que tutela o Alqueva, disse Jorge Pulido Valente.
“Consideramos que, ao nível da ministra, nada se resolve e o agravamento da situação e a amplitude do problema já ultrapassa claramente as competências e a tutela” de Assunção Cristas, justificou.
Por outro lado, lembrou, a ministra não respondeu ao pedido feito “há mais de um mês” pela CIMBAL para se deslocar à região para “prestar informações sobre as perspectivas do Governo relativamente a Alqueva” e não compareceu na reunião de hoje, apesar de ter sido convidada, porque “não pode estar presente”.
Na reunião de hoje, as entidades alertaram ainda para o facto de, a partir de 2013, ser “muito mais difícil conseguir financiamento comunitário para a conclusão do Alqueva” e para “a necessidade de o projecto não se encerrar com a conclusão das infraestruturas”, disse.