Ministros on the road: a nº 4 mais conhecida do que a nº 1

09-10-2015
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“Hoje não estou ministra, estou candidata”, diz Assunção Cristas quando chega à Frutalvor, uma cooperativa de produtores de fruta de Caldas da Rainha e é cumprimentada como “senhora ministra”. É a primeira paragem num dia com seis previstas (um mercado, um almoço, um monumento nacional, uma Misericórdia e uma mostra de produtos regionais — e isto numa quarta-feira). Que a jornada comece em terreno de agricultura não é um acaso, mas aumenta a confusão de quem está habituado a ver Assunção na pele de ministra.

Daí a pouco, quando anda a distribuir beijinhos, canetas e propaganda no centro de Caldas da Rainha, até o presidente da câmara, que acompanha a comitiva, a apresenta aos transeuntes como “a senhora ministra”, e Teresa Morais, que encabeça a lista no círculo de Leiria, como “a nossa secretária de Estado”. Assunção, nº 4 da lista da coligação, é reconhecida por muitos; Teresa, a nº 1, nem por isso. Ao ponto de a dirigente do CDS passar parte do tempo a apresentar a cabeça de lista aos eleitores. “A ela, não a conheço, mas à senhora ministra gosto muito de a ver na televisão”, diz uma vendedora. “É a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentar, também aparece na televisão”, responde Cristas...

Nem a simpatia nem a notoriedade poupam Assunção ao desgaste da governação. Mal a curta comitiva chega a uma rua pedonal, uma mulher desata aos gritos de “Ladrões!” e “Não andem a enganar as pessoas!”. O clima azeda. As duas candidatas, que noutras circunstâncias tentam ser pedagógicas e explicar as razões dos cortes, viram costas; outros elementos da campanha acusam a mulher de ser “ordinária” e até “socialista”... É um caso extremo. Também há pelo caminho quem prometa o voto (Leiria é terra laranja), mas são muitos os que se queixam, sobretudo pensionistas. “Ajude-nos”, diz Cristas a uma idosa. “De ajuda preciso eu, que me levaram cento e tal euros”, retorque a mulher.

“Hoje não estou ministra, estou candidata”, diz Assunção Cristas quando chega à Frutalvor, uma cooperativa de produtores de fruta de Caldas da Rainha e é cumprimentada como “senhora ministra”. É a primeira paragem num dia com seis previstas (um mercado, um almoço, um monumento nacional, uma Misericórdia e uma mostra de produtos regionais — e isto numa quarta-feira). Que a jornada comece em terreno de agricultura não é um acaso, mas aumenta a confusão de quem está habituado a ver Assunção na pele de ministra.

Daí a pouco, quando anda a distribuir beijinhos, canetas e propaganda no centro de Caldas da Rainha, até o presidente da câmara, que acompanha a comitiva, a apresenta aos transeuntes como “a senhora ministra”, e Teresa Morais, que encabeça a lista no círculo de Leiria, como “a nossa secretária de Estado”. Assunção, nº 4 da lista da coligação, é reconhecida por muitos; Teresa, a nº 1, nem por isso. Ao ponto de a dirigente do CDS passar parte do tempo a apresentar a cabeça de lista aos eleitores. “A ela, não a conheço, mas à senhora ministra gosto muito de a ver na televisão”, diz uma vendedora. “É a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentar, também aparece na televisão”, responde Cristas...

Nem a simpatia nem a notoriedade poupam Assunção ao desgaste da governação. Mal a curta comitiva chega a uma rua pedonal, uma mulher desata aos gritos de “Ladrões!” e “Não andem a enganar as pessoas!”. O clima azeda. As duas candidatas, que noutras circunstâncias tentam ser pedagógicas e explicar as razões dos cortes, viram costas; outros elementos da campanha acusam a mulher de ser “ordinária” e até “socialista”... É um caso extremo. Também há pelo caminho quem prometa o voto (Leiria é terra laranja), mas são muitos os que se queixam, sobretudo pensionistas. “Ajude-nos”, diz Cristas a uma idosa. “De ajuda preciso eu, que me levaram cento e tal euros”, retorque a mulher.

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