“É o reajustamento que é preciso fazer para as condições actuais de financiamento do Estado e, quem não disser isto, creio que não estará a ser totalmente honesto e sério, até do ponto de vista intelectual”, frisou Assunção Cristas.
A governante que tutela o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) falava aos jornalistas em Montemor-o-Novo, onde visitou o certame agro-pecuário EXPOMOR, que decorre naquela cidade alentejana, a par da Feira da Luz.
Assunção Cristas admitiu que as condições financeiras do país se “deterioraram”, em relação, “porventura, ao momento em que foi decidida a antecipação” da conclusão do Alqueva, durante a governação socialista de José Sócrates. “A verdade é que, hoje, as condições são outras e é virtualmente impossível o Estado manter esse esforço tão concentrado de investimento” no Alqueva, e o país não tem “condições para ir ao mercado buscar esse dinheiro todo” que o Alqueva precisa, assumiu Cristas.
A prioridade no que toca à componente agrícola do Alqueva, insistiu a ministra da Agricultura, é “usar o que já está” feito, ao nível de regadios, e “mostrar o que se pode fazer e criar boas práticas, para depois irem sendo replicadas”.
“Com toda a sinceridade, [o projecto] tem que ser reescalonado e, ao mesmo tempo, vamos dar toda a prioridade na mobilização de vontades para que as terras que já existem de regadio, e já são muitas, mais de 50 mil hectares, possam ser efectivamente aproveitadas”, afirmou.
Sobre a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), gestora do empreendimento, Assunção Cristas disse que estão a ser avaliadas as hipóteses sobre o futuro da empresa, mas a “inclinação” é para que “termine”. A ideia é ainda que, se a EDIA for extinta, a rede secundária do regadio possa vir a ser concessionada às associações de regantes.
Assunção Cristas deu também declarações no mesmo sentido sobre o programa Polis. A avaliação dos projectos só estará finalizada no final deste mês, mas a ministra avisou que as restrições financeiras também se vão fazer notar, e que as prioridades irão para a segurança das pessoas e a segurança costeira.
“Os Polis estão, mais uma vez, sob avaliação. A minha ideia era conseguir que, até ao final deste mês, possa haver uma avaliação rigorosa e, nessa altura, decidir-se o que é que se faz em relação a cada um e, sobretudo, o que é que se faz dentro de cada um”, disse Cristas.
Questionada pela Lusa sobre qual o futuro dos programas de valorização urbana e ambiental Polis, com a extinção da Parque Expo (gestora dos mesmos) já anunciada pelo Governo, a responsável assegurou que ainda não está tomada qualquer decisão, mas defendeu uma racionalização dos recursos financeiros, tendo em conta a situação do país.
É preciso “olhar para todas as acções e, em colaboração com as pessoas que conhecem bem os dossiers, tentar perceber o que é prioritário e deve prosseguir e o que é que pode ficar à espera de melhores dias”, disse a ministra.
Segundo a governante, “todos [os Polis] têm acções que são urgentes, necessárias e prioritárias”, sobretudo no que respeita à “segurança de pessoas” e à “segurança na orla costeira”. Contudo, há outras vertentes desses programas que podem ter de esperar: “Toda a gente gosta de deixar coisas bonitas ou de contribuir para que coisas bonitas sejam feitas”, mas isso “entra no domínio daquilo que já é um luxo para as condições que o país tem”.
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“É o reajustamento que é preciso fazer para as condições actuais de financiamento do Estado e, quem não disser isto, creio que não estará a ser totalmente honesto e sério, até do ponto de vista intelectual”, frisou Assunção Cristas.
A governante que tutela o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT) falava aos jornalistas em Montemor-o-Novo, onde visitou o certame agro-pecuário EXPOMOR, que decorre naquela cidade alentejana, a par da Feira da Luz.
Assunção Cristas admitiu que as condições financeiras do país se “deterioraram”, em relação, “porventura, ao momento em que foi decidida a antecipação” da conclusão do Alqueva, durante a governação socialista de José Sócrates. “A verdade é que, hoje, as condições são outras e é virtualmente impossível o Estado manter esse esforço tão concentrado de investimento” no Alqueva, e o país não tem “condições para ir ao mercado buscar esse dinheiro todo” que o Alqueva precisa, assumiu Cristas.
A prioridade no que toca à componente agrícola do Alqueva, insistiu a ministra da Agricultura, é “usar o que já está” feito, ao nível de regadios, e “mostrar o que se pode fazer e criar boas práticas, para depois irem sendo replicadas”.
“Com toda a sinceridade, [o projecto] tem que ser reescalonado e, ao mesmo tempo, vamos dar toda a prioridade na mobilização de vontades para que as terras que já existem de regadio, e já são muitas, mais de 50 mil hectares, possam ser efectivamente aproveitadas”, afirmou.
Sobre a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), gestora do empreendimento, Assunção Cristas disse que estão a ser avaliadas as hipóteses sobre o futuro da empresa, mas a “inclinação” é para que “termine”. A ideia é ainda que, se a EDIA for extinta, a rede secundária do regadio possa vir a ser concessionada às associações de regantes.
Assunção Cristas deu também declarações no mesmo sentido sobre o programa Polis. A avaliação dos projectos só estará finalizada no final deste mês, mas a ministra avisou que as restrições financeiras também se vão fazer notar, e que as prioridades irão para a segurança das pessoas e a segurança costeira.
“Os Polis estão, mais uma vez, sob avaliação. A minha ideia era conseguir que, até ao final deste mês, possa haver uma avaliação rigorosa e, nessa altura, decidir-se o que é que se faz em relação a cada um e, sobretudo, o que é que se faz dentro de cada um”, disse Cristas.
Questionada pela Lusa sobre qual o futuro dos programas de valorização urbana e ambiental Polis, com a extinção da Parque Expo (gestora dos mesmos) já anunciada pelo Governo, a responsável assegurou que ainda não está tomada qualquer decisão, mas defendeu uma racionalização dos recursos financeiros, tendo em conta a situação do país.
É preciso “olhar para todas as acções e, em colaboração com as pessoas que conhecem bem os dossiers, tentar perceber o que é prioritário e deve prosseguir e o que é que pode ficar à espera de melhores dias”, disse a ministra.
Segundo a governante, “todos [os Polis] têm acções que são urgentes, necessárias e prioritárias”, sobretudo no que respeita à “segurança de pessoas” e à “segurança na orla costeira”. Contudo, há outras vertentes desses programas que podem ter de esperar: “Toda a gente gosta de deixar coisas bonitas ou de contribuir para que coisas bonitas sejam feitas”, mas isso “entra no domínio daquilo que já é um luxo para as condições que o país tem”.