Frescos Campos: Novas de Angola: Zedu receoso

30-06-2011
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Ficámos a saber do cada vez mais pasquim noticioso chamado Sol ( jornal isento e desprovido de interesses político-económicos) que Zedu, líder do MPLA e simultaneamente Presidente de Angola, anda insatisfeito com a conjuntura internacional, especialmente no que toca às pressões e ingerências de países em estados soberanos.Segundo o tal jornal Sol (que muito curiosamente dá muito espaço de antena aos assuntos angolanos, sobretudo emanados do seu  imaculado, isento, e democrático Governo) Zedu crítica intervenções militares em países independentes sob argumentos subjectivos ou de duvidosa legitimidade. Afirma inclusivamente que estas experiências recentes são mais facilmente absorvidas em África pelo presente cariz divisionista dos seus povos, tendo como fim último dos agitadores, chamando-lhes países industrializados ocidentais, o acesso fácil às matérias-primas. Confere que este processo de per si é quanto baste para o ressurgimento do neocolonialismo.Estas últimas de Zedu, provocam-me algumas dúvidas e questões. Diz o quase monarca angolano que estas movimentações e arbitrariedade são mais facilmente ensaiadas em África porque o povo está dividido. Pergunto porquê? Porque será que África ainda vive tamanha pobreza com abundantes e ricas matérias-primas transaccionadas para todo o mundo? E porque será que existem sempre clivagens político-sociais muitos vincadas nestes estados? Terá algumas a ver com o fosso entre políticos milionários e povo a viver na miséria? Será inocente esta preocupação de Zedu ou estará meramente interessado em abafar novamente o espírito crítico que existe em Angola em torno da sua governação e autocracia? Não será irónico Zedu falar em neocolonialismo dos tais países industrializados ocidentais, para a usura das matérias-primas africanas, quando em grande medida ele próprio estimulou este modus operandis das potências ocidentais para se libertar do jugo português, através do armamento que ia recebendo em troca de favores e aumento de protagonismo e relações comerciais entre Angola e esses países? Os EUA doo há minaram o petróleo angolano por acaso? Não será o problema de Zedu ter-se apercebido que neste mundo nãamigos/aliados e que, à semelhança do outrora parceiro Kadafi que agora viu essas potências puxarem-lhe o tapete após décadas de ditadura líbia, ele está na eminência de ser descartável, assim o expresse soberanamente o povo angolano? Muitas outras perguntas ficam no ar, sob auspícios de recentes declarações do eterno presidente angolano, mas do que este realmente se deveria preocupar era em acelerar legítimas eleições presidenciais e em pequenos gestos, como, por exemplo permitir que este tipo de texto crítico, redigido em Portugal, também o pudesse ser em Angola sem qualquer tipo de retaliações...Enquanto isso não acontece, os anos passam e os líderes angolanos permanecem nas suas poltronas, bem como o respeito pelos direitos humanos e a  liberdade de imprensa. Enquanto esses atropelos se mantiverem, deverás ter, naturalmente medo, Zedu...


Ficámos a saber do cada vez mais pasquim noticioso chamado Sol ( jornal isento e desprovido de interesses político-económicos) que Zedu, líder do MPLA e simultaneamente Presidente de Angola, anda insatisfeito com a conjuntura internacional, especialmente no que toca às pressões e ingerências de países em estados soberanos.Segundo o tal jornal Sol (que muito curiosamente dá muito espaço de antena aos assuntos angolanos, sobretudo emanados do seu  imaculado, isento, e democrático Governo) Zedu crítica intervenções militares em países independentes sob argumentos subjectivos ou de duvidosa legitimidade. Afirma inclusivamente que estas experiências recentes são mais facilmente absorvidas em África pelo presente cariz divisionista dos seus povos, tendo como fim último dos agitadores, chamando-lhes países industrializados ocidentais, o acesso fácil às matérias-primas. Confere que este processo de per si é quanto baste para o ressurgimento do neocolonialismo.Estas últimas de Zedu, provocam-me algumas dúvidas e questões. Diz o quase monarca angolano que estas movimentações e arbitrariedade são mais facilmente ensaiadas em África porque o povo está dividido. Pergunto porquê? Porque será que África ainda vive tamanha pobreza com abundantes e ricas matérias-primas transaccionadas para todo o mundo? E porque será que existem sempre clivagens político-sociais muitos vincadas nestes estados? Terá algumas a ver com o fosso entre políticos milionários e povo a viver na miséria? Será inocente esta preocupação de Zedu ou estará meramente interessado em abafar novamente o espírito crítico que existe em Angola em torno da sua governação e autocracia? Não será irónico Zedu falar em neocolonialismo dos tais países industrializados ocidentais, para a usura das matérias-primas africanas, quando em grande medida ele próprio estimulou este modus operandis das potências ocidentais para se libertar do jugo português, através do armamento que ia recebendo em troca de favores e aumento de protagonismo e relações comerciais entre Angola e esses países? Os EUA doo há minaram o petróleo angolano por acaso? Não será o problema de Zedu ter-se apercebido que neste mundo nãamigos/aliados e que, à semelhança do outrora parceiro Kadafi que agora viu essas potências puxarem-lhe o tapete após décadas de ditadura líbia, ele está na eminência de ser descartável, assim o expresse soberanamente o povo angolano? Muitas outras perguntas ficam no ar, sob auspícios de recentes declarações do eterno presidente angolano, mas do que este realmente se deveria preocupar era em acelerar legítimas eleições presidenciais e em pequenos gestos, como, por exemplo permitir que este tipo de texto crítico, redigido em Portugal, também o pudesse ser em Angola sem qualquer tipo de retaliações...Enquanto isso não acontece, os anos passam e os líderes angolanos permanecem nas suas poltronas, bem como o respeito pelos direitos humanos e a  liberdade de imprensa. Enquanto esses atropelos se mantiverem, deverás ter, naturalmente medo, Zedu...

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