Portugal não tem condições para criar uma reserva alimentar, diz ministro da Agricultura

14-11-2013
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Portugal não tem condições para criar uma reserva alimentar, diz ministro da Agricultura

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Lusa

28/01/2011 - 18:08

"Nem todos os países têm capacidade para aumentar a produção", afirmou António Serrano Paulo Pimenta




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Tópicos

Agricultura
Saúde
Internacional

O ministro da Agricultura, António Serrano, disse hoje que Portugal não tem condições para criar uma reserva alimentar e que essa é uma questão que deve ser coordenada a nível internacional.
O ministro comentava as declarações do presidente da Agência de Investimento portuguesa, Basílio Horta, que defendeu que Portugal deve dar prioridade política à constituição de uma reserva alimentar. António Serrano afirmou à Lusa que este “é um tema de grande complexidade” e que está na agenda das organizações mundiais, mas que não pode ser encarado apenas do ponto de vista nacional. “É um assunto que está a ser discutido pela Organização Mundial do Comércio e pelos países do G20. Pela primeira vez, está a ser discutida a questão da volatilidade dos preços e da crise no abastecimento das matérias-primas. Não se pode olhar apenas para a participação de um país na resolução de um problema tão difícil”, adiantou o governante. O ministro lembrou que se assiste a uma procura crescente de alimentos em todo o mundo, devido ao aumento da população e à mudança da dieta alimentar, e que será necessário aumentar a produção agrícola em 70 por cento até 2050 para fazer face ao crescimento da população de seis mil para nove mil milhões de pessoas. Mas, embora o “grande desafio seja aumentar a produção” nem todos os países têm capacidade de o fazer e Portugal e a Europa são altamente deficitários na produção de alimentos. “Portugal nunca foi auto-suficiente em termos alimentares e não podemos pensar que passamos de repente de uma situação deficitária para uma situação excedentária. Constituir uma reserva alimentar não é nada fácil, há muitos constrangimento”, considerou o ministro, exemplificando com a falta de área útil e as condições climatéricas. Ainda assim, acrescentou, na última década a produção agrícola em Portugal aumentou 4,4 por cento, apesar de haver menos área utilizada. “O que temos de fazer é apoiar a produção, considerando estratégica toda a produção agrícola”, frisou António Serrano, ressalvando que” isso não significa que Portugal consiga criar sozinho uma reserva que faça face a tudo”. Para o responsável da pasta da Agricultura o mais importante é desenvolver “um sistema de coordenação entre os países para partilhar informação sobre os stocks e o nível de produção que cada um tem”, pois “não é viável que um país qualquer possa ter uma política própria fechada sobre esse tema”.




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O ministro comentava as declarações do presidente da Agência de Investimento portuguesa, Basílio Horta, que defendeu que Portugal deve dar prioridade política à constituição de uma reserva alimentar. António Serrano afirmou à Lusa que este “é um tema de grande complexidade” e que está na agenda das organizações mundiais, mas que não pode ser encarado apenas do ponto de vista nacional. “É um assunto que está a ser discutido pela Organização Mundial do Comércio e pelos países do G20. Pela primeira vez, está a ser discutida a questão da volatilidade dos preços e da crise no abastecimento das matérias-primas. Não se pode olhar apenas para a participação de um país na resolução de um problema tão difícil”, adiantou o governante. O ministro lembrou que se assiste a uma procura crescente de alimentos em todo o mundo, devido ao aumento da população e à mudança da dieta alimentar, e que será necessário aumentar a produção agrícola em 70 por cento até 2050 para fazer face ao crescimento da população de seis mil para nove mil milhões de pessoas. Mas, embora o “grande desafio seja aumentar a produção” nem todos os países têm capacidade de o fazer e Portugal e a Europa são altamente deficitários na produção de alimentos. “Portugal nunca foi auto-suficiente em termos alimentares e não podemos pensar que passamos de repente de uma situação deficitária para uma situação excedentária. Constituir uma reserva alimentar não é nada fácil, há muitos constrangimento”, considerou o ministro, exemplificando com a falta de área útil e as condições climatéricas. Ainda assim, acrescentou, na última década a produção agrícola em Portugal aumentou 4,4 por cento, apesar de haver menos área utilizada. “O que temos de fazer é apoiar a produção, considerando estratégica toda a produção agrícola”, frisou António Serrano, ressalvando que” isso não significa que Portugal consiga criar sozinho uma reserva que faça face a tudo”. Para o responsável da pasta da Agricultura o mais importante é desenvolver “um sistema de coordenação entre os países para partilhar informação sobre os stocks e o nível de produção que cada um tem”, pois “não é viável que um país qualquer possa ter uma política própria fechada sobre esse tema”.




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