O ALBICASTRENSE: Efemérides Municipais

30-06-2011
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A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).O texto está escrito, tal como foi publicado.Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade. (Continuação)Sessão do dia 18 de Agosto: “Mais determinarão que visto a grande necessidade que há de se concertar a arraya no citio da Ponte do Payo Longo pello prejuizo que os gados cuazam à folha do feijam e podem cauzar à folha do pam no anno próximo segundo tendo este mesmo concerto alem de muito necessário sido requerido pellos lavradores desta cidade que feito hua rellação de todos os lavradores que tivessem carro fossem notificados para que no termo de quinze dias puzessem dez carradas de pedra cada hum no dito citio ficando obrigados a repetir em sendo necessário ou hum dias cada hum. E outro sim se determinou que medidas as Braças de parede que nescessita de ser concertada se puzesse em prassa para se a rematarem”. Este transporte de pedra para o sitio em que era preciso emprega-la em serviço do município, obrigatoriamente e “a seco” era qualquer coisa como a finta braçal que veio depois, que hoje existe ainda com o nome de imposto de trabalho ou coisa parecida, com a diferença de que hoje a paga a dinheiro. Ainda nesta sessão houve mais alguma coisa, que a acta diz assim: “Mais determinarão se puzesse em pregão na praça a Guarda da folha dos milhos e feijoes para se a rematar na forma do antigo custume”. A Câmara obrigava os lavradores “que tivessem carro” a levar-lhe de graça a pedra para o sitio em que dela precisava, mas em paga punha-lhe guardas na folha do milho e dos feijões. Mas ainda os vereadores se não focaram por aqui. A acta desta sessão de 18 de Agosto reza assim: “Tão bem determinou nesta vereação que de cada caza hua pessoa fosse obrigada a limpar as fontes a saber, o Tanque da Graça, Pequeixada, Fonte da Devesa, Fonte do Tostão, e nova com pena de hum tostão aplicado para a mesma limpeza, hindo pessoa capaz de trabalhar que retirarão o entulho para longe”. E por aqui se ficaram nesta sessão. Vamos lá, que nem sempre os vereadores trabalharam com tão boa vontade.(Continua) PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado nos jornais citados no início deste post."Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules". É a acção proposta por este albicastrense, aos homens e mulheres da minha terra, para o dia feriado da nossa cidade.Quarenta albicastrenses silenciosamente durante uma hora, na praça do Município, em lembrança dos velhos cedros, para recordar a quem mandou fazer esta barbárie, que o espaço da Sra de Mércules não é a quinta do (Ti Manel das Bolotas) onde ele pode por e dispor a seu belo prazer, mas antes, um local muito querido dos albicastrenses.Das 10.00 às 11.00 da manhã no dia feriado da minha terra, eu irei estar silenciosamente na praça do Município, a dizer a quem por ali passa, que de futuro não mais poderá ser possível este tipo de acontecimentos.Eu serei um dos quarenta!... E você ? Este texto será a partir de hoje, inserido em todos os posts que aqui forem colocados, até ao dia da acção “simbólica” na praça do nosso Município.PS. O grupo do João no Facebook, continua à sua espera: "Eu sou contra o corte de 40 árvores na Sra. de Mércules, em Castelo Branco". Divulgue-o junto dos seus amigos. O Albicastrense


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).O texto está escrito, tal como foi publicado.Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade. (Continuação)Sessão do dia 18 de Agosto: “Mais determinarão que visto a grande necessidade que há de se concertar a arraya no citio da Ponte do Payo Longo pello prejuizo que os gados cuazam à folha do feijam e podem cauzar à folha do pam no anno próximo segundo tendo este mesmo concerto alem de muito necessário sido requerido pellos lavradores desta cidade que feito hua rellação de todos os lavradores que tivessem carro fossem notificados para que no termo de quinze dias puzessem dez carradas de pedra cada hum no dito citio ficando obrigados a repetir em sendo necessário ou hum dias cada hum. E outro sim se determinou que medidas as Braças de parede que nescessita de ser concertada se puzesse em prassa para se a rematarem”. Este transporte de pedra para o sitio em que era preciso emprega-la em serviço do município, obrigatoriamente e “a seco” era qualquer coisa como a finta braçal que veio depois, que hoje existe ainda com o nome de imposto de trabalho ou coisa parecida, com a diferença de que hoje a paga a dinheiro. Ainda nesta sessão houve mais alguma coisa, que a acta diz assim: “Mais determinarão se puzesse em pregão na praça a Guarda da folha dos milhos e feijoes para se a rematar na forma do antigo custume”. A Câmara obrigava os lavradores “que tivessem carro” a levar-lhe de graça a pedra para o sitio em que dela precisava, mas em paga punha-lhe guardas na folha do milho e dos feijões. Mas ainda os vereadores se não focaram por aqui. A acta desta sessão de 18 de Agosto reza assim: “Tão bem determinou nesta vereação que de cada caza hua pessoa fosse obrigada a limpar as fontes a saber, o Tanque da Graça, Pequeixada, Fonte da Devesa, Fonte do Tostão, e nova com pena de hum tostão aplicado para a mesma limpeza, hindo pessoa capaz de trabalhar que retirarão o entulho para longe”. E por aqui se ficaram nesta sessão. Vamos lá, que nem sempre os vereadores trabalharam com tão boa vontade.(Continua) PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado nos jornais citados no início deste post."Quarenta Albicastrenses presentes na praça do Município, pelos quarenta cedros abatidos na Sra. de Mércules". É a acção proposta por este albicastrense, aos homens e mulheres da minha terra, para o dia feriado da nossa cidade.Quarenta albicastrenses silenciosamente durante uma hora, na praça do Município, em lembrança dos velhos cedros, para recordar a quem mandou fazer esta barbárie, que o espaço da Sra de Mércules não é a quinta do (Ti Manel das Bolotas) onde ele pode por e dispor a seu belo prazer, mas antes, um local muito querido dos albicastrenses.Das 10.00 às 11.00 da manhã no dia feriado da minha terra, eu irei estar silenciosamente na praça do Município, a dizer a quem por ali passa, que de futuro não mais poderá ser possível este tipo de acontecimentos.Eu serei um dos quarenta!... E você ? Este texto será a partir de hoje, inserido em todos os posts que aqui forem colocados, até ao dia da acção “simbólica” na praça do nosso Município.PS. O grupo do João no Facebook, continua à sua espera: "Eu sou contra o corte de 40 árvores na Sra. de Mércules, em Castelo Branco". Divulgue-o junto dos seus amigos. O Albicastrense

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