CIDADANIA LX: Aprovado, obra a obra Lisboa melhora? Olhem que assim, não.

21-01-2012
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Avenida Praia da Vitória, N. 20Avenida Praia da Vitória, N. 16-18Para a próxima 4ª F, será votado o pedido de licenciamento de obras de alteração, demolição e ampliação destes dois edifícios, no âmbito do processo 1209/EDI/2006, aprovado por Carmona Rodrigues em 7 de Fevereiro de 2007.Eis o historial da coisa:* Ambos os edifícios são assinado por arquitecto de época e estão incluídos na Carta de Património do Inventário Municipal;* Ambos os edifício estão inseridos em Área Consolidada das Avenidas Novas;* Sendo assim, o NEP (Núcleo de Estudos Patrimoniais) dá um parecer, que não sendo vinculativo mas apenas consultivo, é claro:Parecer positivo CONDICIONADO à salvaguarda das fachadas com os seus elementos decorativos e a morfologia da cobertura, e no interior manutenção dos vestíbulos e núcleos de escadas com possibilidade de reformulação dos fogos, mantendo as portas, portadas e estuques decorativos. (sic)...O projecto segue de técnico em técnico, sempre com o tradicional 'à consideração superior', e a consideração superior é APROVE-SE, ignorando o parecer consultivo do NEP. Depois de aprovado pelo Director de Departamento, foi-o pelo Chefe de Divisão, até que o próprio Carmona Rodrigues o aprova, sem hesitar, em Fevereio de 2007.O projecto aprovado resume-se à "receita tradicional": demolição integral dos interiores+ampliação de 2 andares (sendo um recuado), esventrammento do subsolo para o inevitável estacionamento subterrâneo....Chegados aqui, trata-se agora de aprovar ou não o licenciamento de obras.A questão é complicada, mas havendo vontade e coragem pode-se fazer cumprir o parecer do NEP. Por mais que haja a tentação para se escudarem em eventuais direitos adquiridos pode-se fazer isso. Há direitos adquiridos? Paciência, a CML tem que zelar pela manutenção das zonas consolidadas, fazer valer os pareceres de quem zela pelo património, e indemnizar ou permutar se for caso disso. Eventualmente, até, talvez o promotor aceite corrigir o projecto. Há que fazer pedagogia. Há que mostrar que a reabilitação urbana pode ser um negócio tão rentável quanto a demolição dos interiores ou a ampliação pato bravesca. Basta ver o trabalho da SRU num dos prédios herdados da EPUL ali para as bandas da Rua do Alecrim. Ele há bons exemplos e boas práticas. Só não têm é a publicidade merecida.Até porque não é aprovando esta "obra a obra" que Lisboa melhora.A ver vamos...


Avenida Praia da Vitória, N. 20Avenida Praia da Vitória, N. 16-18Para a próxima 4ª F, será votado o pedido de licenciamento de obras de alteração, demolição e ampliação destes dois edifícios, no âmbito do processo 1209/EDI/2006, aprovado por Carmona Rodrigues em 7 de Fevereiro de 2007.Eis o historial da coisa:* Ambos os edifícios são assinado por arquitecto de época e estão incluídos na Carta de Património do Inventário Municipal;* Ambos os edifício estão inseridos em Área Consolidada das Avenidas Novas;* Sendo assim, o NEP (Núcleo de Estudos Patrimoniais) dá um parecer, que não sendo vinculativo mas apenas consultivo, é claro:Parecer positivo CONDICIONADO à salvaguarda das fachadas com os seus elementos decorativos e a morfologia da cobertura, e no interior manutenção dos vestíbulos e núcleos de escadas com possibilidade de reformulação dos fogos, mantendo as portas, portadas e estuques decorativos. (sic)...O projecto segue de técnico em técnico, sempre com o tradicional 'à consideração superior', e a consideração superior é APROVE-SE, ignorando o parecer consultivo do NEP. Depois de aprovado pelo Director de Departamento, foi-o pelo Chefe de Divisão, até que o próprio Carmona Rodrigues o aprova, sem hesitar, em Fevereio de 2007.O projecto aprovado resume-se à "receita tradicional": demolição integral dos interiores+ampliação de 2 andares (sendo um recuado), esventrammento do subsolo para o inevitável estacionamento subterrâneo....Chegados aqui, trata-se agora de aprovar ou não o licenciamento de obras.A questão é complicada, mas havendo vontade e coragem pode-se fazer cumprir o parecer do NEP. Por mais que haja a tentação para se escudarem em eventuais direitos adquiridos pode-se fazer isso. Há direitos adquiridos? Paciência, a CML tem que zelar pela manutenção das zonas consolidadas, fazer valer os pareceres de quem zela pelo património, e indemnizar ou permutar se for caso disso. Eventualmente, até, talvez o promotor aceite corrigir o projecto. Há que fazer pedagogia. Há que mostrar que a reabilitação urbana pode ser um negócio tão rentável quanto a demolição dos interiores ou a ampliação pato bravesca. Basta ver o trabalho da SRU num dos prédios herdados da EPUL ali para as bandas da Rua do Alecrim. Ele há bons exemplos e boas práticas. Só não têm é a publicidade merecida.Até porque não é aprovando esta "obra a obra" que Lisboa melhora.A ver vamos...

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