Câmara de Comuns

12-10-2014
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por Rudolfo de Castro Pimenta

A escolha de Vital Moreira correspondeu a uma tentativa de aproximação ao eleitorado e ala mais à esquerda do PS, descontentes pelo facto de a governação ter ocupado um espaço político de centro-direita, tradicionalmente reservado ao PSD. Com Vital Moreira como cabeça de lista, pretendeu-se recentrar o PS à esquerda.

Todavia, o PS cedo se apercebeu da debilidade desta táctica. Não só pelo facto de a esquerda não se identificar ou rever no candidato, chegando a ser contraproducente, como também pelas declarações e características próprias do visado, ao nível de capacidade discursiva, passagem de mensagem, postura e falta de empatia. As discrepâncias de opinião entre o candidato escolhido e a estrutura socialista também não ajudaram.

Urgia a mudança de estratégia.

E tal foi efectuado. De forma a debelar a fraca candidatura socialista, optou-se por passar ao ataque. Introduziu-se na agenda política, o caso BPN . A tentativa de passagem para a opinião pública da ideia de colagem entre o BPN e o PSD, foi crucial para o objectivo em causa: fragilizar a candidatura do principal partido da oposição. Com o decorrer da campanha eleitoral, chegou-se ainda mais longe: implicou-se o próprio Presidente da República no caso.

A mudança de postura e linguagem foram patentes. Tanto Vital Moreira como outros dirigentes socialistas enveredaram pelo agravamento de posições, acusações descabidas e em alguns casos, inclusivamente pela grosseria; tudo em prol da estratégia montada. A baixa política atingiu o pique.

O envolvimento de Sócrates, do aparelho e de figuras ligadas ao PS na campanha foi esmagador. Os meios e a estrutura utilizados foram avassaladores. Mas apesar de tudo isto, não bastou.

por Rudolfo de Castro Pimenta

A escolha de Vital Moreira correspondeu a uma tentativa de aproximação ao eleitorado e ala mais à esquerda do PS, descontentes pelo facto de a governação ter ocupado um espaço político de centro-direita, tradicionalmente reservado ao PSD. Com Vital Moreira como cabeça de lista, pretendeu-se recentrar o PS à esquerda.

Todavia, o PS cedo se apercebeu da debilidade desta táctica. Não só pelo facto de a esquerda não se identificar ou rever no candidato, chegando a ser contraproducente, como também pelas declarações e características próprias do visado, ao nível de capacidade discursiva, passagem de mensagem, postura e falta de empatia. As discrepâncias de opinião entre o candidato escolhido e a estrutura socialista também não ajudaram.

Urgia a mudança de estratégia.

E tal foi efectuado. De forma a debelar a fraca candidatura socialista, optou-se por passar ao ataque. Introduziu-se na agenda política, o caso BPN . A tentativa de passagem para a opinião pública da ideia de colagem entre o BPN e o PSD, foi crucial para o objectivo em causa: fragilizar a candidatura do principal partido da oposição. Com o decorrer da campanha eleitoral, chegou-se ainda mais longe: implicou-se o próprio Presidente da República no caso.

A mudança de postura e linguagem foram patentes. Tanto Vital Moreira como outros dirigentes socialistas enveredaram pelo agravamento de posições, acusações descabidas e em alguns casos, inclusivamente pela grosseria; tudo em prol da estratégia montada. A baixa política atingiu o pique.

O envolvimento de Sócrates, do aparelho e de figuras ligadas ao PS na campanha foi esmagador. Os meios e a estrutura utilizados foram avassaladores. Mas apesar de tudo isto, não bastou.

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