CIDADANIA LX: A «Requalificação do espaço público da envolvente do Marquês de Pombal» da CML. Att. Vereador António Prôa

01-07-2011
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«A intervenção do túnel do Marquês foi uma oportunidade ganha no âmbito da requalificação do espaço público da envolvente do Marquês de Pombal. (...) os arranjos à superfície, que estão em fase de acabamento, vão contribuir para uma maior e melhor apropriação do espaço público pelos lisboetas, nomeadamente, pelo redesenho dos passeios e seu calcetamento, requalificação dos canteiros do Parque Eduardo VII, plantação de arvoredo no Parque Eduardo VII e na Avenida Fontes Pereira de Melo e remodelação dos equipamentos de iluminação pública. (...) As obras de requalificação constituíram um excelente exemplo de respeito pela envolvente e o pré-existente. (...) Exemplo disso foi a intervenção efectuada ao nível da iluminação pública – através da colocação de mais de 70 novos candeeiros, 40 dos quais são novos e os restantes 30 recuperados, num investimento de 105 mil euros –, e calcetamento dos passeios. Na Avenida Fontes Pereira de Melo, a CML recuperou um desenho de calçada registado como patrimonial no livro das Calçadas, existente ao longo de parte do passeio da Av. Fontes Pereira de Melo, na Baixa Pombalina e na Av. Da República. (...) Ao nível do arvoredo, a requalificação da zona envolvente do Marquês de Pombal incluiu a plantação de 250 arbustos e o transplante de 130 árvores (lódãos, palmeiras e plátanos), no âmbito da construção do túnel do Marquês. Estes exemplares estão, actualmente colocados no Parque Eduardo VII, Marvila e Eixo Norte-Sul. A taxa de sucesso destes transplantes foi de mais de 90 por cento. (...) Durante a visita às obras de requalificação da zona, António Prôa, anunciou ainda a instalação de 50 jacarandás na Avenida Fontes Pereira de Melo e no Parque Eduardo VII, doados pela empresa RBensimon, Publicidade e Marketing, ao abrigo da Lei do Mecenato, no valor de 12.500 euros. (...) Em fase de projecto, adiantou António Prôa, no final da visita, está a colocação de peças de arte pública, ao longo da Avenida Joaquim António Augusto de Aguiar, artéria que ficou impossibilitada de ser arborizada devido à construção do túnel do Marquês.», pode ler-se no blogue do Sr.Vereador.Acontece que,1. A Av.Joaquim António de Aguiar deixou de ser uma avenida e entrada nobre de Lisboa, para ser mais um bocado de capital entregue à periferia. O «arranjo» à superfície é uma perfeita montra de mau gosto. Vista do Marquês é uma aberração, e vista de norte é um precipício. Não há uma única árvore. As placas centrais estão colocadas aleatoriamente, como se fosse uma gincana, o solo foi betumado e passado a rolo compressor para parecer que ali passou o "pugresso". Vai ter obras de arte? Ora... 2. A Av.António Augusto de Aguiar, outrora uma das avenidas mais selectas e bonitas de Lisboa, tem agora no seu extremo sul uma boca de túnel digna de auto-estrada, com placa gigantesca, a que só faltam luzes fluorescentes (virão ainda?), está sem uma única árvore, enfim, é para ali uma coisa. Compreendo o desinteresse ... já quase ninguém vive ali, e quem ali trabalha chega com os olhos no chão e parte com os olhos no chão.3. O extremo sul da Avenida Fontes Pereira de Melo parece uma brincadeira com corrimão, aqui, placa ali, semáforo acolá, num emaranhado de metal, sinalética e não sei mais o quê. Ah, já me esquecia dos jacarandás. Sim, uma bela árvore, cujos exemplares mirrados e já tolhidos pelo vento e pela poeira, terão uma copa frondosa possivelmente daqui a 20 anos.Parabéns pela «requalificação»!Enquanto isso, na esquina da Av.António de Aguiar com a Fontes Pereira de Melo, jaz um edifício antigo em gaveto, à espera do camartelo e a cidade à espera de mais um pseudo-arranha-céus. Na Joaquim António de Aguiar, do lado esquerdo da subida, ali estão 2-3-4 edifícios de bela traça, à espera da mesma «sorte».Uma vergonha, esta cidade, tipicamente terceiro-mundista.


«A intervenção do túnel do Marquês foi uma oportunidade ganha no âmbito da requalificação do espaço público da envolvente do Marquês de Pombal. (...) os arranjos à superfície, que estão em fase de acabamento, vão contribuir para uma maior e melhor apropriação do espaço público pelos lisboetas, nomeadamente, pelo redesenho dos passeios e seu calcetamento, requalificação dos canteiros do Parque Eduardo VII, plantação de arvoredo no Parque Eduardo VII e na Avenida Fontes Pereira de Melo e remodelação dos equipamentos de iluminação pública. (...) As obras de requalificação constituíram um excelente exemplo de respeito pela envolvente e o pré-existente. (...) Exemplo disso foi a intervenção efectuada ao nível da iluminação pública – através da colocação de mais de 70 novos candeeiros, 40 dos quais são novos e os restantes 30 recuperados, num investimento de 105 mil euros –, e calcetamento dos passeios. Na Avenida Fontes Pereira de Melo, a CML recuperou um desenho de calçada registado como patrimonial no livro das Calçadas, existente ao longo de parte do passeio da Av. Fontes Pereira de Melo, na Baixa Pombalina e na Av. Da República. (...) Ao nível do arvoredo, a requalificação da zona envolvente do Marquês de Pombal incluiu a plantação de 250 arbustos e o transplante de 130 árvores (lódãos, palmeiras e plátanos), no âmbito da construção do túnel do Marquês. Estes exemplares estão, actualmente colocados no Parque Eduardo VII, Marvila e Eixo Norte-Sul. A taxa de sucesso destes transplantes foi de mais de 90 por cento. (...) Durante a visita às obras de requalificação da zona, António Prôa, anunciou ainda a instalação de 50 jacarandás na Avenida Fontes Pereira de Melo e no Parque Eduardo VII, doados pela empresa RBensimon, Publicidade e Marketing, ao abrigo da Lei do Mecenato, no valor de 12.500 euros. (...) Em fase de projecto, adiantou António Prôa, no final da visita, está a colocação de peças de arte pública, ao longo da Avenida Joaquim António Augusto de Aguiar, artéria que ficou impossibilitada de ser arborizada devido à construção do túnel do Marquês.», pode ler-se no blogue do Sr.Vereador.Acontece que,1. A Av.Joaquim António de Aguiar deixou de ser uma avenida e entrada nobre de Lisboa, para ser mais um bocado de capital entregue à periferia. O «arranjo» à superfície é uma perfeita montra de mau gosto. Vista do Marquês é uma aberração, e vista de norte é um precipício. Não há uma única árvore. As placas centrais estão colocadas aleatoriamente, como se fosse uma gincana, o solo foi betumado e passado a rolo compressor para parecer que ali passou o "pugresso". Vai ter obras de arte? Ora... 2. A Av.António Augusto de Aguiar, outrora uma das avenidas mais selectas e bonitas de Lisboa, tem agora no seu extremo sul uma boca de túnel digna de auto-estrada, com placa gigantesca, a que só faltam luzes fluorescentes (virão ainda?), está sem uma única árvore, enfim, é para ali uma coisa. Compreendo o desinteresse ... já quase ninguém vive ali, e quem ali trabalha chega com os olhos no chão e parte com os olhos no chão.3. O extremo sul da Avenida Fontes Pereira de Melo parece uma brincadeira com corrimão, aqui, placa ali, semáforo acolá, num emaranhado de metal, sinalética e não sei mais o quê. Ah, já me esquecia dos jacarandás. Sim, uma bela árvore, cujos exemplares mirrados e já tolhidos pelo vento e pela poeira, terão uma copa frondosa possivelmente daqui a 20 anos.Parabéns pela «requalificação»!Enquanto isso, na esquina da Av.António de Aguiar com a Fontes Pereira de Melo, jaz um edifício antigo em gaveto, à espera do camartelo e a cidade à espera de mais um pseudo-arranha-céus. Na Joaquim António de Aguiar, do lado esquerdo da subida, ali estão 2-3-4 edifícios de bela traça, à espera da mesma «sorte».Uma vergonha, esta cidade, tipicamente terceiro-mundista.

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