Assumo que o apoio dos militantes numas directas partidárias, é motivado pela simpatia que um ou outro candidato lhes provoca. Um empatia resultante da proximidade ou não dos ideais políticos do candidato… mas não só.A conversa dos militantes resume-se a três preocupações … 1º - O que é que o candidato pode fazer por mim e pelos meus interesses? Ou seja, quem me facilita mais a vida; 2º - O que é que o candidato pode fazer pelo partido? Este tipo pode ou não ganhar as próximas eleições; 3º - O que é que o candidato pode fazer pelo país? Como governo ou oposição. Lá no fundo os camaradas sabem que as questões são essas, e por essa ordem. No entanto, ninguém gosta de radicais, forças da natureza movidas somente por uma ideologia já há muito esquecido no seio partidário. Esse medo de mudança sempre foi o maior problema que a democracia moderna enfrentou, a convergência de “plataformas eleitorais” motivada pelo medo de que qualquer radicalismo possa dar votos aos rivais e custar uma eleição. Convém não esquecer que antes da nova direita europeia chegar ao poder, tivemos em Portugal, Espanha, Reino Unido e Alemanha, partidos de esquerda em destaque. Movidos por líderes carismáticos que puseram fim a longos períodos de governação conservadora ao afastarem-se dos ideais de esquerda para se aproximarem do centro-direita. E é assim, neste período de ressurgência neo-liberal, de esgotamento dos ideais centristas, que chegamos às “directas socialistas”. Um delicado equilíbrio entre a elegibilidade dos candidatos numas futuras legislativas, e as lutas internas pelo poder. A importância das redes internas de apoio, esse networking que vemos espalhado nas páginas da comunicação social e da rede (afinal de contas este post vem a propósito de quê?), onde um político, se quiser ser eleito, terá que ter o máximo de apoio possível dentro do partido, terá que seguir o caminho da mediocridade ideológica… …com o objectivo de ganhar a Passos Coelho (se este fizer asneira da grossa). A questão que se coloca à militância do PS é a seguinte: «O que querem do vosso próximo líder? Um reformador? Um candidato? Ou simplesmente um caseiro até ao próximo Mário Soares/Guterres/Sócrates? António Seguro e Francisco Assis, apresentam-se aos militantes com perfis muito semelhantes, ambos professores, políticos de carreira, eurodeputados e líderes parlamentares. Mas as semelhanças não se esgotam no currículo, quem viu o debate de ontem à noite percebeu perfeitamente que ambos convergem na abordagem a tomar como principal partido da oposição em Portugal… ou seja, «não sei bem o quê mas há tempo para pensar nisso depois das directas». Apesar de ambos serem políticos de carreira (algo que desprezo profundamente) decidi dar o meu apoio a Francisco Assis, por uma razão muito simples… os políticos de hoje fazem do serviço público a sua actividade profissional primária, procuram estabilidade pessoal na política, procuram um emprego, uma reforma dourada, e quem levanta ondas é visto como contra-produtivo pelo aparelho partidário. O PS, o aparelho partidário, precisa de um abanão, de um reformador, de alguém que seja duro o suficiente para meter todos os “cães” em linha, e essa pessoa é… …Francisco Assis, que teve os “tomates” de abanar o aparelho com a sua recomendação de umas “primárias” alargadas não só aos militantes com as cotas em dia, mas a todos os simpatizantes socialistas. Ousa devolver às bases, ao povo, o que lhe é de direito… o poder de escolher quem lhes vai representar. Não quero alguém que seja capaz de derrotar Passos Coelho daqui a quatro anos, não quero um líder de futuro, não quero alguém que esteja a planear a sua recandidatura para daqui a dois anos (à quanto tempo abraçavas o teu secretário-geral enquanto preparavas a tua própria candidatura António?), não quero alguém que entre em joguinhos maquiavélicos com debates televisivos. Quero alguém que me devolva a fé no Partido Socialista…é por essa razão que Francisco Assis tem o meu apoio, tem a minha palavra de que quando chegar o dia, eu estarei lá por ele. Nota: Longe de mim afirmar que António José Seguro tenha alguma deficiência testicular metafórica, o homem sempre defendeu as suas próprias ideias, com as suas profícuas e extensas declarações de voto, não sou contra Seguro, sou a favor de Assis.
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Assumo que o apoio dos militantes numas directas partidárias, é motivado pela simpatia que um ou outro candidato lhes provoca. Um empatia resultante da proximidade ou não dos ideais políticos do candidato… mas não só.A conversa dos militantes resume-se a três preocupações … 1º - O que é que o candidato pode fazer por mim e pelos meus interesses? Ou seja, quem me facilita mais a vida; 2º - O que é que o candidato pode fazer pelo partido? Este tipo pode ou não ganhar as próximas eleições; 3º - O que é que o candidato pode fazer pelo país? Como governo ou oposição. Lá no fundo os camaradas sabem que as questões são essas, e por essa ordem. No entanto, ninguém gosta de radicais, forças da natureza movidas somente por uma ideologia já há muito esquecido no seio partidário. Esse medo de mudança sempre foi o maior problema que a democracia moderna enfrentou, a convergência de “plataformas eleitorais” motivada pelo medo de que qualquer radicalismo possa dar votos aos rivais e custar uma eleição. Convém não esquecer que antes da nova direita europeia chegar ao poder, tivemos em Portugal, Espanha, Reino Unido e Alemanha, partidos de esquerda em destaque. Movidos por líderes carismáticos que puseram fim a longos períodos de governação conservadora ao afastarem-se dos ideais de esquerda para se aproximarem do centro-direita. E é assim, neste período de ressurgência neo-liberal, de esgotamento dos ideais centristas, que chegamos às “directas socialistas”. Um delicado equilíbrio entre a elegibilidade dos candidatos numas futuras legislativas, e as lutas internas pelo poder. A importância das redes internas de apoio, esse networking que vemos espalhado nas páginas da comunicação social e da rede (afinal de contas este post vem a propósito de quê?), onde um político, se quiser ser eleito, terá que ter o máximo de apoio possível dentro do partido, terá que seguir o caminho da mediocridade ideológica… …com o objectivo de ganhar a Passos Coelho (se este fizer asneira da grossa). A questão que se coloca à militância do PS é a seguinte: «O que querem do vosso próximo líder? Um reformador? Um candidato? Ou simplesmente um caseiro até ao próximo Mário Soares/Guterres/Sócrates? António Seguro e Francisco Assis, apresentam-se aos militantes com perfis muito semelhantes, ambos professores, políticos de carreira, eurodeputados e líderes parlamentares. Mas as semelhanças não se esgotam no currículo, quem viu o debate de ontem à noite percebeu perfeitamente que ambos convergem na abordagem a tomar como principal partido da oposição em Portugal… ou seja, «não sei bem o quê mas há tempo para pensar nisso depois das directas». Apesar de ambos serem políticos de carreira (algo que desprezo profundamente) decidi dar o meu apoio a Francisco Assis, por uma razão muito simples… os políticos de hoje fazem do serviço público a sua actividade profissional primária, procuram estabilidade pessoal na política, procuram um emprego, uma reforma dourada, e quem levanta ondas é visto como contra-produtivo pelo aparelho partidário. O PS, o aparelho partidário, precisa de um abanão, de um reformador, de alguém que seja duro o suficiente para meter todos os “cães” em linha, e essa pessoa é… …Francisco Assis, que teve os “tomates” de abanar o aparelho com a sua recomendação de umas “primárias” alargadas não só aos militantes com as cotas em dia, mas a todos os simpatizantes socialistas. Ousa devolver às bases, ao povo, o que lhe é de direito… o poder de escolher quem lhes vai representar. Não quero alguém que seja capaz de derrotar Passos Coelho daqui a quatro anos, não quero um líder de futuro, não quero alguém que esteja a planear a sua recandidatura para daqui a dois anos (à quanto tempo abraçavas o teu secretário-geral enquanto preparavas a tua própria candidatura António?), não quero alguém que entre em joguinhos maquiavélicos com debates televisivos. Quero alguém que me devolva a fé no Partido Socialista…é por essa razão que Francisco Assis tem o meu apoio, tem a minha palavra de que quando chegar o dia, eu estarei lá por ele. Nota: Longe de mim afirmar que António José Seguro tenha alguma deficiência testicular metafórica, o homem sempre defendeu as suas próprias ideias, com as suas profícuas e extensas declarações de voto, não sou contra Seguro, sou a favor de Assis.