"Com todas as letras somos contra o aumento do horário de trabalho"

12-12-2011
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Imagem: LUSA/MÁRIO CRUZ

António José Seguro assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, após ter recebido na sede do PS o secretário-geral da UGT, João Proença - encontro realizado a pedido desta central sindical e que durou cerca de hora e meia.

"O Governo decidiu de forma unilateral aumentar o horário de trabalho em Portugal. Consideramos que se trata de uma machadada muito forte na concertação social e significa que, para o Governo, o diálogo social não é importante", criticou o líder socialista.

Em contraponto, segundo Seguro, para o PS, "o diálogo social é importante" e a concertação social "é extremamente relevante, sobretudo no momento que o país atravessa".

"Com todas as letras e de uma forma muito clara, somos contra esta medida", frisou o secretário-geral do PS, que apenas aceitou responder a questões dos jornalistas sobre assuntos laborais relacionados com o teor da reunião com o líder da UGT.

Para António José Seguro, a medida do Governo de aumentar o horário de trabalho no setor privado "é muito penalizadora para os trabalhadores portugueses" e traduz uma injustiça na distribuição social dos sacrifícios.

"Esta medida que o Governo adotou surge do nada, porque não se conhece qualquer estudo que a fundamente e, como tem sido repetido pelos parceiros sociais, tem um fraquíssimo impacto na área da competitividade. Desta reunião com a UGT, o PS sai por isso bastante preocupado e insiste no sentido de que o Governo tenha uma maior sensibilidade para o diálogo social", advertiu.

Segundo o secretário-geral do PS, "o enfraquecimento do diálogo social é extremamente preocupante".

"No dia 27 de junho, o primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] foi à concertação social, prometendo um acordo com os parceiros mais robusto do que aquele que fora acordado em março [pelo executivo socialista] e dizendo que o fecharia no prazo de 90 a cem dias. O que acontece é que não há absolutamente nada e, pelo contrário, assiste-se a um virar costas à concertação social", lamentou António José Seguro.

António José Seguro acusou ainda o Governo de usar a sua maioria absoluta no Parlamento para impor decisões no país.

"Como julga que a maioria absoluta resolve os problemas todos do país, o Governo enfraquece o diálogo, que agora se manifesta em termos sociais. Há um isolamento da parte do Governo, o que é grave para o país", acrescentou.

Imagem: LUSA/MÁRIO CRUZ

António José Seguro assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, após ter recebido na sede do PS o secretário-geral da UGT, João Proença - encontro realizado a pedido desta central sindical e que durou cerca de hora e meia.

"O Governo decidiu de forma unilateral aumentar o horário de trabalho em Portugal. Consideramos que se trata de uma machadada muito forte na concertação social e significa que, para o Governo, o diálogo social não é importante", criticou o líder socialista.

Em contraponto, segundo Seguro, para o PS, "o diálogo social é importante" e a concertação social "é extremamente relevante, sobretudo no momento que o país atravessa".

"Com todas as letras e de uma forma muito clara, somos contra esta medida", frisou o secretário-geral do PS, que apenas aceitou responder a questões dos jornalistas sobre assuntos laborais relacionados com o teor da reunião com o líder da UGT.

Para António José Seguro, a medida do Governo de aumentar o horário de trabalho no setor privado "é muito penalizadora para os trabalhadores portugueses" e traduz uma injustiça na distribuição social dos sacrifícios.

"Esta medida que o Governo adotou surge do nada, porque não se conhece qualquer estudo que a fundamente e, como tem sido repetido pelos parceiros sociais, tem um fraquíssimo impacto na área da competitividade. Desta reunião com a UGT, o PS sai por isso bastante preocupado e insiste no sentido de que o Governo tenha uma maior sensibilidade para o diálogo social", advertiu.

Segundo o secretário-geral do PS, "o enfraquecimento do diálogo social é extremamente preocupante".

"No dia 27 de junho, o primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] foi à concertação social, prometendo um acordo com os parceiros mais robusto do que aquele que fora acordado em março [pelo executivo socialista] e dizendo que o fecharia no prazo de 90 a cem dias. O que acontece é que não há absolutamente nada e, pelo contrário, assiste-se a um virar costas à concertação social", lamentou António José Seguro.

António José Seguro acusou ainda o Governo de usar a sua maioria absoluta no Parlamento para impor decisões no país.

"Como julga que a maioria absoluta resolve os problemas todos do país, o Governo enfraquece o diálogo, que agora se manifesta em termos sociais. Há um isolamento da parte do Governo, o que é grave para o país", acrescentou.

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