A capitulação do último grande catavento

02-12-2014
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Miguel Pinto Luz abriu as hostilidades do congresso do PSD com ataques cirúrgicos apontados aos comentadores e críticos internos do PSD onde, até há bem pouco tempo, figurava Marcelo Rebelo de Sousa, ou, nas palavras de Pedro Passos Coelho, o “protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político”. Segundo o líder do PSD/Lisboa, “o PSD não está na SIC às Quartas, nem na TVI às Quintas, nem na SIC aos Sábados”. Porém, depois do congresso deste fim-de-semana, parece que vai voltar a estar na TVI ao Domingo à noite.

“Bom”, por altura destas declarações, há apenas um mês atrás, Marcelo não perdeu tempo a assumiu-se como alvo do disparo do primeiro-ministro. No seu espaço de comentário dominical na TVI, MRS anunciou estar afinal indisponível para uma hipotética corrida às presidenciais – “a questão está resolvida quando o líder do maior partido diz que a candidatura é indesejada” – e chegou mesmo a afirmar que não marcaria presença no congresso onde, afinal, foi a estrela inesperada. O que terá mudado na cabeça do professor?

“Bom”, a julgar pelo discurso que o próprio classificou como “emotivo”, pelas referências à idade avançada – “comecei a ficar comovido, fruto da idade” – ou à fundação do partido no conturbado período pós-25 de Abril, pelas farpas lançadas a António José Seguro, pela exaltação das “vitórias” do Governo e, ironia das ironias, pela inesperada afirmação de que o PSD é afinal “um partido livre onde se pode dizer o que se pensa“, principalmente quando vinda de alguém que ainda há um mês atrás era catalogado como um perigoso opinador, estou em crer que o professor se está mesmo a “fazer ao piso para alguma coisa“. E essa “coisa” parece ser Palácio de Belém, o preço certo em euros de Marcelo Rebelo de Sousa. O último grande catavento rendeu-se ao poderoso aparelho passista. Resta saber se Passos optará pelo professor ou desencantará outro “Relvas” para o lugar. Considerando o actual estado da liderança social-democrata, Dias Loureiro seria uma excelente opção!

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Miguel Pinto Luz abriu as hostilidades do congresso do PSD com ataques cirúrgicos apontados aos comentadores e críticos internos do PSD onde, até há bem pouco tempo, figurava Marcelo Rebelo de Sousa, ou, nas palavras de Pedro Passos Coelho, o “protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político”. Segundo o líder do PSD/Lisboa, “o PSD não está na SIC às Quartas, nem na TVI às Quintas, nem na SIC aos Sábados”. Porém, depois do congresso deste fim-de-semana, parece que vai voltar a estar na TVI ao Domingo à noite.

“Bom”, por altura destas declarações, há apenas um mês atrás, Marcelo não perdeu tempo a assumiu-se como alvo do disparo do primeiro-ministro. No seu espaço de comentário dominical na TVI, MRS anunciou estar afinal indisponível para uma hipotética corrida às presidenciais – “a questão está resolvida quando o líder do maior partido diz que a candidatura é indesejada” – e chegou mesmo a afirmar que não marcaria presença no congresso onde, afinal, foi a estrela inesperada. O que terá mudado na cabeça do professor?

“Bom”, a julgar pelo discurso que o próprio classificou como “emotivo”, pelas referências à idade avançada – “comecei a ficar comovido, fruto da idade” – ou à fundação do partido no conturbado período pós-25 de Abril, pelas farpas lançadas a António José Seguro, pela exaltação das “vitórias” do Governo e, ironia das ironias, pela inesperada afirmação de que o PSD é afinal “um partido livre onde se pode dizer o que se pensa“, principalmente quando vinda de alguém que ainda há um mês atrás era catalogado como um perigoso opinador, estou em crer que o professor se está mesmo a “fazer ao piso para alguma coisa“. E essa “coisa” parece ser Palácio de Belém, o preço certo em euros de Marcelo Rebelo de Sousa. O último grande catavento rendeu-se ao poderoso aparelho passista. Resta saber se Passos optará pelo professor ou desencantará outro “Relvas” para o lugar. Considerando o actual estado da liderança social-democrata, Dias Loureiro seria uma excelente opção!

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