António José Seguro e José Sócrates: a nova aliança improvável?

09-10-2015
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1.Obrigações académicas e profissionais têm-os impedido de comentar a vida política portuguesa, e as suas contigências diárias, com mais regularidade. Daí a intermitência dos nossos escritos aqui no POLITICOESFERA - no entanto, algo se vai revelando com muita nitidez: a completa inaptidão de António José Seguro para liderar a oposição. O nosso relativo distanciamento da actualidade política os últimos dias permitiu-nos chegar a uma conclusão, a um tempo, curiosa e elucidativa: é que António José Seguro, mesmo quando fala muito, está desaparecido em combate. Quanto mais o Secretário-Geral socialista fala, menos se ouve. Não será isto um paradoxo? Decerto. Mas mostra à exaustão a irrelevância política de António José Seguro.

De facto, o problema de António José Seguro é que tanto lhe faz falar 4 ou 5 vezes por semana ou estar calado, doente ou em asilo político, que para a grande maioria dos portugueses - sobretudo, para o chamado "povo profudo" - é exactamete o mesmo! Ainda este fim de semana, Seguro foi encerrar mais uma sessão da conferência " Novo Rumo", falando longos minutos - no entanto, mais uma vez, passando despercebido. É chocante - e cada militante do Partido Socialista deveria reflectir muito bem sobre esta constatação - que Antóino José Seguro, estando há mais de dois anos na lideraça do PS, ainda não tenha tido uma única - nem uma! - ideia forte, uma ideia que fosse a âcora do discurso político socialista, uma proposta alternativa, uma visão diferente para o País. Nada! Como é que é possível? Num Governo que tem como principal defeito o não ter um rumo, uma estratégia para o futuro de Portugal bem defiida! O que só facilitava a vida de António José Seguro: é, pois, preciso ser excessivamente inábil, do ponto de vista político, e um verdadeiro desastre, do ponto de vista comunicacional, para António José Seguro estar a um pequeno passo de perder as eleições europeias. Porque os portugueses já perceberam que António José Seguro vai continuar, rigorosamente, as linhas mestras da política definida e em execução pelo Governo Passos Coelho.

António José Seguro está preso, sem coseguir encontrar a saída,do labirinto que ele próprio criou. Desenvolveremos, mais em detalhe, o problema político central de Seguro em proximo texto. Hoje impõe-se salientar aquele que é um outro sinal da fraqueza politica - diria até da verdadeira natureza do político António José Seguro - do líder do PS: como nãoo sabe o modo pelo qual se deve afirmar pela Política (com P grande, aquela que verdadeiramente vale a pena), Seguro optou pela afirmacãoo através da via na qual se sente mais à vontade - a via da politiquice.

Ora, nesse sentido, Seguro tratou de ir fazer uma alianca improvável com aquele que há poucos meses era uma das suas principais personas non gratas: José Sócrates. Esta aliança Seguro/Socrates é, para o líder socialista, vital. Porquê? Porque é a forma de continuar o seu domínio incontestado da máquina socialista! É verdade que Seguro, através do seu célebre "golpe estatutário", conseguiu assegurar que seus os seus "homens" chegassem à liderança de federações socialistas importantes - mas o peso e o fantasma de Sócrates e dos socráticos ainda é muito significativo. Ter Sócrates do seu lado é um sinal de força aparelhística que António José Seguro dá aqueles militantes que possam ter algum ambição de chegar à liderança partidária...

E para José Sócrates, qual é a vantagem desta aliança improvável? Para José Sócrates, é importante para neutralizar Antonio Costa. De facto, José Sócrates já percebeu que para manter a sua influência no Partido Socialista - e ser minimamente ouvido no País, de ter uma importância residualíssima - convém manter um líder fraco à frente do Partido! José Sócrates teme que António Costa seja um líder demasiado forte, demasiado marcante, que "apague" a sua influência e a sua memória. É que António Costa há muito tempo que se distanciou do anterior Primeiro-Ministro...Não podemos esquecer que José Sócrates, directamente ou por interposta pessoa, quer regressar à liderança do Partido Socialista...

P.S - Os Socráticos divertiram-se muito ontem a criticar o jornalista da RTP, José Rodrigues dos Santos, por ter cometido a ousadio de fazer perguntas a José Sócrates (vejam bem! Um jornalista fazer perguntas...). Bom, um espaço de comentário politico de autor é do seu autor - a sua força é a força da sua opinião. Contudo, o caso de José Sócrates é um caso singular: o seu espaço tem pouco de comentário politico e muito de auto-justificação. De facto, José Sócrates converteu o programa nas suas memórias e defesa do seu trabalho. Sendo assim, é perfeitamente legítimo, que o jornalista formule perguntas - e perguntas difíceis, mas óbvias -sobre o seu trabalho como Primeiro-Ministro! José Sócrates limitou-se a provar do seu veneno... É que, sem teleponto e as folhas que os assessores lhe dão, José Sócrates é outra coisa...

1.Obrigações académicas e profissionais têm-os impedido de comentar a vida política portuguesa, e as suas contigências diárias, com mais regularidade. Daí a intermitência dos nossos escritos aqui no POLITICOESFERA - no entanto, algo se vai revelando com muita nitidez: a completa inaptidão de António José Seguro para liderar a oposição. O nosso relativo distanciamento da actualidade política os últimos dias permitiu-nos chegar a uma conclusão, a um tempo, curiosa e elucidativa: é que António José Seguro, mesmo quando fala muito, está desaparecido em combate. Quanto mais o Secretário-Geral socialista fala, menos se ouve. Não será isto um paradoxo? Decerto. Mas mostra à exaustão a irrelevância política de António José Seguro.

De facto, o problema de António José Seguro é que tanto lhe faz falar 4 ou 5 vezes por semana ou estar calado, doente ou em asilo político, que para a grande maioria dos portugueses - sobretudo, para o chamado "povo profudo" - é exactamete o mesmo! Ainda este fim de semana, Seguro foi encerrar mais uma sessão da conferência " Novo Rumo", falando longos minutos - no entanto, mais uma vez, passando despercebido. É chocante - e cada militante do Partido Socialista deveria reflectir muito bem sobre esta constatação - que Antóino José Seguro, estando há mais de dois anos na lideraça do PS, ainda não tenha tido uma única - nem uma! - ideia forte, uma ideia que fosse a âcora do discurso político socialista, uma proposta alternativa, uma visão diferente para o País. Nada! Como é que é possível? Num Governo que tem como principal defeito o não ter um rumo, uma estratégia para o futuro de Portugal bem defiida! O que só facilitava a vida de António José Seguro: é, pois, preciso ser excessivamente inábil, do ponto de vista político, e um verdadeiro desastre, do ponto de vista comunicacional, para António José Seguro estar a um pequeno passo de perder as eleições europeias. Porque os portugueses já perceberam que António José Seguro vai continuar, rigorosamente, as linhas mestras da política definida e em execução pelo Governo Passos Coelho.

António José Seguro está preso, sem coseguir encontrar a saída,do labirinto que ele próprio criou. Desenvolveremos, mais em detalhe, o problema político central de Seguro em proximo texto. Hoje impõe-se salientar aquele que é um outro sinal da fraqueza politica - diria até da verdadeira natureza do político António José Seguro - do líder do PS: como nãoo sabe o modo pelo qual se deve afirmar pela Política (com P grande, aquela que verdadeiramente vale a pena), Seguro optou pela afirmacãoo através da via na qual se sente mais à vontade - a via da politiquice.

Ora, nesse sentido, Seguro tratou de ir fazer uma alianca improvável com aquele que há poucos meses era uma das suas principais personas non gratas: José Sócrates. Esta aliança Seguro/Socrates é, para o líder socialista, vital. Porquê? Porque é a forma de continuar o seu domínio incontestado da máquina socialista! É verdade que Seguro, através do seu célebre "golpe estatutário", conseguiu assegurar que seus os seus "homens" chegassem à liderança de federações socialistas importantes - mas o peso e o fantasma de Sócrates e dos socráticos ainda é muito significativo. Ter Sócrates do seu lado é um sinal de força aparelhística que António José Seguro dá aqueles militantes que possam ter algum ambição de chegar à liderança partidária...

E para José Sócrates, qual é a vantagem desta aliança improvável? Para José Sócrates, é importante para neutralizar Antonio Costa. De facto, José Sócrates já percebeu que para manter a sua influência no Partido Socialista - e ser minimamente ouvido no País, de ter uma importância residualíssima - convém manter um líder fraco à frente do Partido! José Sócrates teme que António Costa seja um líder demasiado forte, demasiado marcante, que "apague" a sua influência e a sua memória. É que António Costa há muito tempo que se distanciou do anterior Primeiro-Ministro...Não podemos esquecer que José Sócrates, directamente ou por interposta pessoa, quer regressar à liderança do Partido Socialista...

P.S - Os Socráticos divertiram-se muito ontem a criticar o jornalista da RTP, José Rodrigues dos Santos, por ter cometido a ousadio de fazer perguntas a José Sócrates (vejam bem! Um jornalista fazer perguntas...). Bom, um espaço de comentário politico de autor é do seu autor - a sua força é a força da sua opinião. Contudo, o caso de José Sócrates é um caso singular: o seu espaço tem pouco de comentário politico e muito de auto-justificação. De facto, José Sócrates converteu o programa nas suas memórias e defesa do seu trabalho. Sendo assim, é perfeitamente legítimo, que o jornalista formule perguntas - e perguntas difíceis, mas óbvias -sobre o seu trabalho como Primeiro-Ministro! José Sócrates limitou-se a provar do seu veneno... É que, sem teleponto e as folhas que os assessores lhe dão, José Sócrates é outra coisa...

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