Kitanda: Ofício

24-01-2012
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Começo o Poema:

O coração é uma seta apontada ao centro do poema.

Não, não está bem;

risco ou rasgo o papel.

Recomeço o Poema:

O Homem é uma espada a fender em dois o Amor.

Não, não gosto;

apago de novo.

Ou então:

o Amor é uma chama árdua a arder em breve pira.

Pior prosa;

quebre-se a lira.

Recomeçarei:

No primeiro Apollo vou à Lua

e cantarei.

C. T. Chão Bom, 22.7.69

António Jacinto

(in «Sobreviver em Tarrafal de Santiago»,

Edições Chá de Caxinde, 2000)

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Começo o Poema:

O coração é uma seta apontada ao centro do poema.

Não, não está bem;

risco ou rasgo o papel.

Recomeço o Poema:

O Homem é uma espada a fender em dois o Amor.

Não, não gosto;

apago de novo.

Ou então:

o Amor é uma chama árdua a arder em breve pira.

Pior prosa;

quebre-se a lira.

Recomeçarei:

No primeiro Apollo vou à Lua

e cantarei.

C. T. Chão Bom, 22.7.69

António Jacinto

(in «Sobreviver em Tarrafal de Santiago»,

Edições Chá de Caxinde, 2000)

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