NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: Bardo

03-07-2011
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Screveste teu livro à beira-mágoaPor não ser tua a Hora que anunciaste.Tiveste teus olhos quentes de águaPor em ti não chegar Quem esperaste.Que houveste tu,da névoa e da saudade,senão a mui grande coitaem que por vida andaste,e a alterosa dor,em ti sofrida,da pátria e do povoque cantaste?Repousa, amigo,que mais que o incerto soprofoste o divino anseiohumano feito,e,por haveres desejado e não tido,deste ao tempo a Horaem que por tua obrase conheça o Eleito.- in Trespasse, Lisboa, Edições do Reyno, MCMLXXXIV, p.74.


Screveste teu livro à beira-mágoaPor não ser tua a Hora que anunciaste.Tiveste teus olhos quentes de águaPor em ti não chegar Quem esperaste.Que houveste tu,da névoa e da saudade,senão a mui grande coitaem que por vida andaste,e a alterosa dor,em ti sofrida,da pátria e do povoque cantaste?Repousa, amigo,que mais que o incerto soprofoste o divino anseiohumano feito,e,por haveres desejado e não tido,deste ao tempo a Horaem que por tua obrase conheça o Eleito.- in Trespasse, Lisboa, Edições do Reyno, MCMLXXXIV, p.74.

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