Alhos Vedros ao Poder !: O Spin autárquico

24-01-2012
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Antes de mais, eu sei que assim não se percebe grande coisa e que mesmo ampliando a imagem, os números não são fáceis de visionar mas, que diabo, existem muitos destes desdobráveis ali ao lado da CMM, para acompanharem isto com um deles.Ora vejamos...Os dados apresentados neste mapinha e nestes quadros numéricos vão servir certamente de cavalo de batalha dos técnicos e do próprio pessoal político autárquico para mostrarem como não estão a urbanizar em excesso e como são amigos dos espaços verdes.A manipulação da realidade encontra-se na apresentação, por exemplo, de um aumento superior a 500% dos espaços verdes urbanos, contra menos de 50% de acréscimo de área habitacional.Vamos por partes, e apenas pela rama:1) A bem ou a mal prevê-se um aumento superior a 40% da ocupação do solo urbano por estruturas habitacionais. Pode parecer pouco, mas não é, pois equivale a prever um parque habitacional para (numa extrapolação que pode não ser abusiva) uma população de 90.000 habitants contra os menos de 67.500 que agora existem. Para além de que esse crescimento será em grande parte na freguesia de Alhos Vedros que se tornará um dormitório de uma ponta á outra.2) O aumento de quase 600% de espaços verdes urbanos propostos é um exemplo do spin mais rematado. Em primeiro lugar porque nestes anos todos só se conseguiram ter pouco mais de 44 hectares desses espaços (as três minúsculas manchinhas alaranjadas do mapa) e com uma manutenção abaixo do sofrível. Querem-nos fazer acreditar que nos próximos anos conseguirão sextuplicar esses espaços verdes e mantê-los devidamente ? São uns brincalhões.3) Em seguida, não se explica claramente que esse aumento dos espaços verdes urbanos irá resultar, em grande medida, da conversão de espaço antes classificado como rural como espaço urbano. Não é que aumentem as zonas verdes nos perímetros urbanos; o que se passa é que se alarga esse perímetro, pela conversão do espaço rural ou pela contabilização da área da REN e, depois, anuncia-se que parte desse espaço será para espaços verdes.4) Pela localização dos espaços verdes urbanos propostos, verificamos que se prevê a expansão do Parque da Baixa da Banheira para ambos os sentidos e que irão tornar espaços verdes urbanos zonas como toda a zona ribeirinha norte da Fonte da Prata ou a zona a sul do Parque das Salinas de Alhos Vedros, pelo Bairro Gouveia adiante, zonas essas que agora ainda são de algum resto de mancha verde natural da freguesia. Ou seja, os espaços verdes não são ganhos a nada que já não fosse espaço verde ou que sequer pudesse ser outra coisa.5) Fico muito curioso quanto ao que se irá fazer em prol da área apresentada a azul escuro como "espaços naturais de salinas e viveiros", visto que salinas, em Alhos vedros, por exemplo, já não existem e muitos desse espaço está transformado em lixeira com a conivência dos serviços camarários.AV1


Antes de mais, eu sei que assim não se percebe grande coisa e que mesmo ampliando a imagem, os números não são fáceis de visionar mas, que diabo, existem muitos destes desdobráveis ali ao lado da CMM, para acompanharem isto com um deles.Ora vejamos...Os dados apresentados neste mapinha e nestes quadros numéricos vão servir certamente de cavalo de batalha dos técnicos e do próprio pessoal político autárquico para mostrarem como não estão a urbanizar em excesso e como são amigos dos espaços verdes.A manipulação da realidade encontra-se na apresentação, por exemplo, de um aumento superior a 500% dos espaços verdes urbanos, contra menos de 50% de acréscimo de área habitacional.Vamos por partes, e apenas pela rama:1) A bem ou a mal prevê-se um aumento superior a 40% da ocupação do solo urbano por estruturas habitacionais. Pode parecer pouco, mas não é, pois equivale a prever um parque habitacional para (numa extrapolação que pode não ser abusiva) uma população de 90.000 habitants contra os menos de 67.500 que agora existem. Para além de que esse crescimento será em grande parte na freguesia de Alhos Vedros que se tornará um dormitório de uma ponta á outra.2) O aumento de quase 600% de espaços verdes urbanos propostos é um exemplo do spin mais rematado. Em primeiro lugar porque nestes anos todos só se conseguiram ter pouco mais de 44 hectares desses espaços (as três minúsculas manchinhas alaranjadas do mapa) e com uma manutenção abaixo do sofrível. Querem-nos fazer acreditar que nos próximos anos conseguirão sextuplicar esses espaços verdes e mantê-los devidamente ? São uns brincalhões.3) Em seguida, não se explica claramente que esse aumento dos espaços verdes urbanos irá resultar, em grande medida, da conversão de espaço antes classificado como rural como espaço urbano. Não é que aumentem as zonas verdes nos perímetros urbanos; o que se passa é que se alarga esse perímetro, pela conversão do espaço rural ou pela contabilização da área da REN e, depois, anuncia-se que parte desse espaço será para espaços verdes.4) Pela localização dos espaços verdes urbanos propostos, verificamos que se prevê a expansão do Parque da Baixa da Banheira para ambos os sentidos e que irão tornar espaços verdes urbanos zonas como toda a zona ribeirinha norte da Fonte da Prata ou a zona a sul do Parque das Salinas de Alhos Vedros, pelo Bairro Gouveia adiante, zonas essas que agora ainda são de algum resto de mancha verde natural da freguesia. Ou seja, os espaços verdes não são ganhos a nada que já não fosse espaço verde ou que sequer pudesse ser outra coisa.5) Fico muito curioso quanto ao que se irá fazer em prol da área apresentada a azul escuro como "espaços naturais de salinas e viveiros", visto que salinas, em Alhos vedros, por exemplo, já não existem e muitos desse espaço está transformado em lixeira com a conivência dos serviços camarários.AV1

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