Os editores do AVP declaram a sua luta contra o pensamento politicamente correcto e auto-proclamado como bom, que esqueceu a irreverência e a contestação, preferindo a acomodação ao sistema que tudo torna asséptico e digerível pelos cérebros mais sisudos.Sabemos que o Pensamento Único e o Politicamente Correcto do concelho nos detestam, mas não podemos fazer nada.Somos assim, e como somos burros velhos, temos dificuldade em mudar.Agora, por favor, agradecíamos que as mensagens cifradas e as ameaças veladas não venham acompanhadas de sobrancerias injustificadas e daquele tipo de comiseração bacoca que só é possível numa intelectualidade provinciana e, pior do que isso, amoitada e conformista.É verdade que não somos assimiláveis pelos poderes e tertúlias locais e que para nós, como escrevia o AV2, não há vacas sagradas, nem mesmo nós próprios, que somos uns belos bovinos, não desfazendo nos moiteiros.Por isso, quem nos critica, quem nos desanca abertamente ou a coberto dos anonimatos de que nos acusa, faça favor de mostrar o que vale.Escrever meia dúzia de parágrafos, de 15 em 15 dias ou lá de mês a mês é obra pouca.Isso fazemos nós, durante o pequeno-almoço ou, já com um olho fechado, antes de dormir.E não vale a pena sentirem-se melindrados com a nossa pretensão ou arrogância.Essas qualidades certamente que existem em nós, mas são bem menos prejudiciais que o vazio do politicamente correcto. E nem sequer ameaçamos ninguém com denúncias, velha prática de quem, na sua incapacidade intrínseca, se acolhe debaixo de sombrinhas alheias.Nós não sabemos se estamos certos, mas pelo menos não achamos que só nós podemos estar certos e que não há outras vias para a Verdade.E quando nos quiserem fazer a folha, façam-na com papel pautado de 25 linhas, semelhante ao que usava nas provas da escola primária, e tentem-na fazer bem feita, para variar.AV1 (pseudo-intelectual arrogante e pretensioso, mas felizmente não-amoitado).Nota: Imagem da página 13 do livro da 3ª classe Caminhos, publicado pelo Ministério da Educação Nacional, ainda durante a outra ditadura do pensamento único.
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Os editores do AVP declaram a sua luta contra o pensamento politicamente correcto e auto-proclamado como bom, que esqueceu a irreverência e a contestação, preferindo a acomodação ao sistema que tudo torna asséptico e digerível pelos cérebros mais sisudos.Sabemos que o Pensamento Único e o Politicamente Correcto do concelho nos detestam, mas não podemos fazer nada.Somos assim, e como somos burros velhos, temos dificuldade em mudar.Agora, por favor, agradecíamos que as mensagens cifradas e as ameaças veladas não venham acompanhadas de sobrancerias injustificadas e daquele tipo de comiseração bacoca que só é possível numa intelectualidade provinciana e, pior do que isso, amoitada e conformista.É verdade que não somos assimiláveis pelos poderes e tertúlias locais e que para nós, como escrevia o AV2, não há vacas sagradas, nem mesmo nós próprios, que somos uns belos bovinos, não desfazendo nos moiteiros.Por isso, quem nos critica, quem nos desanca abertamente ou a coberto dos anonimatos de que nos acusa, faça favor de mostrar o que vale.Escrever meia dúzia de parágrafos, de 15 em 15 dias ou lá de mês a mês é obra pouca.Isso fazemos nós, durante o pequeno-almoço ou, já com um olho fechado, antes de dormir.E não vale a pena sentirem-se melindrados com a nossa pretensão ou arrogância.Essas qualidades certamente que existem em nós, mas são bem menos prejudiciais que o vazio do politicamente correcto. E nem sequer ameaçamos ninguém com denúncias, velha prática de quem, na sua incapacidade intrínseca, se acolhe debaixo de sombrinhas alheias.Nós não sabemos se estamos certos, mas pelo menos não achamos que só nós podemos estar certos e que não há outras vias para a Verdade.E quando nos quiserem fazer a folha, façam-na com papel pautado de 25 linhas, semelhante ao que usava nas provas da escola primária, e tentem-na fazer bem feita, para variar.AV1 (pseudo-intelectual arrogante e pretensioso, mas felizmente não-amoitado).Nota: Imagem da página 13 do livro da 3ª classe Caminhos, publicado pelo Ministério da Educação Nacional, ainda durante a outra ditadura do pensamento único.