PONTE DO SOR: HELENA ROSETA CANDIDATA A LISBOA

25-01-2012
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PS só tem feito disparates,diz ex-deputadaHelena Roseta desvinculou-se ontem do PS e anunciou de imediato a intenção de concorrer à presidência da Câmara Municipal de Lisboa como independente. Intenção deliberada: Lisboa merece melhor. Seja qual for o caminho a seguir, ele terá de passar por ouvir os lisboetas e dar espaço à sua participação activa nas decisões sobre a sua cidade. Frases contidas na carta de demissão, dirigida a José Sócrates, que a arquitecta fez questão de entregar pessoalmente na sede nacional do partido.Não estou disponível para actuar com esta degradação. Não aceito o triunfo do tacticismo de todos os partidos - incluindo o PS - sobre os interesses da cidade. Nem que se tenha deixado nas mãos do PSD a chave de uma solução para a qual todos deviam estar a contribuir, afirma Roseta nesta carta. É a segunda missiva que dirige ao secretário-geral do partido. Na primeira, com data de Fevereiro, a arquitecta alertava Sócrates para a gravíssima crise política e de confiança em que já então mergulhara o município de Lisboa.Na opinião de Helena Roseta, em declarações ao DN, a estratégia socialista para a principal autarquia do País não tem pés nem cabeça. Ex-presidente do município de Cascais na década de 80, quando ainda militava no PSD, Roseta considera ter experiência autárquica suficiente, vontade política e sensibilidade social para protagonizar uma candidatura a Lisboa. E tem também disponibilidade: o seu segundo e último mandato como presidente da Ordem dos Arquitectos termina em Outubro.O PS só tem feito disparates em Lisboa, considera Roseta, que devolveu o cartão de militante para evitar as sanções disciplinares reservadas aos socialistas que apoiem candidaturas alternativas às do partido em todos os escrutínios excepto nos presidenciais. Já na corrida a Belém, em Janeiro de 2006, a ex-deputada do PS destoou da linha oficial apoiando Manuel Alegre, que ultrapassou o candidato do partido, Mário Soares.Quero ter toda a liberdade de manobra, afirma Roseta, que a partir de hoje lança as bases da sua candidatura, que define como um movimento da sociedade civil contra os aparelhos anquilosados dos partidos. Uma candidatura que é para levar por diante, assegura, a menos que haja uma coligação de todas as forças de esquerda em Lisboa. E mesmo assim, ressalva, tudo depende das pessoas que se candidatarem.O PS não comenta esta demissão, considerando apenas que se trata de uma decisão pessoal da arquitecta, segundo o porta-voz do partido, Vitalino Canas.Já Manuel Alegre reagiu em termos muito críticos, lamentando que o PS veja sair sem uma palavra uma ex-dirigente que é uma figura popular no País. Na sua opinião, Roseta poderia ser uma excelente candidata do PS em Lisboa. Não se lhe dá uma resposta, fosse ela qual fosse. Isto é uma falta de consideração, lamentou o deputado socialista. Em declarações à Lusa, Alegre confessa manter hoje uma relação crítica com o partido. E protesta: Quando se deixa sair a qualidade e se promove a mediocridade isso significa que as coisas não estão bem. Só um partido que está doente, cego, é que se dá ao luxo de subestimar e de prescindir de uma pessoa como a Helena Roseta.Pedro CorreiaD.N.Etiquetas: Helena Roseta

PS só tem feito disparates,diz ex-deputadaHelena Roseta desvinculou-se ontem do PS e anunciou de imediato a intenção de concorrer à presidência da Câmara Municipal de Lisboa como independente. Intenção deliberada: Lisboa merece melhor. Seja qual for o caminho a seguir, ele terá de passar por ouvir os lisboetas e dar espaço à sua participação activa nas decisões sobre a sua cidade. Frases contidas na carta de demissão, dirigida a José Sócrates, que a arquitecta fez questão de entregar pessoalmente na sede nacional do partido.Não estou disponível para actuar com esta degradação. Não aceito o triunfo do tacticismo de todos os partidos - incluindo o PS - sobre os interesses da cidade. Nem que se tenha deixado nas mãos do PSD a chave de uma solução para a qual todos deviam estar a contribuir, afirma Roseta nesta carta. É a segunda missiva que dirige ao secretário-geral do partido. Na primeira, com data de Fevereiro, a arquitecta alertava Sócrates para a gravíssima crise política e de confiança em que já então mergulhara o município de Lisboa.Na opinião de Helena Roseta, em declarações ao DN, a estratégia socialista para a principal autarquia do País não tem pés nem cabeça. Ex-presidente do município de Cascais na década de 80, quando ainda militava no PSD, Roseta considera ter experiência autárquica suficiente, vontade política e sensibilidade social para protagonizar uma candidatura a Lisboa. E tem também disponibilidade: o seu segundo e último mandato como presidente da Ordem dos Arquitectos termina em Outubro.O PS só tem feito disparates em Lisboa, considera Roseta, que devolveu o cartão de militante para evitar as sanções disciplinares reservadas aos socialistas que apoiem candidaturas alternativas às do partido em todos os escrutínios excepto nos presidenciais. Já na corrida a Belém, em Janeiro de 2006, a ex-deputada do PS destoou da linha oficial apoiando Manuel Alegre, que ultrapassou o candidato do partido, Mário Soares.Quero ter toda a liberdade de manobra, afirma Roseta, que a partir de hoje lança as bases da sua candidatura, que define como um movimento da sociedade civil contra os aparelhos anquilosados dos partidos. Uma candidatura que é para levar por diante, assegura, a menos que haja uma coligação de todas as forças de esquerda em Lisboa. E mesmo assim, ressalva, tudo depende das pessoas que se candidatarem.O PS não comenta esta demissão, considerando apenas que se trata de uma decisão pessoal da arquitecta, segundo o porta-voz do partido, Vitalino Canas.Já Manuel Alegre reagiu em termos muito críticos, lamentando que o PS veja sair sem uma palavra uma ex-dirigente que é uma figura popular no País. Na sua opinião, Roseta poderia ser uma excelente candidata do PS em Lisboa. Não se lhe dá uma resposta, fosse ela qual fosse. Isto é uma falta de consideração, lamentou o deputado socialista. Em declarações à Lusa, Alegre confessa manter hoje uma relação crítica com o partido. E protesta: Quando se deixa sair a qualidade e se promove a mediocridade isso significa que as coisas não estão bem. Só um partido que está doente, cego, é que se dá ao luxo de subestimar e de prescindir de uma pessoa como a Helena Roseta.Pedro CorreiaD.N.Etiquetas: Helena Roseta

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