Sampaio defende necessidade de Portugal manter espírito tolerante

21-01-2012
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"Portugal orgulha-se de ser um país tolerante. Tal como no passado outros países acolheram os nossos emigrantes, nós recebemos outros povos e outras culturas ao longo de 30 anos de democracia", disse o Presidente no âmbito de uma visita ao bairro, no mesmo dia em que está marcada uma manifestação de extrema-direita.

"Não vamos dar guarida a demagogias, xenofobias, ao racismo", disse ainda Jorge Sampaio, falando na abertura de um "workshop" sobre requalificação urbana do bairro.

O Chefe de Estado afirmou igualmente ser necessário "punir quem se julga acima da lei ou quem a viola sem derivas securitárias ou falsas soluções pretensamente patrióticas".

Sem referir directamente a manifestação organizada para esta tarde pela Frente Nacional, o presidente sublinhou que "os cidadãos da Cova da Moura também gostam de Portugal, muitos já cá nasceram".

Sampaio reafirmou também "a urgência de políticas metropolitanas que criem as condições para uma convivência mais solidária", referindo a necessidade de mais educação e intervenção social do Estado e de organizações não governamentais.

"Aqui, como noutros bairros das periferias urbanas, a necessidade de requalificar e transformar o espaço envolvente é hoje um imperativo que se torna cada vez mais inadiável à medida que se aprofundam as causas dos problemas que todos os dias se manifestam", disse na Cova da Moura.

Na sede da associação Moinho da Juventude, que convidou o presidente e a esposa para a visita de hoje, no dia dos festejos anuais do bairro, o presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, do PS, adiantou que os acontecimentos na praia de Carcavelos não são um problema da Amadora mas de toda a área metropolitana de Lisboa.

O autarca referia-se ao "arrastão" que teve lugar no dia 10 de Junho na praia de Carcavelos, em Cascais, em que grupos de jovens assaltaram vários banhistas.

Trabalhadores pedem a Jorge Sampaio reabertura da Bombardier

Cerca de 30 trabalhadores da Bombardier-Sorefame pediram ao Presidente da República a reabertura da unidade da fábrica na Amadora. "Queremos reafirmar ao senhor presidente a necessidade de fazer tudo ao seu alcance para a reabertura da empresa", disse à Lusa António Tremoço, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos, afecto à CGTP.

O chefe de Estado cumprimentou todos os manifestantes, mas limitou-se a dizer que não está nas suas mãos abrir fábricas.

O dirigente sindical recordou que os sucessivos Governos se têm comprometido em reabrir a empresa cujo encerramento lançou no desemprego entre 300 a 400 pessoas.

A Bombardier, a maior fabricante mundial de material ferroviário, anunciou a 17 de Fevereiro do ano passado o fecho da unidade em Portugal, na Amadora, que empregava 400 trabalhadores. O ministro da Economia do Governo de maioria parlamentar PSD/CDS, Carlos Tavares, afirmou então o interesse do Executivo em manter em Portugal a produção de equipamentos ferroviários fabricados pela Bombardier na Amadora (ex-Sorefame) e anuncia negociações com a CP para salvar a fábrica.

O novo governo socialista, que tomou posse em Março deste ano, fixou em 16 de Maio de 2005 o prazo para um acordo entre a CP e a Bombardier sobre a fábrica da Amadora. Após várias reuniões negociais, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, anuncia a 17 Maio que a CP e a Bombardier não chegaram a acordo para a viabilização da fábrica na Amadora da multinacional canadiana.

O Governo vai agora avançar com o processo de expropriação de uma parte das instalações da Bombardier na Amadora. O processo vai ser feito através da Refer que, como obriga o código de expropriações, vai tentar antes chegar a um acordo com a Bombardier.

O presidente da República já recebeu várias vezes os trabalhadores da Bombardier que ao longo do processo têm participado em inúmeras acções de protesto e chamadas de atenção.

"Portugal orgulha-se de ser um país tolerante. Tal como no passado outros países acolheram os nossos emigrantes, nós recebemos outros povos e outras culturas ao longo de 30 anos de democracia", disse o Presidente no âmbito de uma visita ao bairro, no mesmo dia em que está marcada uma manifestação de extrema-direita.

"Não vamos dar guarida a demagogias, xenofobias, ao racismo", disse ainda Jorge Sampaio, falando na abertura de um "workshop" sobre requalificação urbana do bairro.

O Chefe de Estado afirmou igualmente ser necessário "punir quem se julga acima da lei ou quem a viola sem derivas securitárias ou falsas soluções pretensamente patrióticas".

Sem referir directamente a manifestação organizada para esta tarde pela Frente Nacional, o presidente sublinhou que "os cidadãos da Cova da Moura também gostam de Portugal, muitos já cá nasceram".

Sampaio reafirmou também "a urgência de políticas metropolitanas que criem as condições para uma convivência mais solidária", referindo a necessidade de mais educação e intervenção social do Estado e de organizações não governamentais.

"Aqui, como noutros bairros das periferias urbanas, a necessidade de requalificar e transformar o espaço envolvente é hoje um imperativo que se torna cada vez mais inadiável à medida que se aprofundam as causas dos problemas que todos os dias se manifestam", disse na Cova da Moura.

Na sede da associação Moinho da Juventude, que convidou o presidente e a esposa para a visita de hoje, no dia dos festejos anuais do bairro, o presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, do PS, adiantou que os acontecimentos na praia de Carcavelos não são um problema da Amadora mas de toda a área metropolitana de Lisboa.

O autarca referia-se ao "arrastão" que teve lugar no dia 10 de Junho na praia de Carcavelos, em Cascais, em que grupos de jovens assaltaram vários banhistas.

Trabalhadores pedem a Jorge Sampaio reabertura da Bombardier

Cerca de 30 trabalhadores da Bombardier-Sorefame pediram ao Presidente da República a reabertura da unidade da fábrica na Amadora. "Queremos reafirmar ao senhor presidente a necessidade de fazer tudo ao seu alcance para a reabertura da empresa", disse à Lusa António Tremoço, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos, afecto à CGTP.

O chefe de Estado cumprimentou todos os manifestantes, mas limitou-se a dizer que não está nas suas mãos abrir fábricas.

O dirigente sindical recordou que os sucessivos Governos se têm comprometido em reabrir a empresa cujo encerramento lançou no desemprego entre 300 a 400 pessoas.

A Bombardier, a maior fabricante mundial de material ferroviário, anunciou a 17 de Fevereiro do ano passado o fecho da unidade em Portugal, na Amadora, que empregava 400 trabalhadores. O ministro da Economia do Governo de maioria parlamentar PSD/CDS, Carlos Tavares, afirmou então o interesse do Executivo em manter em Portugal a produção de equipamentos ferroviários fabricados pela Bombardier na Amadora (ex-Sorefame) e anuncia negociações com a CP para salvar a fábrica.

O novo governo socialista, que tomou posse em Março deste ano, fixou em 16 de Maio de 2005 o prazo para um acordo entre a CP e a Bombardier sobre a fábrica da Amadora. Após várias reuniões negociais, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, anuncia a 17 Maio que a CP e a Bombardier não chegaram a acordo para a viabilização da fábrica na Amadora da multinacional canadiana.

O Governo vai agora avançar com o processo de expropriação de uma parte das instalações da Bombardier na Amadora. O processo vai ser feito através da Refer que, como obriga o código de expropriações, vai tentar antes chegar a um acordo com a Bombardier.

O presidente da República já recebeu várias vezes os trabalhadores da Bombardier que ao longo do processo têm participado em inúmeras acções de protesto e chamadas de atenção.

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