Molécula envolvida em cancro é importante para a função cerebral

14-10-2015
marcar artigo

Cientista portuguesa faz parte do grupo de investigação liderado por Hilmar Bading do Instituto de Neurobiologia da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, que descobriu que uma molécula envolvida na formação de metástases cancerígenas é fundamental para o funcionamento do cérebro.

As experiências realizadas no Instituto de Neurobiologia da Universidade de Heidelberg revelam informação importante sobre o complexo funcionamento do cérebro. Neste estudo, a equipa de neurocientistas liderada por Hilmar Bading - da qual faz parte uma investigadora portuguesa -, investiga como é que as células neuronais mantêm a sua forma, que é fundamental para as funções cerebrais tais como aprendizagem e memória.

Os neurónios dependem da sua forma complexa para estabelecer ligações com outros neurónios e formar redes. Alterações na árvore dendrítica, conjunto de projeções que fazem parte dos neurónios, pode afetar a conetividade da rede e levar a problemas cognitivos. De facto, um encurtamento e simplificação das dendrites já foi observado em patologias, tais como doença de Alzheimer, na qual os pacientes sofrem de perda de capacidades mentais.

O grupo de neurocientistas da Universidade de Heidelberg identificou VEGFD como uma molécula chave no controlo da arborização dos neurónios. Revelando pela primeira vez um papel importante para VEGFD no cérebro. VEGFD era até agora conhecido na comunidade científica pelo seu papel no crescimento de vasos sanguíneos e linfáticos.

Porque VEGFD está envolvido na formação de metástases, várias terapias contra o cancro são de facto baseadas no seu bloqueio. Os estudos realizados por esta equipa de eurocientistas mostram que bloquear VEGFD nos neurónios leva ao atrofio das árvores dendríticas, tendo como consequência a incapacidade de formação de memórias de longa duração.

"A atividade cerebral normal mantém os níveis de VEGFD elevados", diz Bading - diretor executivo do Centro Interdisciplinar de Neurociências da Universidade de Heidelberg -, "enquanto que em algumas doenças neurológicas, VEGFD poderá não existir em quantidades suficientes, o que poderá explicar porque é que os neurónios não são totalmente funcionais e os pacientes tem problemas cognitivos".

Deste modo, administração de VEGFD com o objetivo de manter e restaurar a estrutura dos neurónios representa uma nova estratégia terapêutica em patologias que envolvem alterações cognitivas. Bading acrescenta: "Ao mesmo tempo, o papel de VEGFD no controlo da estrutura dos neurónios e na função cognitiva põe em causa o uso de bloqueadores de VEGFD na terapia contra o cancro".

Leia o artigo na Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA

Cientista portuguesa faz parte do grupo de investigação liderado por Hilmar Bading do Instituto de Neurobiologia da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, que descobriu que uma molécula envolvida na formação de metástases cancerígenas é fundamental para o funcionamento do cérebro.

As experiências realizadas no Instituto de Neurobiologia da Universidade de Heidelberg revelam informação importante sobre o complexo funcionamento do cérebro. Neste estudo, a equipa de neurocientistas liderada por Hilmar Bading - da qual faz parte uma investigadora portuguesa -, investiga como é que as células neuronais mantêm a sua forma, que é fundamental para as funções cerebrais tais como aprendizagem e memória.

Os neurónios dependem da sua forma complexa para estabelecer ligações com outros neurónios e formar redes. Alterações na árvore dendrítica, conjunto de projeções que fazem parte dos neurónios, pode afetar a conetividade da rede e levar a problemas cognitivos. De facto, um encurtamento e simplificação das dendrites já foi observado em patologias, tais como doença de Alzheimer, na qual os pacientes sofrem de perda de capacidades mentais.

O grupo de neurocientistas da Universidade de Heidelberg identificou VEGFD como uma molécula chave no controlo da arborização dos neurónios. Revelando pela primeira vez um papel importante para VEGFD no cérebro. VEGFD era até agora conhecido na comunidade científica pelo seu papel no crescimento de vasos sanguíneos e linfáticos.

Porque VEGFD está envolvido na formação de metástases, várias terapias contra o cancro são de facto baseadas no seu bloqueio. Os estudos realizados por esta equipa de eurocientistas mostram que bloquear VEGFD nos neurónios leva ao atrofio das árvores dendríticas, tendo como consequência a incapacidade de formação de memórias de longa duração.

"A atividade cerebral normal mantém os níveis de VEGFD elevados", diz Bading - diretor executivo do Centro Interdisciplinar de Neurociências da Universidade de Heidelberg -, "enquanto que em algumas doenças neurológicas, VEGFD poderá não existir em quantidades suficientes, o que poderá explicar porque é que os neurónios não são totalmente funcionais e os pacientes tem problemas cognitivos".

Deste modo, administração de VEGFD com o objetivo de manter e restaurar a estrutura dos neurónios representa uma nova estratégia terapêutica em patologias que envolvem alterações cognitivas. Bading acrescenta: "Ao mesmo tempo, o papel de VEGFD no controlo da estrutura dos neurónios e na função cognitiva põe em causa o uso de bloqueadores de VEGFD na terapia contra o cancro".

Leia o artigo na Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA

marcar artigo