Saúde SA: Substituição dos Gestores de LFP

30-06-2011
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É uma questão de sanidade política, de coerência e de responsabilização política . Discordo completamente do actual sistema de nomeação dos gestores hospitalares, como aqui tenho bastas vezes reafirmado: a nomeação por livre escolha e com base na confiança política (que nem sempre partidária, devendo sê-lo como a seguir justifico). A experiência nas Empresas Públicas tem sido desastrosa quanto a tal sistema e os malefícios do que tem sido o sistema de nomeação dos gestores públicos naquela base está já a inquinar toda a gestão nos hospitais. A situação que recentemente foi noticiada a propósito da CP (mais gestores do que geridos, mais generais do que soldados) está a ocorrer em alguns HH SA. Conheço serviços com dois e três subordinados e 4 «generais». Todos em situação de prateleira «dourada». Mas a manter-se o actual sistema, como parece ser o caso (CC não teve a coragem suficiente para se assumir como republicano e socialista e de cumprir a palavra que propagou durante a campanha eleitoral), sou completamente favorável a que se verifique aqui o sistema (americano) de espólio, puro e duro. O partido que ganha tem o direito/dever (direito potestativo) de nomear os seus gestores. O Governo tem não só o direito como deve exigir-se-lhe esse dever, de nomear apenas gente da sua cor política. Para quê? Para mostrar que tem gente competente, se não tem que os forme. Para haver directa e completa responsabilização política do Governo, do partido do Governo e do Ministro pelas nomeações que são feitas. Responsáveis políticos serão então todos: o Governo, o Partido, o Ministro. Que deixem de se esconder uns atrás dos outros, como é típico neste país. Quer saber o que se passou, aquando das reconduções inesperadas dos gestores de LFP? Pois bem, os elementos da Distrital do PS (Francisco Assis incluído) garantiram que foram apanhados de surpresa, que (o próprio Ministro o teria dito) tinha havido precipitação, que a situação iria ser resolvida dentro em breve (presume-se que agora, aquando da passagem de HH SA a HH EPE. Veremos!), que ele próprio (Ministro) não sabia de nada, porque isso era da responsabilidade do Secretário de Estado (teria sido dito a um Deputado do Porto que o interpelou sobre esse assunto aquando da sessão de apresentação da candidatura de Strecht Monteiro, na Feira). Outras fontes do PS começaram a dizer que a culpa era de Cármen Pignatelli (independente) e não de Franscisco Ramos. Outros ainda diziam que Correia de Campos é um S de direita, como tal as reconduções explicar-se-iam por isso. Ou seja, ninguém quer assumir a responsabilidade pelas reconduções, o que é dizer que não há responsáveis políticos. É contra isto que me bato. Que haja coragem então de assumir políticamente os actos. Daí eu dizer que a eventual recondução dos gestores de LF será a pedra de toque da política de saúde de CC. Não tenho dúvidas quanto a isso. CC tem aqui a sua última oportunidade para dizer sem tibiezas o que quer. A manutenção dos gestores de LFP é um acto político relevante. Daqui para a frente não irá haver desculpas políticas, nem da parte do PS, nem da parte do Ministério. Em política o que parece é, repito-me! A minha insistência neste assunto prende-se apenas com o facto de não gostar deste tipo de tibiezas, deste tipo de hipocrisias, com o facto de saber o que se passa e sentir que CC não sabe, de pensar que, por esta modesta via, CC deixa de ter desculpa para dizer que não sabia. Move-me ainda o facto de ter votado no PS, de ter criado expectativas políticas até agora completamente defraudadas, de me sentir traído quanto à moralização que esperava da gestão hospitalar e quanto ao papel nela dos AH (como aliás CC prometeu por diversas vezes em campanha).Em suma, sinto-me imensamente revoltado. Mas basta de bater no ceguinho ! Depois de 31 de Dezembro, sobre este assunto, calo-me. Ficarei então com o que me parece.vivóporto

É uma questão de sanidade política, de coerência e de responsabilização política . Discordo completamente do actual sistema de nomeação dos gestores hospitalares, como aqui tenho bastas vezes reafirmado: a nomeação por livre escolha e com base na confiança política (que nem sempre partidária, devendo sê-lo como a seguir justifico). A experiência nas Empresas Públicas tem sido desastrosa quanto a tal sistema e os malefícios do que tem sido o sistema de nomeação dos gestores públicos naquela base está já a inquinar toda a gestão nos hospitais. A situação que recentemente foi noticiada a propósito da CP (mais gestores do que geridos, mais generais do que soldados) está a ocorrer em alguns HH SA. Conheço serviços com dois e três subordinados e 4 «generais». Todos em situação de prateleira «dourada». Mas a manter-se o actual sistema, como parece ser o caso (CC não teve a coragem suficiente para se assumir como republicano e socialista e de cumprir a palavra que propagou durante a campanha eleitoral), sou completamente favorável a que se verifique aqui o sistema (americano) de espólio, puro e duro. O partido que ganha tem o direito/dever (direito potestativo) de nomear os seus gestores. O Governo tem não só o direito como deve exigir-se-lhe esse dever, de nomear apenas gente da sua cor política. Para quê? Para mostrar que tem gente competente, se não tem que os forme. Para haver directa e completa responsabilização política do Governo, do partido do Governo e do Ministro pelas nomeações que são feitas. Responsáveis políticos serão então todos: o Governo, o Partido, o Ministro. Que deixem de se esconder uns atrás dos outros, como é típico neste país. Quer saber o que se passou, aquando das reconduções inesperadas dos gestores de LFP? Pois bem, os elementos da Distrital do PS (Francisco Assis incluído) garantiram que foram apanhados de surpresa, que (o próprio Ministro o teria dito) tinha havido precipitação, que a situação iria ser resolvida dentro em breve (presume-se que agora, aquando da passagem de HH SA a HH EPE. Veremos!), que ele próprio (Ministro) não sabia de nada, porque isso era da responsabilidade do Secretário de Estado (teria sido dito a um Deputado do Porto que o interpelou sobre esse assunto aquando da sessão de apresentação da candidatura de Strecht Monteiro, na Feira). Outras fontes do PS começaram a dizer que a culpa era de Cármen Pignatelli (independente) e não de Franscisco Ramos. Outros ainda diziam que Correia de Campos é um S de direita, como tal as reconduções explicar-se-iam por isso. Ou seja, ninguém quer assumir a responsabilidade pelas reconduções, o que é dizer que não há responsáveis políticos. É contra isto que me bato. Que haja coragem então de assumir políticamente os actos. Daí eu dizer que a eventual recondução dos gestores de LF será a pedra de toque da política de saúde de CC. Não tenho dúvidas quanto a isso. CC tem aqui a sua última oportunidade para dizer sem tibiezas o que quer. A manutenção dos gestores de LFP é um acto político relevante. Daqui para a frente não irá haver desculpas políticas, nem da parte do PS, nem da parte do Ministério. Em política o que parece é, repito-me! A minha insistência neste assunto prende-se apenas com o facto de não gostar deste tipo de tibiezas, deste tipo de hipocrisias, com o facto de saber o que se passa e sentir que CC não sabe, de pensar que, por esta modesta via, CC deixa de ter desculpa para dizer que não sabia. Move-me ainda o facto de ter votado no PS, de ter criado expectativas políticas até agora completamente defraudadas, de me sentir traído quanto à moralização que esperava da gestão hospitalar e quanto ao papel nela dos AH (como aliás CC prometeu por diversas vezes em campanha).Em suma, sinto-me imensamente revoltado. Mas basta de bater no ceguinho ! Depois de 31 de Dezembro, sobre este assunto, calo-me. Ficarei então com o que me parece.vivóporto

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