Taxas moderadoras no novo jogo do xadrez político

28-03-2013
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No caso do debate sobre as taxas moderadoras para internamentos e cirurgias em ambulatório o cenário é este: a oposição em bloco defende o fim destas taxas; a bancada parlamentar do PS aguarda uma decisão do Governo; e este, pela voz da ministra da Saúde, Ana Jorge, já anunciou que a eventual abolição terá de ser contemplada no próximo Orçamento do Estado (OE).

Neste tabuleiro cabe ainda o antigo titular da pasta da Saúde e pai destas mesmas taxas, Correia de Campos, que, ontem, em declarações à TSF, manifestou a sua concordância quanto à cessação destes pagamentos. "Acho muito bem", disse, confessando ainda que, em Novembro de 2007, durante a preparação para o OE de 2008, "pensou" em abolir as taxas. Não o fez por temer que seria interpretado como "um gesto de demagogia".

No próximo dia 20, e perante a provável votação favorável de todas as bancadas da oposição, o grupo parlamentar estará sozinho. E "aguardará com serenidade e expectativa um consenso sobre esta matéria", disse ao PÚBLICO a deputada Maria Antónia Almeida Santos.

"O Governo está a analisar e a ponderar sobre esta questão. E já deu sinais de que pretende rever o assunto. No último OE estas taxas sofreram um desagravamento de 50 por cento", acrescentou.

A parlamentar não adiantou qual será a posição da bancada socialista no debate do dia 20 e escudou-se nas palavras de Ana Jorge, que, à TSF, apontou que a eventual aprovação no Parlamento não terá quaisquer efeitos e que o assunto será discutido em sede de orçamento. O grupo do PS mantém o silêncio sobre a definição do seu voto. Mas a alusão às afirmações da governante indiciam que a bancada poderá manifestar-se contra os projectos de lei da oposição, brandindo com a explicação de que prefere aguardar pela iniciativa do Governo.

Antecipando esta alegada tendência de voto da bancada do PS, Rosário Águas, deputada do PSD, afirma que "será difícil compreender que o PS não viabilize agora os projectos da oposição para daqui a pouco tempo viabilizá-los em sede de orçamento".

De qualquer forma, os sociais-democratas estão "ansiosos" por "ouvir o que o PS tem a dizer" sobre a iniciativa do PSD. E também o grupo do CDS-PP revela a mesma curiosidade. Teresa Caeiro, deputada centrista, estranha que os socialistas admitam agora abolir as taxas moderadoras sobre internamentos e cirurgias em ambulatório depois de se terem manifestado "irredutíveis" na anterior legislatura, quando a oposição propôs o fim das mesmas. "O Governo reconhece agora que tivemos razão. Mas está a querer antecipar-se às iniciativas parlamentares", nota, referindo-se às declarações de Ana Jorge. "Isto não revela um sinal do apregoado diálogo", concluiu.

Para o BE, as palavras da ministra da Saúde pretendem ter um efeito "desmobilizador" entre os grupos da oposição. "Percebeu-se que houve uma tentativa de desmobilizar a oposição. É um jogo político. O Governo quer criar a ideia de que pretende rever a matéria em sede de orçamento. Mas na verdade quer desmobilizar a oposição", defende o deputado bloquista João Semedo.

No caso do debate sobre as taxas moderadoras para internamentos e cirurgias em ambulatório o cenário é este: a oposição em bloco defende o fim destas taxas; a bancada parlamentar do PS aguarda uma decisão do Governo; e este, pela voz da ministra da Saúde, Ana Jorge, já anunciou que a eventual abolição terá de ser contemplada no próximo Orçamento do Estado (OE).

Neste tabuleiro cabe ainda o antigo titular da pasta da Saúde e pai destas mesmas taxas, Correia de Campos, que, ontem, em declarações à TSF, manifestou a sua concordância quanto à cessação destes pagamentos. "Acho muito bem", disse, confessando ainda que, em Novembro de 2007, durante a preparação para o OE de 2008, "pensou" em abolir as taxas. Não o fez por temer que seria interpretado como "um gesto de demagogia".

No próximo dia 20, e perante a provável votação favorável de todas as bancadas da oposição, o grupo parlamentar estará sozinho. E "aguardará com serenidade e expectativa um consenso sobre esta matéria", disse ao PÚBLICO a deputada Maria Antónia Almeida Santos.

"O Governo está a analisar e a ponderar sobre esta questão. E já deu sinais de que pretende rever o assunto. No último OE estas taxas sofreram um desagravamento de 50 por cento", acrescentou.

A parlamentar não adiantou qual será a posição da bancada socialista no debate do dia 20 e escudou-se nas palavras de Ana Jorge, que, à TSF, apontou que a eventual aprovação no Parlamento não terá quaisquer efeitos e que o assunto será discutido em sede de orçamento. O grupo do PS mantém o silêncio sobre a definição do seu voto. Mas a alusão às afirmações da governante indiciam que a bancada poderá manifestar-se contra os projectos de lei da oposição, brandindo com a explicação de que prefere aguardar pela iniciativa do Governo.

Antecipando esta alegada tendência de voto da bancada do PS, Rosário Águas, deputada do PSD, afirma que "será difícil compreender que o PS não viabilize agora os projectos da oposição para daqui a pouco tempo viabilizá-los em sede de orçamento".

De qualquer forma, os sociais-democratas estão "ansiosos" por "ouvir o que o PS tem a dizer" sobre a iniciativa do PSD. E também o grupo do CDS-PP revela a mesma curiosidade. Teresa Caeiro, deputada centrista, estranha que os socialistas admitam agora abolir as taxas moderadoras sobre internamentos e cirurgias em ambulatório depois de se terem manifestado "irredutíveis" na anterior legislatura, quando a oposição propôs o fim das mesmas. "O Governo reconhece agora que tivemos razão. Mas está a querer antecipar-se às iniciativas parlamentares", nota, referindo-se às declarações de Ana Jorge. "Isto não revela um sinal do apregoado diálogo", concluiu.

Para o BE, as palavras da ministra da Saúde pretendem ter um efeito "desmobilizador" entre os grupos da oposição. "Percebeu-se que houve uma tentativa de desmobilizar a oposição. É um jogo político. O Governo quer criar a ideia de que pretende rever a matéria em sede de orçamento. Mas na verdade quer desmobilizar a oposição", defende o deputado bloquista João Semedo.

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