Ana Jorge, a grande marota

03-07-2011
marcar artigo

A ministra Ana Jorge anunciou ontem também ter assinado um despacho que determina o aumento de 37% para 69% na comparticipação estatal dos fármacos necessários a um ou mais ciclos de tratamento durante a Procriação Medicamente Assistida (PMA). → Jornal de Notícias.

Por uma vez, e mesmo por ser assunto sério, dou aqui sinceros parabéns a um político. Ana Jorge, Ministra da Saúde (que até se tem destacado por um cómodo de sensatez na governação), aumenta a comparticipação dos fármacos necessários à Procriação Medicamente Assistida para… 69%! Exactamente. Esse número que, desde a minha puberdade (e a de todos, creio) é signo propício a reinações, chacotas, anedotas, comentários chistosos e outras saudáveis parolices. Não fez a coisa por menos: nem 70% (percentagem “redonda”); nem 75% (percentagem “três quartos”). Nem 67% (percentagem “dois terços”, arredondada.) Fugindo aos três quartos de duvidosa reputação e aos beatíssimos dois terços, Ana Jorge impõe os 69% como uma medida triplamente benigna: aumenta significativamente a comparticipação; livra-nos do chatíssimo 37% (o número 37 tem alguma graça?); e assume de caras uma percentagem que pertence ao domínio semântico do “interdito”. Agradeço-lhe, muito, a gargalhada que me proporcionou. Sua marota!

A ministra Ana Jorge anunciou ontem também ter assinado um despacho que determina o aumento de 37% para 69% na comparticipação estatal dos fármacos necessários a um ou mais ciclos de tratamento durante a Procriação Medicamente Assistida (PMA). → Jornal de Notícias.

Por uma vez, e mesmo por ser assunto sério, dou aqui sinceros parabéns a um político. Ana Jorge, Ministra da Saúde (que até se tem destacado por um cómodo de sensatez na governação), aumenta a comparticipação dos fármacos necessários à Procriação Medicamente Assistida para… 69%! Exactamente. Esse número que, desde a minha puberdade (e a de todos, creio) é signo propício a reinações, chacotas, anedotas, comentários chistosos e outras saudáveis parolices. Não fez a coisa por menos: nem 70% (percentagem “redonda”); nem 75% (percentagem “três quartos”). Nem 67% (percentagem “dois terços”, arredondada.) Fugindo aos três quartos de duvidosa reputação e aos beatíssimos dois terços, Ana Jorge impõe os 69% como uma medida triplamente benigna: aumenta significativamente a comparticipação; livra-nos do chatíssimo 37% (o número 37 tem alguma graça?); e assume de caras uma percentagem que pertence ao domínio semântico do “interdito”. Agradeço-lhe, muito, a gargalhada que me proporcionou. Sua marota!

marcar artigo