Ana Drago, alvo em movimento

16-01-2015
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Julho 18, 2014

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“Nos últimos seis meses, a Ana Drago tem tido uma posição diferente e considera que mais importante do que debater este programa de esquerda, do que continuar a juntar forças para este programa de esquerda, é preciso pensar em soluções de governação"Catarina Martins, coordenadora do Bloco de EsquerdaCatarina Martins é uma das várias criações daquele que, logo a seguir a Cunhal, é o político mais brilhante que a esquerda portuguesa produziu nos últimos 40 anos. Com o talento que possui, Francisco Louçã poderia ter sido tudo o que quisesse. Advogado de elite. Gestor de topo. Empresário de sucesso. Vendedor de vistos Gold. Galã de telenovelas. Ponta de lança da selecção russa de futebol. Tudo. Em vez disso escolheu ser um radical de esquerda, um doutrinador implacável capaz de inventar criaturas com a mesma violência com que as tenta destruir quando estas lhe fazem frente.Aconteceu com Daniel Oliveira, que depois de ter sido assessor de imprensa do líder inspirador achou que, sendo também ele um talento, estava na hora de pensar pela sua cabeça. Problema: o criador não lida bem com rebeldes. Resultado: Oliveira, hoje um dos melhores e mais consistentes colunistas portugueses, foi obrigado a sair do Bloco de Esquerda para continuar a escrever e a falar livremente. Ainda esta semana assistimos a mais um episódio lamentável: Louçã decidiu, via Facebook, dar um raspanete musculado ao cronista do 'Expresso', a quem aponta o dedo por este – imagine-se! – defender que a extrema-esquerda deve organizar-se no sentido de ter lugar no Governo que resultar das próximas legislativas.A próxima vítima no radar de Louçã chama-se Ana Drago, também ela nascida e criada debaixo das suas asas; também ela demasiado inteligente para lá permanecer eternamente. Ao abandonar o Bloco de Esquerda para, à imagem do que sucede com Daniel Oliveira, tentar deixar de ser parte do problema para ajudar a construir uma solução, tornou-se num alvo apetecível. Por estes dias, Drago é um prato a voar num concurso de tiro em que só participam ortodoxos do Bloco. Catarina Martins já abriu as hostilidades. Acertou-lhe de raspão. Seguir-se-á João Semedo, mas será Francisco, o disparador implacável, que a alvejará no coração. Como acaba de acertar em Oliveira. Daniel já tem fôlego para sobreviver. E Ana, terá?No Bloco de Esquerda as opiniões são todas respeitadas – desde que vão ao encontro das que são defendidas pela direcção.

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“Nos últimos seis meses, a Ana Drago tem tido uma posição diferente e considera que mais importante do que debater este programa de esquerda, do que continuar a juntar forças para este programa de esquerda, é preciso pensar em soluções de governação"Catarina Martins, coordenadora do Bloco de EsquerdaCatarina Martins é uma das várias criações daquele que, logo a seguir a Cunhal, é o político mais brilhante que a esquerda portuguesa produziu nos últimos 40 anos. Com o talento que possui, Francisco Louçã poderia ter sido tudo o que quisesse. Advogado de elite. Gestor de topo. Empresário de sucesso. Vendedor de vistos Gold. Galã de telenovelas. Ponta de lança da selecção russa de futebol. Tudo. Em vez disso escolheu ser um radical de esquerda, um doutrinador implacável capaz de inventar criaturas com a mesma violência com que as tenta destruir quando estas lhe fazem frente.Aconteceu com Daniel Oliveira, que depois de ter sido assessor de imprensa do líder inspirador achou que, sendo também ele um talento, estava na hora de pensar pela sua cabeça. Problema: o criador não lida bem com rebeldes. Resultado: Oliveira, hoje um dos melhores e mais consistentes colunistas portugueses, foi obrigado a sair do Bloco de Esquerda para continuar a escrever e a falar livremente. Ainda esta semana assistimos a mais um episódio lamentável: Louçã decidiu, via Facebook, dar um raspanete musculado ao cronista do 'Expresso', a quem aponta o dedo por este – imagine-se! – defender que a extrema-esquerda deve organizar-se no sentido de ter lugar no Governo que resultar das próximas legislativas.A próxima vítima no radar de Louçã chama-se Ana Drago, também ela nascida e criada debaixo das suas asas; também ela demasiado inteligente para lá permanecer eternamente. Ao abandonar o Bloco de Esquerda para, à imagem do que sucede com Daniel Oliveira, tentar deixar de ser parte do problema para ajudar a construir uma solução, tornou-se num alvo apetecível. Por estes dias, Drago é um prato a voar num concurso de tiro em que só participam ortodoxos do Bloco. Catarina Martins já abriu as hostilidades. Acertou-lhe de raspão. Seguir-se-á João Semedo, mas será Francisco, o disparador implacável, que a alvejará no coração. Como acaba de acertar em Oliveira. Daniel já tem fôlego para sobreviver. E Ana, terá?No Bloco de Esquerda as opiniões são todas respeitadas – desde que vão ao encontro das que são defendidas pela direcção.

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