Por uma (in) feliz insónia uma destas noites, dei por mim a zappar pela TV Cabo lá pelas quatro e tal da madrugada. Parei no 13 (tereuze), um tal Porto Canal que nunca tinha visto nem sequer sabia que existia. E deparei-me, tão só, com o melhor programa de televisão alguma vez inventado por algum canal de televisão que alguma vez tenha existido na história da humanidade. Nada mais, nada menos.O programa chama-se, singelamente, "AOS COMANDOS" e trata-se, passo a explicar, de uma câmara instalada no final da última carruagem de um eléctrico portuense (acho que os tipos lá em cima têm a mania de chamar metropolitano aquilo, vá lá saber-se por quê) e virada para trás, que vai mostrando o percurso. O referido programa, informava o rodapé da TV Cabo, durava entre as quatro e as 9 e meia da manhã. Ao longo desse tempo, viam-se os carris, o horizonte que afunila, a paisagem, os subúrbios portuenses, as estações e apeadeiros que o eléctrico passava. Tudo com o acompanhamento sonoro ao vivo (aviso de chegada a uma estação, sineta para fecho de portas, som da carruagem a travar, conversas cruzadas de passageiros em ruído de fundo). Viciante. Fiquei 45 minutos a olhar para esta verdadeira revolução no conceito de televisão. Depois fui dormir, agradecido à alminha que inventou este programa. Para quando o DVD?
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Por uma (in) feliz insónia uma destas noites, dei por mim a zappar pela TV Cabo lá pelas quatro e tal da madrugada. Parei no 13 (tereuze), um tal Porto Canal que nunca tinha visto nem sequer sabia que existia. E deparei-me, tão só, com o melhor programa de televisão alguma vez inventado por algum canal de televisão que alguma vez tenha existido na história da humanidade. Nada mais, nada menos.O programa chama-se, singelamente, "AOS COMANDOS" e trata-se, passo a explicar, de uma câmara instalada no final da última carruagem de um eléctrico portuense (acho que os tipos lá em cima têm a mania de chamar metropolitano aquilo, vá lá saber-se por quê) e virada para trás, que vai mostrando o percurso. O referido programa, informava o rodapé da TV Cabo, durava entre as quatro e as 9 e meia da manhã. Ao longo desse tempo, viam-se os carris, o horizonte que afunila, a paisagem, os subúrbios portuenses, as estações e apeadeiros que o eléctrico passava. Tudo com o acompanhamento sonoro ao vivo (aviso de chegada a uma estação, sineta para fecho de portas, som da carruagem a travar, conversas cruzadas de passageiros em ruído de fundo). Viciante. Fiquei 45 minutos a olhar para esta verdadeira revolução no conceito de televisão. Depois fui dormir, agradecido à alminha que inventou este programa. Para quando o DVD?