Consulta de conteúdos da RTP arranca na próxima semana

02-07-2015
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A RTP vai abrir, na próxima semana, um processo de consulta para receber propostas de conteúdos de produtoras. É o primeiro sob a liderança de Daniel Deusdado, que assumiu a direcção de programas da estação pública em Abril.

Os formatos - em áreas como ficção contemporânea, humor ou entretenimento - podem ser enviados para a televisão até ao final deste mês e serão seleccionados em Setembro, a tempo da definição da nova grelha, revelou o director de programas, à margem da apresentação das novidades de programação para o Verão.

Esta consulta estava prevista para 7 de Abril, mas o período de transição entre direcções acabou por atrasar o processo até agora.

A aposta da televisão pública na ficção nacional é uma das bandeiras da nova administração da RTP. Daniel Deusdado reconhece que "produzir ficção portuguesa é caro" e que, por isso, a RTPterá de "fazer contas para conseguir produzir bons conteúdos".

Oorçamento para 2016, que está neste momento a ser elaborado, terá de suportar os gastos com a Liga dos Campeões, assumidos pela anterior administração liderada por Alberto da Ponte. De acordo com a tabela anexa ao contrato de concessão, a RTPtem 81 milhões de euros para gastar com a grelha em 2015, valor que cresce para 93 milhões em 2016. "No ‘mix' global do ano há um ligeiro acréscimo para suportar a Liga dos Campeões, portanto não é isso que vai condicionar a grelha", adiantou.

Apesar de ainda estar a estudar que conteúdos poderão fazer parte da nova grelha, uma coisa é certa: não haverá novelas. "No mandato desta administração está claro que no ‘prime-time' não vamos fazer novelas", garantiu. E justifica: "A RTP deve ser competitiva sem ser concorrencial. Queremos ter a melhor audiência possível, mas não queremos fazer uma televisão igual à SIC e à TVI. Eles respondem e bem a um determinado público e precisam de gerir as suas audiências de uma forma muito eficaz, porque dependem comercialmente disso".

Daniel Deusdado admite que abdicar desse formato "é arriscadíssimo", mas é ao mesmo tempo a afirmação da diferença do canal enquanto serviço público.

As mudanças na programação serão acrescentadas de forma gradual, nomeadamente ao nível da ficção para responder ao espaço que ficou em aberto com a saída da novela angolana Jikulumessu do ‘prime-time'. De resto, até ao final do ano, o director de programas compromete-se a "fazer a gestão do que há". "Ainda estou na fase de conhecer profundamente o que temos, respeitar a grelha que existe para 2015 e começar a planear a ficção e alguns novos projectos para 2016".

Uma outra aposta que vai avançar ainda este ano é a música. Está prevista a emissão de concertos nos horários ‘late night', com o objectivo de captar novos públicos.

A RTP vai abrir, na próxima semana, um processo de consulta para receber propostas de conteúdos de produtoras. É o primeiro sob a liderança de Daniel Deusdado, que assumiu a direcção de programas da estação pública em Abril.

Os formatos - em áreas como ficção contemporânea, humor ou entretenimento - podem ser enviados para a televisão até ao final deste mês e serão seleccionados em Setembro, a tempo da definição da nova grelha, revelou o director de programas, à margem da apresentação das novidades de programação para o Verão.

Esta consulta estava prevista para 7 de Abril, mas o período de transição entre direcções acabou por atrasar o processo até agora.

A aposta da televisão pública na ficção nacional é uma das bandeiras da nova administração da RTP. Daniel Deusdado reconhece que "produzir ficção portuguesa é caro" e que, por isso, a RTPterá de "fazer contas para conseguir produzir bons conteúdos".

Oorçamento para 2016, que está neste momento a ser elaborado, terá de suportar os gastos com a Liga dos Campeões, assumidos pela anterior administração liderada por Alberto da Ponte. De acordo com a tabela anexa ao contrato de concessão, a RTPtem 81 milhões de euros para gastar com a grelha em 2015, valor que cresce para 93 milhões em 2016. "No ‘mix' global do ano há um ligeiro acréscimo para suportar a Liga dos Campeões, portanto não é isso que vai condicionar a grelha", adiantou.

Apesar de ainda estar a estudar que conteúdos poderão fazer parte da nova grelha, uma coisa é certa: não haverá novelas. "No mandato desta administração está claro que no ‘prime-time' não vamos fazer novelas", garantiu. E justifica: "A RTP deve ser competitiva sem ser concorrencial. Queremos ter a melhor audiência possível, mas não queremos fazer uma televisão igual à SIC e à TVI. Eles respondem e bem a um determinado público e precisam de gerir as suas audiências de uma forma muito eficaz, porque dependem comercialmente disso".

Daniel Deusdado admite que abdicar desse formato "é arriscadíssimo", mas é ao mesmo tempo a afirmação da diferença do canal enquanto serviço público.

As mudanças na programação serão acrescentadas de forma gradual, nomeadamente ao nível da ficção para responder ao espaço que ficou em aberto com a saída da novela angolana Jikulumessu do ‘prime-time'. De resto, até ao final do ano, o director de programas compromete-se a "fazer a gestão do que há". "Ainda estou na fase de conhecer profundamente o que temos, respeitar a grelha que existe para 2015 e começar a planear a ficção e alguns novos projectos para 2016".

Uma outra aposta que vai avançar ainda este ano é a música. Está prevista a emissão de concertos nos horários ‘late night', com o objectivo de captar novos públicos.

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