O melhor crédito para comprar carros usados

12-09-2014
marcar artigo

O melhor crédito para comprar carros usados

DECO Proteste e Diário Económico

14 Abr 2011

Veículos em segunda mão podem ser um bom negócio, mas exigem cautelas redobradas ao nível mecânico, das garantias e financiamento.

Comprar um carro novo não obriga a cuidados especiais, com excepção do financiamento. Basta escolher a marca em função do preço, da fiabilidade do veículo e, claro, do gosto pessoal, e o ‘stand' encarrega-se do resto. Mas se a intenção é comprar um usado, convém ter presente o conselho: "se o negócio parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade".

Os veículos em segunda mão com um, dois ou mesmo três anos podem ser um óptimo investimento, sobretudo por causa da rápida desvalorização dos modelos novos. Estima-se que a maioria destes perca cerca de 20% do seu valor ao fim de um ano. Talvez por isso, quase metade do crédito automóvel concedido nos primeiros oito meses de 2010 destinou-se a carros em segunda mão, segundo o Banco de Portugal.

Em contrapartida, os usados exigem cautelas redobradas, sobretudo se o negócio for entre particulares ou se realizar pela Net. Por baixo de uma pintura reluzente ou por trás de um ecrã de computador escondem-se, por vezes, problemas difíceis de detectar: acidentes, avarias frequentes, quilometragem adulterada e outro tipo de fraudes. Para não correr riscos, antes de avançar para o negócio, pesquise o valor justo do carro, peça uma vistoria técnica e informe-se sobre as garantias legais.

Rodagem por vários bancos

Depois de optar pelo ‘stand' com a melhor oferta, é provável que lhe proponham um financiamento. Convém negociar até ao cêntimo e não ceder à primeira oferta. Visite o maior número de instituições de crédito, a começar pelo seu banco, e peça simulações para o montante de que necessita. Os ‘stands' são meros intermediários no financiamento e, muitas vezes, ganham uma comissão sobre os créditos contratados pelas instituições com que trabalham. Regra geral, as taxas propostas são mais elevadas do que nos bancos. Além disso, nestes, pode usar produtos já contratados ou que esteja disposto a contratar para reduzir a taxa: por exemplo, domiciliação de ordenado e pagamentos, cartão de crédito, conta à ordem, etc.

Contabilize os encargos associados às diversas modalidades de financiamento. Por exemplo, o preço dos seguros para o carro varia bastante consoante opte pelo crédito ou pelo ‘leasing'. No ‘leasing' são exigidos seguros de responsabilidade civil facultativa (50 milhões de euros) e de danos próprios. Já no crédito automóvel, basta o de responsabilidade civil obrigatória, no valor de três milhões e 250 mil euros e, nalguns casos, o de vida. Ainda assim, se tiver disponibilidade financeira e o carro menos de cinco anos, convém contratar uma apólice "contra todos os riscos". Em regra, as instituições de crédito têm protocolos com as seguradoras e conseguem propor bons prémios, mas convém simular o prémio anual noutras seguradoras ou mediadores. Use as Escolhas Acertadas da Deco como referência.

Pergunte também que garantias são exigidas e se existem despesas de contratação (comissões de entrada, processamento, etc.). Alguns destes elementos são essenciais para comparar o custo real de várias propostas. Este traduz-se na taxa anual de encargos efectiva global (TAEG), que as instituições são obrigadas a dar ao cliente numa simulação. Em caso de dúvida, use o simulador da Deco em www.deco.proteste.pt/taeg.

Tenha em conta que este tipo de financiamento não serve para todos os carros. A maioria das instituições impõe um limite, na maioria dos casos, de dez anos no final do prazo do crédito. Logo, se quiser comprar um veículo com seis anos, não poderá pedir um financiamento superior a quatro anos.

Preço dos seguros encarece ‘leasing'

O ‘leasing' é a modalidade mais barata para a generalidade dos consumidores e uma boa opção para quem não faz questão de ter o carro em seu nome desde o início. No entanto, só poderá contratá-lo se obtiver o IVA discriminado na compra (só possível para vendas por profissionais). O Barclays, Escolha Acertada da Deco, cobra até 5,7% para 20 mil euros a 48 meses, sem contar com os seguros auto, e até 6,8% para financiamentos de 10 mil euros e 36 meses. No entanto, se contabilizar o custo dos danos próprios e da responsabilidade civil facultativa (50 milhões de euros), esta opção pode deixar de compensar.

A simulação na OK! Teleseguros para um condutor de 30 anos e para o Ford SMax 1.8 TDCi Titanium 5P do cenário da Deco: ao somar o prémio anual daquele seguro (979 euros) aos encargos do ‘leasing' (1.984,35 euros), a opção por esta modalidade custa 5.900 euros nos quatro anos. Se contratar um crédito automóvel e um seguro de danos próprios e responsabilidade civil obrigatória, paga 6.827 euros, cerca de 900 euros a mais. Se optasse por não contratar danos próprios esta modalidade custaria 4.023 euros.

O crédito automóvel é, a par do crédito pessoal, a modalidade certa para quem faz questão da propriedade do veículo desde o início. Em regra, o crédito pessoal é mais caro. Para 10 mil euros a três anos, por exemplo, a Caja Duero (10,6%) não consegue ser alternativa ao Deutsche Bank (até 9,2%). Ainda assim, nada há como simular o custo do empréstimo na página da Deco na Net (www.deco.proteste.pt/simularcreditopessoal).

Metade dos produtos chumbados

O tema já não é novo, mas nunca é demais lembrar: antes de assinar o contrato, compare a TAEG do financiamento proposto com a máxima prevista pelo Banco de Portugal para a modalidade e o trimestre em causa.

Entre Janeiro e Março de 2011, o supervisor definiu um limite de 9,1% para o ‘leasing' de usados e de 15% para o crédito. Ou seja, foram consideradas as taxas máximas possíveis pelos produtos que a Deco analisou, mais de metade da amostra chumba. Nas respostas ao questionário, algumas instituições incluíram a informação de que as condições anunciadas estão sujeitas aos limites legais. Mas tal não é garantia de que não haja abusos. Aliás, na Síntese Intercalar de Actividades de Supervisão, com dados de Janeiro a Agosto de 2010, o Banco de Portugal revela 63 contratos com TAEG excessiva.

Se a taxa efectiva que lhe propuserem for superior à permitida, tente negociar as condições. Caso já tenha contratado um financiamento com taxa acima da legal, apresente queixa no livro de reclamações e exija o que pagou em excesso.

Chave na mão e 1.637 euros no bolso

Para calcular a poupança que pode obter com as Escolhas Acertadas da Deco, foram eliminados todos os produtos que, à taxa máxima, excediam o limite do Banco de Portugal. Depois, foram comparados custos para os dois cenários e duas modalidades de financiamento.

O Barclays, por exemplo, opção mais barata do ‘leasing' para os dois cenários do estudo, cobra menos 443 euros do que a média dos produtos, para um empréstimo de 20 mil euros a quatro anos (TAEG de 5,7%). Face ao mais caro, o Deutsche Bank (7,8%), permite poupar um total de 902 euros, ou 226 euros por ano.

Caso prefira o crédito automóvel, encontra no Deutsche Bank um bom parceiro para a viagem. Este cobra menos 1.637 euros do que a média dos produtos analisados para 20 mil euros a quatro anos (TAEG de 7,6%), o que permite uma poupança de 409 euros por ano. Quando comparado com o produto mais caro, o BES (13,7%), a poupança sobe para 2.599 euros no prazo total ou 650 euros por ano.

Caso esteja interessado numa marca específica, como a BMW, Fiat, Ford ou Mercedes, consulte as locadoras respectivas. Foram encontradas boas condições à taxa mínima. A FGA Capital (Fiat), por exemplo, cobra 3,5% por um crédito automóvel de 10 mil euros a 36 meses. No ‘leasing', a BMW Bank pede 5,6% para o mesmo cenário.

Registo ‘online' por 36 euros

Para registar o carro, entregue nos serviços da conservatória competente uma declaração assinada por si e pelo vendedor, junto com os documentos do veículo. Este serviço funciona também nas lojas do cidadão (60 euros). Os portadores do cartão do cidadão podem recorrer ainda ao sítio do Automóvel Online (www.automovelonline.mj.pt ) e ao Senha 001 (www.senha001.gov.pt), por apenas 36 euros. O novo proprietário tem 60 dias para fazer o registo, sob pena de ver o carro apreendido.

Quando lhe entregarem o veículo, certifique-se de que recebe o título de registo de propriedade e o livrete ou o documento único automóvel. Só com estes documentos pode circular, realizar as inspecções periódicas e vender o carro. A falta deles pode levar o vendedor a responder por eventuais prejuízos.

Se trocar um carro por outro, transfira o seguro. O veículo que entrega deve corresponder à descrição que dele fez e deve poder ser utilizado para o fim a que se destina. Caso venha a detectar problemas no veículo ainda dentro do prazo de garantia, dispõe de dois meses para pedir a reparação, substituição ou redução do preço junto do vendedor. A partir daí, terá dois anos para avançar com uma acção em tribunal, se necessário.

Em caso de conflito, recorra ao Centro de Arbitragem do Sector Automóvel. Este actua a nível nacional e não fixa um limite para o valor das queixas. No processo de conciliação e arbitragem paga 3% a 5% da reclamação.

Financiamento

Escolha acertada para o seu caso

Faz questão de ter o carro em seu nome desde o início?

Sim

Deutsche Bank: Crédito Automóvel

Financiamento até 75 mil euros indexado à euribor a um mês, com ‘spreads' entre 3,2% e 4,7%. Se o carro tiver até cinco anos, pondere contratar seguro de danos próprios.

- 10 mil euros a 36 meses: TAEG de 7,5% a 9,2%

- 20 mil euros a 48 meses: TAEG de 5,9% a 7,6%

www.deutsche-bank.pt

Não

Barclays: ‘Leasing'

Financiamento mínimo de cinco mil euros, indexado à euribor a três ou seis meses, com ‘spreads' de 2,5% a 3,375%. Entrada mínima de uma renda e valor residual até 15%.

- 10 mil euros a 36 meses: TAEG de 5,9% a 6,8%

- 20 mil euros a 48 meses: TAEG de 4,8% a 5,7%

www.barclays.pt

Antes de comprar: Olho vivo no ‘stand' e no crédito

1 - Em busca do valor justo

Pesquise o preço do carro em revistas especializadas, seguradoras, serviços de cotação e sítios de venda na Net. A Deco encontrou diferenças de 15% para um mesmo modelo.

2 - Nem tudo o que luz é ouro

Se não tem conhecimentos de mecânica para avaliar o estado do veículo, peça ajuda a um técnico ou uma vistoria. No seu portal a Deco divulga a lista dos 109 pontos a verificar.

3 - Garantidos por dois anos

Os carros usados comprados a ‘stands' têm dois anos de garantia. Pode reduzir apenas para um ano, mas só por acordo entre o vendedor e comprador.

4 - Outros custos no pacote

Contabilize o preço dos seguros. No ‘leasing', tem de contratar danos próprios e seguro contra terceiros para 50 milhões de euros.

5 - Financiamento em conta

Não fique pelo crédito do concessionário. Em regra, o financiamento dos bancos é mais barato. Use a TAEG como termo de comparação.

*Este artigo foi publicado na edição nº 322 da Revista ProTeste

O melhor crédito para comprar carros usados

DECO Proteste e Diário Económico

14 Abr 2011

Veículos em segunda mão podem ser um bom negócio, mas exigem cautelas redobradas ao nível mecânico, das garantias e financiamento.

Comprar um carro novo não obriga a cuidados especiais, com excepção do financiamento. Basta escolher a marca em função do preço, da fiabilidade do veículo e, claro, do gosto pessoal, e o ‘stand' encarrega-se do resto. Mas se a intenção é comprar um usado, convém ter presente o conselho: "se o negócio parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade".

Os veículos em segunda mão com um, dois ou mesmo três anos podem ser um óptimo investimento, sobretudo por causa da rápida desvalorização dos modelos novos. Estima-se que a maioria destes perca cerca de 20% do seu valor ao fim de um ano. Talvez por isso, quase metade do crédito automóvel concedido nos primeiros oito meses de 2010 destinou-se a carros em segunda mão, segundo o Banco de Portugal.

Em contrapartida, os usados exigem cautelas redobradas, sobretudo se o negócio for entre particulares ou se realizar pela Net. Por baixo de uma pintura reluzente ou por trás de um ecrã de computador escondem-se, por vezes, problemas difíceis de detectar: acidentes, avarias frequentes, quilometragem adulterada e outro tipo de fraudes. Para não correr riscos, antes de avançar para o negócio, pesquise o valor justo do carro, peça uma vistoria técnica e informe-se sobre as garantias legais.

Rodagem por vários bancos

Depois de optar pelo ‘stand' com a melhor oferta, é provável que lhe proponham um financiamento. Convém negociar até ao cêntimo e não ceder à primeira oferta. Visite o maior número de instituições de crédito, a começar pelo seu banco, e peça simulações para o montante de que necessita. Os ‘stands' são meros intermediários no financiamento e, muitas vezes, ganham uma comissão sobre os créditos contratados pelas instituições com que trabalham. Regra geral, as taxas propostas são mais elevadas do que nos bancos. Além disso, nestes, pode usar produtos já contratados ou que esteja disposto a contratar para reduzir a taxa: por exemplo, domiciliação de ordenado e pagamentos, cartão de crédito, conta à ordem, etc.

Contabilize os encargos associados às diversas modalidades de financiamento. Por exemplo, o preço dos seguros para o carro varia bastante consoante opte pelo crédito ou pelo ‘leasing'. No ‘leasing' são exigidos seguros de responsabilidade civil facultativa (50 milhões de euros) e de danos próprios. Já no crédito automóvel, basta o de responsabilidade civil obrigatória, no valor de três milhões e 250 mil euros e, nalguns casos, o de vida. Ainda assim, se tiver disponibilidade financeira e o carro menos de cinco anos, convém contratar uma apólice "contra todos os riscos". Em regra, as instituições de crédito têm protocolos com as seguradoras e conseguem propor bons prémios, mas convém simular o prémio anual noutras seguradoras ou mediadores. Use as Escolhas Acertadas da Deco como referência.

Pergunte também que garantias são exigidas e se existem despesas de contratação (comissões de entrada, processamento, etc.). Alguns destes elementos são essenciais para comparar o custo real de várias propostas. Este traduz-se na taxa anual de encargos efectiva global (TAEG), que as instituições são obrigadas a dar ao cliente numa simulação. Em caso de dúvida, use o simulador da Deco em www.deco.proteste.pt/taeg.

Tenha em conta que este tipo de financiamento não serve para todos os carros. A maioria das instituições impõe um limite, na maioria dos casos, de dez anos no final do prazo do crédito. Logo, se quiser comprar um veículo com seis anos, não poderá pedir um financiamento superior a quatro anos.

Preço dos seguros encarece ‘leasing'

O ‘leasing' é a modalidade mais barata para a generalidade dos consumidores e uma boa opção para quem não faz questão de ter o carro em seu nome desde o início. No entanto, só poderá contratá-lo se obtiver o IVA discriminado na compra (só possível para vendas por profissionais). O Barclays, Escolha Acertada da Deco, cobra até 5,7% para 20 mil euros a 48 meses, sem contar com os seguros auto, e até 6,8% para financiamentos de 10 mil euros e 36 meses. No entanto, se contabilizar o custo dos danos próprios e da responsabilidade civil facultativa (50 milhões de euros), esta opção pode deixar de compensar.

A simulação na OK! Teleseguros para um condutor de 30 anos e para o Ford SMax 1.8 TDCi Titanium 5P do cenário da Deco: ao somar o prémio anual daquele seguro (979 euros) aos encargos do ‘leasing' (1.984,35 euros), a opção por esta modalidade custa 5.900 euros nos quatro anos. Se contratar um crédito automóvel e um seguro de danos próprios e responsabilidade civil obrigatória, paga 6.827 euros, cerca de 900 euros a mais. Se optasse por não contratar danos próprios esta modalidade custaria 4.023 euros.

O crédito automóvel é, a par do crédito pessoal, a modalidade certa para quem faz questão da propriedade do veículo desde o início. Em regra, o crédito pessoal é mais caro. Para 10 mil euros a três anos, por exemplo, a Caja Duero (10,6%) não consegue ser alternativa ao Deutsche Bank (até 9,2%). Ainda assim, nada há como simular o custo do empréstimo na página da Deco na Net (www.deco.proteste.pt/simularcreditopessoal).

Metade dos produtos chumbados

O tema já não é novo, mas nunca é demais lembrar: antes de assinar o contrato, compare a TAEG do financiamento proposto com a máxima prevista pelo Banco de Portugal para a modalidade e o trimestre em causa.

Entre Janeiro e Março de 2011, o supervisor definiu um limite de 9,1% para o ‘leasing' de usados e de 15% para o crédito. Ou seja, foram consideradas as taxas máximas possíveis pelos produtos que a Deco analisou, mais de metade da amostra chumba. Nas respostas ao questionário, algumas instituições incluíram a informação de que as condições anunciadas estão sujeitas aos limites legais. Mas tal não é garantia de que não haja abusos. Aliás, na Síntese Intercalar de Actividades de Supervisão, com dados de Janeiro a Agosto de 2010, o Banco de Portugal revela 63 contratos com TAEG excessiva.

Se a taxa efectiva que lhe propuserem for superior à permitida, tente negociar as condições. Caso já tenha contratado um financiamento com taxa acima da legal, apresente queixa no livro de reclamações e exija o que pagou em excesso.

Chave na mão e 1.637 euros no bolso

Para calcular a poupança que pode obter com as Escolhas Acertadas da Deco, foram eliminados todos os produtos que, à taxa máxima, excediam o limite do Banco de Portugal. Depois, foram comparados custos para os dois cenários e duas modalidades de financiamento.

O Barclays, por exemplo, opção mais barata do ‘leasing' para os dois cenários do estudo, cobra menos 443 euros do que a média dos produtos, para um empréstimo de 20 mil euros a quatro anos (TAEG de 5,7%). Face ao mais caro, o Deutsche Bank (7,8%), permite poupar um total de 902 euros, ou 226 euros por ano.

Caso prefira o crédito automóvel, encontra no Deutsche Bank um bom parceiro para a viagem. Este cobra menos 1.637 euros do que a média dos produtos analisados para 20 mil euros a quatro anos (TAEG de 7,6%), o que permite uma poupança de 409 euros por ano. Quando comparado com o produto mais caro, o BES (13,7%), a poupança sobe para 2.599 euros no prazo total ou 650 euros por ano.

Caso esteja interessado numa marca específica, como a BMW, Fiat, Ford ou Mercedes, consulte as locadoras respectivas. Foram encontradas boas condições à taxa mínima. A FGA Capital (Fiat), por exemplo, cobra 3,5% por um crédito automóvel de 10 mil euros a 36 meses. No ‘leasing', a BMW Bank pede 5,6% para o mesmo cenário.

Registo ‘online' por 36 euros

Para registar o carro, entregue nos serviços da conservatória competente uma declaração assinada por si e pelo vendedor, junto com os documentos do veículo. Este serviço funciona também nas lojas do cidadão (60 euros). Os portadores do cartão do cidadão podem recorrer ainda ao sítio do Automóvel Online (www.automovelonline.mj.pt ) e ao Senha 001 (www.senha001.gov.pt), por apenas 36 euros. O novo proprietário tem 60 dias para fazer o registo, sob pena de ver o carro apreendido.

Quando lhe entregarem o veículo, certifique-se de que recebe o título de registo de propriedade e o livrete ou o documento único automóvel. Só com estes documentos pode circular, realizar as inspecções periódicas e vender o carro. A falta deles pode levar o vendedor a responder por eventuais prejuízos.

Se trocar um carro por outro, transfira o seguro. O veículo que entrega deve corresponder à descrição que dele fez e deve poder ser utilizado para o fim a que se destina. Caso venha a detectar problemas no veículo ainda dentro do prazo de garantia, dispõe de dois meses para pedir a reparação, substituição ou redução do preço junto do vendedor. A partir daí, terá dois anos para avançar com uma acção em tribunal, se necessário.

Em caso de conflito, recorra ao Centro de Arbitragem do Sector Automóvel. Este actua a nível nacional e não fixa um limite para o valor das queixas. No processo de conciliação e arbitragem paga 3% a 5% da reclamação.

Financiamento

Escolha acertada para o seu caso

Faz questão de ter o carro em seu nome desde o início?

Sim

Deutsche Bank: Crédito Automóvel

Financiamento até 75 mil euros indexado à euribor a um mês, com ‘spreads' entre 3,2% e 4,7%. Se o carro tiver até cinco anos, pondere contratar seguro de danos próprios.

- 10 mil euros a 36 meses: TAEG de 7,5% a 9,2%

- 20 mil euros a 48 meses: TAEG de 5,9% a 7,6%

www.deutsche-bank.pt

Não

Barclays: ‘Leasing'

Financiamento mínimo de cinco mil euros, indexado à euribor a três ou seis meses, com ‘spreads' de 2,5% a 3,375%. Entrada mínima de uma renda e valor residual até 15%.

- 10 mil euros a 36 meses: TAEG de 5,9% a 6,8%

- 20 mil euros a 48 meses: TAEG de 4,8% a 5,7%

www.barclays.pt

Antes de comprar: Olho vivo no ‘stand' e no crédito

1 - Em busca do valor justo

Pesquise o preço do carro em revistas especializadas, seguradoras, serviços de cotação e sítios de venda na Net. A Deco encontrou diferenças de 15% para um mesmo modelo.

2 - Nem tudo o que luz é ouro

Se não tem conhecimentos de mecânica para avaliar o estado do veículo, peça ajuda a um técnico ou uma vistoria. No seu portal a Deco divulga a lista dos 109 pontos a verificar.

3 - Garantidos por dois anos

Os carros usados comprados a ‘stands' têm dois anos de garantia. Pode reduzir apenas para um ano, mas só por acordo entre o vendedor e comprador.

4 - Outros custos no pacote

Contabilize o preço dos seguros. No ‘leasing', tem de contratar danos próprios e seguro contra terceiros para 50 milhões de euros.

5 - Financiamento em conta

Não fique pelo crédito do concessionário. Em regra, o financiamento dos bancos é mais barato. Use a TAEG como termo de comparação.

*Este artigo foi publicado na edição nº 322 da Revista ProTeste

marcar artigo