OPEP deve manter torneira do petróleo aberta

18-05-2015
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OPEP deve manter torneira do petróleo aberta

09:05 Alexandre Frade Batista

alexandre.batista@economico.pt

Próxima reunião do cartel acontece no mês que vem.

O ministro do petróleo do Irão afirmou à Reuters que não é provável que a OPEP venha a baixar a sua produção na reunião do cartel de produtores que será realizada em Junho.

Questionado pela Reuters sobre se a OPEP irá decidir a redução da produção de petróleo, Rokneddin Javadi, ministro iraniano dos petróleos, responde: "Acho que não". O Irão, ao lado da Venezuela, tem insistido na necessidade de cortar o volume colocado no mercado, de modo a pressionar os preços para cima.

De cada vez que toma uma decisão sobre o volume de produção, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo coloca maior ou menor pressão sobre os preços do "ouro negro".

A influência advém da sua quota de 40% da produção mundial (dados da administração de energia norte-americana) e de, segundo a própria OPEP, 60% das reservas conhecidas a nível mundial estarem nos países que formam o cartel dos petróleos. Não admira assim que cada oscilação seja seguida com atenção pelos mercados.

Na última reunião, em Novembro, quando os preços seguiam abaixo dos 80 dólares por barril - num movimento de correcção que se prolongou até Março, quando rondou os 43 dólares - o então monarca da Arábia Saudita decidiu manter a produção. O país com maior produção do cartel teve, em Janeiro, uma mudança de vulto, com Salman bin Abdulaziz Al Saud a substituir no trono o falecido irmão, e logo se colocou a dúvida sobre a manutenção da estratégia de deixar a torneira petrolífera aberta.

As palavras do ministro iraniano à Reuters poderão ser vistas como a admissão de que não haverá alterações na produção. O facto de a OPEP estar a ganhar quota de mercado, em parte à custa dos cortes na produção do petróleo de xisto nos EUA - vitória para a visão do anterior monarca saudita -, poderá ser um incentivo a esta estratégia. Javadi espera que os preços do barril subam para 80 dólares no próximo ano.

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09:05 Alexandre Frade Batista

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Próxima reunião do cartel acontece no mês que vem.

O ministro do petróleo do Irão afirmou à Reuters que não é provável que a OPEP venha a baixar a sua produção na reunião do cartel de produtores que será realizada em Junho.

Questionado pela Reuters sobre se a OPEP irá decidir a redução da produção de petróleo, Rokneddin Javadi, ministro iraniano dos petróleos, responde: "Acho que não". O Irão, ao lado da Venezuela, tem insistido na necessidade de cortar o volume colocado no mercado, de modo a pressionar os preços para cima.

De cada vez que toma uma decisão sobre o volume de produção, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo coloca maior ou menor pressão sobre os preços do "ouro negro".

A influência advém da sua quota de 40% da produção mundial (dados da administração de energia norte-americana) e de, segundo a própria OPEP, 60% das reservas conhecidas a nível mundial estarem nos países que formam o cartel dos petróleos. Não admira assim que cada oscilação seja seguida com atenção pelos mercados.

Na última reunião, em Novembro, quando os preços seguiam abaixo dos 80 dólares por barril - num movimento de correcção que se prolongou até Março, quando rondou os 43 dólares - o então monarca da Arábia Saudita decidiu manter a produção. O país com maior produção do cartel teve, em Janeiro, uma mudança de vulto, com Salman bin Abdulaziz Al Saud a substituir no trono o falecido irmão, e logo se colocou a dúvida sobre a manutenção da estratégia de deixar a torneira petrolífera aberta.

As palavras do ministro iraniano à Reuters poderão ser vistas como a admissão de que não haverá alterações na produção. O facto de a OPEP estar a ganhar quota de mercado, em parte à custa dos cortes na produção do petróleo de xisto nos EUA - vitória para a visão do anterior monarca saudita -, poderá ser um incentivo a esta estratégia. Javadi espera que os preços do barril subam para 80 dólares no próximo ano.

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