VILA FLOR em Flor

12-12-2013
marcar artigo

Blogue acerca de Vila Flor, do Nordeste Transmontano, publicado por Jofre de Lima Monteiro Alves, Maria de Fátima Amaral, Especiosa Sara Monteiro Alves e Ilídio Inocêncio Monteiro Alves

Largo da Cruz, em Vilas Boas, freguesia do concelho de Vila Flor, num magnífico desenho de Pinho da Silva. Gentileza de Humberto Pinho da Silva. Reprodução proibida.

Ministério do Ambiente identifica problemas ambientais no projecto apresentado pela Sousacamp

O Ministério do Ambiente (MA) considera que a Sousacamp, a empresa que produz cogumelos na freguesia de Benlhevai, no concelho de Vila Flor, tem que adoptar medidas para solucionar o problema dos maus cheiros.

Questionado pelo deputado Agostinho Lopes, do PCP, sobre os “problemas ambientais causados pela Sousacamp”, o Governo informa que “tem acompanhado o assunto, designadamente através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN)”.

O MA realça que, perante o parecer consultivo solicitado em Maio do ano passado, no âmbito do processo de licenciamento do projecto da Sousacamp que decorre na Câmara Municipal de Vila Flor, foram identificadas as áreas com potenciais incidências ambientais de maior relevo, que não estavam identificadas no documento apresentado pela empresa. A falta de um local próprio, nomeadamente uma área impermeabilizada, coberta e munida de sistema de retenção de eventuais escorrências, para deposição do material resultante da substituição do substrato para a produção de cogumelos, até à sua expedição para destino final, bem como de condições adequadas de acondicionamento, de modo a evitar a contaminação do solo, águas subterrâneas ou superficiais, bem como a minimização de odores e proliferação de insectos foi a principal falha detectada no projecto. Até então, a Sousacamp depositava o material resultante da substituição do substrato para a produção de cogumelos nos terrenos envolventes às suas instalações, uma situação que tem que ser corrigida.

Aumento da produção da Sousacamp levanta questões ambientais que têm que ser minimizadas pela empresa

Além disso, a empresa também não especificou o destino final autorizado e compatível com as características do material resultante da substituição do substrato para a produção de cogumelos.

Ao projecto faltava, ainda, a caracterização das emissões para a atmosfera provenientes da queima de biomassa nas duas caldeiras existentes na empresa.

Dos esclarecimentos solicitados pelo deputado comunista também fazia parte a questão da possível contaminação das águas, à qual o MA garante que perante os factos verificados, no âmbito de uma visita efectuada à empresa, “não é previsível que ocorram descargas de águas residuais que possam pôr em causa a qualidade das águas superficiais e subterrâneas”.

Recorde-se que a Sousacamp assinou, em Maio do ano passado, na presença do primeiro-ministro, José Sócrates, dois contratos de investimento, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), para aumentar, de 6 para 28, o número de túneis de produção de substrato. Teresa Batista Notícia do jornal NORDESTE: Semanário Regional de Informação, de 25 de Maio de 2010 http://www.jornalnordeste.com/noticia.as p?idEdicao=317&id=14170&idSeccao=2848&Ac tion=noticia

Idosa desaparecida encontrada com vida no meio do monte Foi encontrada esta manhã a idosa que estava desaparecida de Benlhevai, no concelho de Vila Flor. Ao quarto dia de buscas, apareceu num monte entre as aldeias de Benlhevai e Santa Comba da Vilariça, onde se refugiou. De recordar que a idosa desapareceu ao início da tarde de sábado, alegadamente por sofrer da doença de Alzheimer. A mulher de 77 anos estava a ser procurada pelos familiares, bombeiros e GNR que procederam a buscas com a ajuda de equipas cinotécnicas. “Quando chegaram ao pé dela, ela estava sentada e pôs-se a pé” conta um sobrinho da idosa. “Foi encontrada pelas equipas da GNR e dos bombeiros na parte nascente de Benlhevai”. Luís Mónico acrescenta que ela estava um pouco desorientada. “Ela não perdeu por completo a noção do local onde estava, mas afirmou que andava perdida” refere. “Estou admirado como ela conseguiu sobreviver a estes três dias, sem comer nem nada” afirma. A idosa foi transportada para o hospital de Mirandela para ser observada pelos médicos, já que se encontrava desidratada. Notícia da Rádio Brigantia, de 25 de Maio de 2010 http://www.brigantia.pt/index.php?option=c om_content&task=view&id=3942&Itemid=43

Tal como em “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel Garcia Marquez, também a solidão do nosso meio rural era quebrado pela voz e concertina de algum cego, que de aldeia em aldeia ou de feira em feira, cantava umas quadras com base em algum acontecimento trágico aproveitando com isso recolher alguns míseros escudos bem como a venda das cópias das letras, ficando a gente do povo com que se entreter, repetindo a cantigueta até ao aparecimento da próxima. Romanceiro de José e Manuela Triste despedida aquela Entre José e Manuela. Ao partir para militar, Ele assim diz a sorrir: – «Meu amor hei-de vir P’ra contigo casar». Três meses foram passados Entre aqueles dois namorados Notícias não recebiam; As cartas p’ra Manuela Nunca iam à mão dela Outras pessoas as liam. Havia um vizinho seu Que ao pai dela prometeu Fazê-la rica e feliz, Ser herdeira de seu tio brasileiro Pensativa ela assim diz. – «Se está bem, faço a vontade Pois eu vejo a falsidade Que José não me quer mais». Logo ao outro dia Grande prenda recebia Grande alegria prós pais. Ao quarto do pai foi por Grande jóia de valor; Guardada numa gaveta E sem saber encontrou, Retrato que alguém guardou E algumas cartas abertas. Duma a uma todas leu E toda se comoveu Corre a abraçar a mãezinha. Ela diz com sentimento, – «Pois já não é o casamento Da sua querida filhinha». Com veneno tão forte A jovem encontrou-se morta Por véspera do seu noivado, Mas numa carta dizia: – «José sempre me escrevia, Portanto não foi culpado». Recolha de Maria de Fátima Amaral Maio de 2010 Um burro em Seixo de Manhoses. Fotografia de Jofre de Lima Monteiro Alves.

Descrição: escudo peninsular de ouro, com duas ânforas romanas de vermelho e cebola de vermelho ao centro, enramada de verde; em contrachefe diminuto, três burelas ondadas de azul e prata. Coroa mural de prata com três torres visíveis. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas, com o dizer: «ROIOS». Aprovado pelo parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, emitido a 11 de Março de 2003. Publicado no DIÁRIO DA REPÚBLICA, n.º 122 de 27 de Maio de 2003. Registo da Direcção-Geral da Administração Local, n.º 190/2003, de 16 de Junho de 2003.

RELAÇÃO DE MILITARES NATURAIS DE VILA FLOR MORTOS NA GRANDE GUERRA (1914-1918) Herculano Tito de Morais , soldado, de Trindade, filho de Miguel António de Morais e de Ana Cândida; morto em África.

João dos Santos Madaleno , soldado, de Samões, filho de Francisco Madaleno e de Libânia de Jesus; morto em África.

João Manuel de Carvalho , soldado, de Vilas Boas, filho de José Miguel de Carvalho e de Ermelinda dos Anjos; morto em África.

José António de Mesquita , soldado, de Vilas Boas, filho de João António de Mesquita Júnior e de Maria Joaquina de Oliveira; morto em África.

José Luís de Carvalho , soldado, de Freixiel, filho de Sebastião de Carvalho e de Maria da Luz; morto em África.

José Maria Gomes , soldado, de Samões, filho de Simplício Augusto Gomes e de Filomena Teixeira; morto em África.

Luís dos Santos , soldado, de Seixo de Manhoses, filho de Ana Luísa; morto em África.

Manuel Alexandre Rolo , soldado, de Vila Flor, filho de José Joaquim Rolo e de Vitória da Assunção; morto em África.

Manuel de Jesus Fidalgo , soldado, de Freixiel, filho de José Fidalgo e de Rosalina Augusta; morto em África.

Blogue acerca de Vila Flor, do Nordeste Transmontano, publicado por Jofre de Lima Monteiro Alves, Maria de Fátima Amaral, Especiosa Sara Monteiro Alves e Ilídio Inocêncio Monteiro Alves

Largo da Cruz, em Vilas Boas, freguesia do concelho de Vila Flor, num magnífico desenho de Pinho da Silva. Gentileza de Humberto Pinho da Silva. Reprodução proibida.

Ministério do Ambiente identifica problemas ambientais no projecto apresentado pela Sousacamp

O Ministério do Ambiente (MA) considera que a Sousacamp, a empresa que produz cogumelos na freguesia de Benlhevai, no concelho de Vila Flor, tem que adoptar medidas para solucionar o problema dos maus cheiros.

Questionado pelo deputado Agostinho Lopes, do PCP, sobre os “problemas ambientais causados pela Sousacamp”, o Governo informa que “tem acompanhado o assunto, designadamente através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN)”.

O MA realça que, perante o parecer consultivo solicitado em Maio do ano passado, no âmbito do processo de licenciamento do projecto da Sousacamp que decorre na Câmara Municipal de Vila Flor, foram identificadas as áreas com potenciais incidências ambientais de maior relevo, que não estavam identificadas no documento apresentado pela empresa. A falta de um local próprio, nomeadamente uma área impermeabilizada, coberta e munida de sistema de retenção de eventuais escorrências, para deposição do material resultante da substituição do substrato para a produção de cogumelos, até à sua expedição para destino final, bem como de condições adequadas de acondicionamento, de modo a evitar a contaminação do solo, águas subterrâneas ou superficiais, bem como a minimização de odores e proliferação de insectos foi a principal falha detectada no projecto. Até então, a Sousacamp depositava o material resultante da substituição do substrato para a produção de cogumelos nos terrenos envolventes às suas instalações, uma situação que tem que ser corrigida.

Aumento da produção da Sousacamp levanta questões ambientais que têm que ser minimizadas pela empresa

Além disso, a empresa também não especificou o destino final autorizado e compatível com as características do material resultante da substituição do substrato para a produção de cogumelos.

Ao projecto faltava, ainda, a caracterização das emissões para a atmosfera provenientes da queima de biomassa nas duas caldeiras existentes na empresa.

Dos esclarecimentos solicitados pelo deputado comunista também fazia parte a questão da possível contaminação das águas, à qual o MA garante que perante os factos verificados, no âmbito de uma visita efectuada à empresa, “não é previsível que ocorram descargas de águas residuais que possam pôr em causa a qualidade das águas superficiais e subterrâneas”.

Recorde-se que a Sousacamp assinou, em Maio do ano passado, na presença do primeiro-ministro, José Sócrates, dois contratos de investimento, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), para aumentar, de 6 para 28, o número de túneis de produção de substrato. Teresa Batista Notícia do jornal NORDESTE: Semanário Regional de Informação, de 25 de Maio de 2010 http://www.jornalnordeste.com/noticia.as p?idEdicao=317&id=14170&idSeccao=2848&Ac tion=noticia

Idosa desaparecida encontrada com vida no meio do monte Foi encontrada esta manhã a idosa que estava desaparecida de Benlhevai, no concelho de Vila Flor. Ao quarto dia de buscas, apareceu num monte entre as aldeias de Benlhevai e Santa Comba da Vilariça, onde se refugiou. De recordar que a idosa desapareceu ao início da tarde de sábado, alegadamente por sofrer da doença de Alzheimer. A mulher de 77 anos estava a ser procurada pelos familiares, bombeiros e GNR que procederam a buscas com a ajuda de equipas cinotécnicas. “Quando chegaram ao pé dela, ela estava sentada e pôs-se a pé” conta um sobrinho da idosa. “Foi encontrada pelas equipas da GNR e dos bombeiros na parte nascente de Benlhevai”. Luís Mónico acrescenta que ela estava um pouco desorientada. “Ela não perdeu por completo a noção do local onde estava, mas afirmou que andava perdida” refere. “Estou admirado como ela conseguiu sobreviver a estes três dias, sem comer nem nada” afirma. A idosa foi transportada para o hospital de Mirandela para ser observada pelos médicos, já que se encontrava desidratada. Notícia da Rádio Brigantia, de 25 de Maio de 2010 http://www.brigantia.pt/index.php?option=c om_content&task=view&id=3942&Itemid=43

Tal como em “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel Garcia Marquez, também a solidão do nosso meio rural era quebrado pela voz e concertina de algum cego, que de aldeia em aldeia ou de feira em feira, cantava umas quadras com base em algum acontecimento trágico aproveitando com isso recolher alguns míseros escudos bem como a venda das cópias das letras, ficando a gente do povo com que se entreter, repetindo a cantigueta até ao aparecimento da próxima. Romanceiro de José e Manuela Triste despedida aquela Entre José e Manuela. Ao partir para militar, Ele assim diz a sorrir: – «Meu amor hei-de vir P’ra contigo casar». Três meses foram passados Entre aqueles dois namorados Notícias não recebiam; As cartas p’ra Manuela Nunca iam à mão dela Outras pessoas as liam. Havia um vizinho seu Que ao pai dela prometeu Fazê-la rica e feliz, Ser herdeira de seu tio brasileiro Pensativa ela assim diz. – «Se está bem, faço a vontade Pois eu vejo a falsidade Que José não me quer mais». Logo ao outro dia Grande prenda recebia Grande alegria prós pais. Ao quarto do pai foi por Grande jóia de valor; Guardada numa gaveta E sem saber encontrou, Retrato que alguém guardou E algumas cartas abertas. Duma a uma todas leu E toda se comoveu Corre a abraçar a mãezinha. Ela diz com sentimento, – «Pois já não é o casamento Da sua querida filhinha». Com veneno tão forte A jovem encontrou-se morta Por véspera do seu noivado, Mas numa carta dizia: – «José sempre me escrevia, Portanto não foi culpado». Recolha de Maria de Fátima Amaral Maio de 2010 Um burro em Seixo de Manhoses. Fotografia de Jofre de Lima Monteiro Alves.

Descrição: escudo peninsular de ouro, com duas ânforas romanas de vermelho e cebola de vermelho ao centro, enramada de verde; em contrachefe diminuto, três burelas ondadas de azul e prata. Coroa mural de prata com três torres visíveis. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas, com o dizer: «ROIOS». Aprovado pelo parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, emitido a 11 de Março de 2003. Publicado no DIÁRIO DA REPÚBLICA, n.º 122 de 27 de Maio de 2003. Registo da Direcção-Geral da Administração Local, n.º 190/2003, de 16 de Junho de 2003.

RELAÇÃO DE MILITARES NATURAIS DE VILA FLOR MORTOS NA GRANDE GUERRA (1914-1918) Herculano Tito de Morais , soldado, de Trindade, filho de Miguel António de Morais e de Ana Cândida; morto em África.

João dos Santos Madaleno , soldado, de Samões, filho de Francisco Madaleno e de Libânia de Jesus; morto em África.

João Manuel de Carvalho , soldado, de Vilas Boas, filho de José Miguel de Carvalho e de Ermelinda dos Anjos; morto em África.

José António de Mesquita , soldado, de Vilas Boas, filho de João António de Mesquita Júnior e de Maria Joaquina de Oliveira; morto em África.

José Luís de Carvalho , soldado, de Freixiel, filho de Sebastião de Carvalho e de Maria da Luz; morto em África.

José Maria Gomes , soldado, de Samões, filho de Simplício Augusto Gomes e de Filomena Teixeira; morto em África.

Luís dos Santos , soldado, de Seixo de Manhoses, filho de Ana Luísa; morto em África.

Manuel Alexandre Rolo , soldado, de Vila Flor, filho de José Joaquim Rolo e de Vitória da Assunção; morto em África.

Manuel de Jesus Fidalgo , soldado, de Freixiel, filho de José Fidalgo e de Rosalina Augusta; morto em África.

marcar artigo