Pela primeira vez prestação da casa custa menos que o spread

30-05-2015
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Pela primeira vez prestação da casa custa menos que o spread

28 Mai 2015 Marta Marques Silva

Em Junho, em vez de somar o indexante ao ‘spread’ terá de subtraí-lo. Algo inédito.

O que até há alguns meses parecia uma impossibilidade torna-se realidade já no próximo mês. As taxas Euribor negativas irão reflectir-se pela primeira vez na prestação do crédito à habitação. Para quem faz a revisão da mensalidade em Junho, e tem como indexante a Euribor a três meses, a taxa de juro anual passará a ser inferior ao valor do ‘spread'. Ou seja, em Junho, em vez de somar o indexante ao ‘spread' terá de subtraí-lo.

Uma nova dinâmica que vale mais pelo carácter excepcional do que pela poupança gerada. Quem tenha um ‘spread' de 1%, por exemplo, verá a sua taxa anual cair para 0,99%. Ou seja, na prática, uma família que reveja o valor da prestação em Junho, e tenha como indexante a taxa Euribor a três meses, verá a sua mensalidade cair cerca de 0,8% face à última revisão. Ou seja, pouco mais de 2,60 euros, no caso de um empréstimo de 100.000 euros, a 30 anos, com um ‘spread' de 1%. Já quem tem o crédito indexado à taxa a seis meses ou a 12 meses, não terá indexantes negativos mas terá uma poupança maior a partir de Junho.

Ao contrário da taxa a três meses, que atingiu um valor médio de -0,01% em Maio, a média da Euribor a seis meses segue ainda em terreno positivo. Atingiu os 0,058% este mês, o que valerá uma descida em torno de 1,7% para as famílias que revêem a prestação em Junho. Serão no entanto aqueles que optaram pela taxa Euribor a 12 meses quem sentirá o maior alívio na factura ao final do mês. A média deste indexante caiu de 0,596% em Maio de 2014 para os actuais 0,166%, o que se irá reflectir na maior queda mensal da prestação em dois anos. Estas famílias sentirão um alívio na prestação de 5,8% face ao que vinham a pagar nos últimos meses.

Recorde-se que, em Março, o Banco de Portugal foi forçado a intervir, no sentido de clarificar a obrigação dos bancos reflectirem as taxas negativas dos indexantes no crédito.

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Pela primeira vez prestação da casa custa menos que o spread

28 Mai 2015 Marta Marques Silva

Em Junho, em vez de somar o indexante ao ‘spread’ terá de subtraí-lo. Algo inédito.

O que até há alguns meses parecia uma impossibilidade torna-se realidade já no próximo mês. As taxas Euribor negativas irão reflectir-se pela primeira vez na prestação do crédito à habitação. Para quem faz a revisão da mensalidade em Junho, e tem como indexante a Euribor a três meses, a taxa de juro anual passará a ser inferior ao valor do ‘spread'. Ou seja, em Junho, em vez de somar o indexante ao ‘spread' terá de subtraí-lo.

Uma nova dinâmica que vale mais pelo carácter excepcional do que pela poupança gerada. Quem tenha um ‘spread' de 1%, por exemplo, verá a sua taxa anual cair para 0,99%. Ou seja, na prática, uma família que reveja o valor da prestação em Junho, e tenha como indexante a taxa Euribor a três meses, verá a sua mensalidade cair cerca de 0,8% face à última revisão. Ou seja, pouco mais de 2,60 euros, no caso de um empréstimo de 100.000 euros, a 30 anos, com um ‘spread' de 1%. Já quem tem o crédito indexado à taxa a seis meses ou a 12 meses, não terá indexantes negativos mas terá uma poupança maior a partir de Junho.

Ao contrário da taxa a três meses, que atingiu um valor médio de -0,01% em Maio, a média da Euribor a seis meses segue ainda em terreno positivo. Atingiu os 0,058% este mês, o que valerá uma descida em torno de 1,7% para as famílias que revêem a prestação em Junho. Serão no entanto aqueles que optaram pela taxa Euribor a 12 meses quem sentirá o maior alívio na factura ao final do mês. A média deste indexante caiu de 0,596% em Maio de 2014 para os actuais 0,166%, o que se irá reflectir na maior queda mensal da prestação em dois anos. Estas famílias sentirão um alívio na prestação de 5,8% face ao que vinham a pagar nos últimos meses.

Recorde-se que, em Março, o Banco de Portugal foi forçado a intervir, no sentido de clarificar a obrigação dos bancos reflectirem as taxas negativas dos indexantes no crédito.

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