BPI surpreende pela negativa com queda de 13% no lucro

15-09-2014
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BPI surpreende pela negativa com queda de 13% no lucro

Eudora Ribeiro

20 Abr 2012

O BPI fechou o primeiro trimestre com um lucro de 39,3 milhões de euros, abaixo do esperado pelo mercado.

Em comunicado enviado à CMVM, o BPI informa que teve um lucro de 39,3 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que corresponde a uma quebra de 13% em relação ao resultado registado no mesmo período do ano passado.

O resultado surpreendeu pela negativa uma vez que os analistas sondados pela Reuters esperavam, em média, uma subida de 13% no lucro até aos 51 milhões de euros no arranque do ano.

As contas divulgadas hoje mostram uma quebra dos resultados tanto na actividade doméstica do banco (-5%) como na actividade internacional (-20,4%). Os dados revelam que o contributo do Banco de Fomento Angola (BFA) para o lucro do grupo ascendeu a 18,4 milhões de euros, menos 21% do que há um ano, e também o contributo da participação de 30% no BCI em Moçambique registou uma quebra de 22% no primeiro trimestre.

No comunicado, o BPI adianta que o produto bancário em Portugal cresceu 10% até 19,3 milhões de euros, "a reflectir "uma redução substancial da margem financeira que, contudo, foi compensada por lucros em operações financeiras, essencialmente de natureza não recorrente".

Já a margem financeira desceu 26%, para 78,7 milhões de euros, em Portugal, uma evolução "muito penalizada pelo aumento do custo médio dos recursos, em particular dos depósitos a prazo, que anulou o efeito positivo sobre a margem da continuação do processo de ajustamento dos spreads de crédito", explica o banco liderado por Fernando Ulrich.

Englobando a actividade internacional, a margem financeira caiu 22% enquanto o produto bancário aumentou 4,1% até Março.

Em Portugal, os depósitos de clientes cresceram 5,5% para 19,6 mil milhões de euros no trimestre, uma tendência também registada na actividade internacional (+36% em Moçambique, por exemplo).

Já a carteira de crédito a clientes na actividade doméstica diminuiu 4%, o equivalente a cerca de menos mil milhões de euros, uma quebra também registada em Angola (-7%).

Os mesmos dados mostram que o BPI chegou a 31 de Março com um rácio de capital core Tier 1 - indicador usado para aferir a saúde financeira dos bancos - de 9,4%. Até Junho, e por imposição da Autoridade Bancária Europeia, este indicador terá de subir até aos 10% e o BPI já admitiu recorrer à linha de recapitalização do Estado para, se necessário, cumprir esta meta.

Na sessão de hoje, as acções do BPI subiram 0,25% para 0,408 euros.

BPI surpreende pela negativa com queda de 13% no lucro

Eudora Ribeiro

20 Abr 2012

O BPI fechou o primeiro trimestre com um lucro de 39,3 milhões de euros, abaixo do esperado pelo mercado.

Em comunicado enviado à CMVM, o BPI informa que teve um lucro de 39,3 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que corresponde a uma quebra de 13% em relação ao resultado registado no mesmo período do ano passado.

O resultado surpreendeu pela negativa uma vez que os analistas sondados pela Reuters esperavam, em média, uma subida de 13% no lucro até aos 51 milhões de euros no arranque do ano.

As contas divulgadas hoje mostram uma quebra dos resultados tanto na actividade doméstica do banco (-5%) como na actividade internacional (-20,4%). Os dados revelam que o contributo do Banco de Fomento Angola (BFA) para o lucro do grupo ascendeu a 18,4 milhões de euros, menos 21% do que há um ano, e também o contributo da participação de 30% no BCI em Moçambique registou uma quebra de 22% no primeiro trimestre.

No comunicado, o BPI adianta que o produto bancário em Portugal cresceu 10% até 19,3 milhões de euros, "a reflectir "uma redução substancial da margem financeira que, contudo, foi compensada por lucros em operações financeiras, essencialmente de natureza não recorrente".

Já a margem financeira desceu 26%, para 78,7 milhões de euros, em Portugal, uma evolução "muito penalizada pelo aumento do custo médio dos recursos, em particular dos depósitos a prazo, que anulou o efeito positivo sobre a margem da continuação do processo de ajustamento dos spreads de crédito", explica o banco liderado por Fernando Ulrich.

Englobando a actividade internacional, a margem financeira caiu 22% enquanto o produto bancário aumentou 4,1% até Março.

Em Portugal, os depósitos de clientes cresceram 5,5% para 19,6 mil milhões de euros no trimestre, uma tendência também registada na actividade internacional (+36% em Moçambique, por exemplo).

Já a carteira de crédito a clientes na actividade doméstica diminuiu 4%, o equivalente a cerca de menos mil milhões de euros, uma quebra também registada em Angola (-7%).

Os mesmos dados mostram que o BPI chegou a 31 de Março com um rácio de capital core Tier 1 - indicador usado para aferir a saúde financeira dos bancos - de 9,4%. Até Junho, e por imposição da Autoridade Bancária Europeia, este indicador terá de subir até aos 10% e o BPI já admitiu recorrer à linha de recapitalização do Estado para, se necessário, cumprir esta meta.

Na sessão de hoje, as acções do BPI subiram 0,25% para 0,408 euros.

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