Tecnoforma: Belém responde ao PS com silêncio

26-09-2014
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Tecnoforma: Belém responde ao PS com silêncio

Marta Moitinho Oliveira, Inês Bastos e Márcia Galrão

Ontem 15:30

O Presidente da República vai manter-se em silêncio sobre a polémica que envolve o primeiro-ministro em relação a alegados recebimentos da Tecnoforma não declarados ao Fisco e ao Parlamento, e no âmbito da qual Passos admitiu a demissão.

O Presidente da República vai manter-se em silêncio sobre a polémica que envolve o primeiro-ministro em relação a alegados recebimentos da Tecnoforma não declarados ao Fisco e ao Parlamento, e no âmbito da qual Passos admitiu a demissão.

Depois do repto do PS para que Cavaco Silva diga se tem mais informação e "se pensa que está tudo bem", o chefe de Estado vai optar pelo silêncio por entender que não deve criar ruído. Belém considera que não há nada em concreto nem qualquer decisão, sabe o Económico.

O pedido do primeiro-ministro para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareça eventuais ilícitos na sua relação com a Tecnoforma chegou ontem às mãos de Joana Marques Vidal. A PGR não deu uma data para uma comunicação. Passos entra hoje à tarde na habitual reunião semanal com Cavaco sem um esclarecimento formal.

No PSD, à excepção do núcleo duro de Passos - que delineou a estratégia -, o ambiente é de ansiedade. Deputados e gabinetes do Governo ficaram nervosos quando ouviram o primeiro-ministro admitir a demissão, caso a PGR confirme alguma ilegalidade.

Os mais próximos de Passos mantêm contudo a confiança, como mostra a declaração ontem de Luís Montenegro (o Governo vai cumprir o mandato até ao fim com a liderança de Passos) e a de Teresa Leal Coelho, que defendeu na TVI que a acusação "cobarde", nascida de uma denúncia anónima, não tem fundamento.

No CDS também se desvaloriza a ameaça de demissão. "Não temos nenhum indicador de que o risco é real", disse um dirigente centrista ao Económico. "Quem está na posse de todos os factos decidiu a estratégia e esta é coerente com a forma de ser do primeiro-ministro", rematou.

A três dias das primárias, o PS não avança ainda com nenhuma posição concreta nem se pronuncia sobre um eventual inquérito parlamentar proposto pelo Bloco. Amanhã há debate quinzenal na Assembleia da República e Passos será certamente confrontado com o caso Tecnoforma. Luís Montenegro disse entretanto que o primeiro-ministro responderá a "todas as perguntas" sobre o assunto.

Conteúdo publicado no Económico à Uma. Subscreva aqui.

Tecnoforma: Belém responde ao PS com silêncio

Marta Moitinho Oliveira, Inês Bastos e Márcia Galrão

Ontem 15:30

O Presidente da República vai manter-se em silêncio sobre a polémica que envolve o primeiro-ministro em relação a alegados recebimentos da Tecnoforma não declarados ao Fisco e ao Parlamento, e no âmbito da qual Passos admitiu a demissão.

O Presidente da República vai manter-se em silêncio sobre a polémica que envolve o primeiro-ministro em relação a alegados recebimentos da Tecnoforma não declarados ao Fisco e ao Parlamento, e no âmbito da qual Passos admitiu a demissão.

Depois do repto do PS para que Cavaco Silva diga se tem mais informação e "se pensa que está tudo bem", o chefe de Estado vai optar pelo silêncio por entender que não deve criar ruído. Belém considera que não há nada em concreto nem qualquer decisão, sabe o Económico.

O pedido do primeiro-ministro para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareça eventuais ilícitos na sua relação com a Tecnoforma chegou ontem às mãos de Joana Marques Vidal. A PGR não deu uma data para uma comunicação. Passos entra hoje à tarde na habitual reunião semanal com Cavaco sem um esclarecimento formal.

No PSD, à excepção do núcleo duro de Passos - que delineou a estratégia -, o ambiente é de ansiedade. Deputados e gabinetes do Governo ficaram nervosos quando ouviram o primeiro-ministro admitir a demissão, caso a PGR confirme alguma ilegalidade.

Os mais próximos de Passos mantêm contudo a confiança, como mostra a declaração ontem de Luís Montenegro (o Governo vai cumprir o mandato até ao fim com a liderança de Passos) e a de Teresa Leal Coelho, que defendeu na TVI que a acusação "cobarde", nascida de uma denúncia anónima, não tem fundamento.

No CDS também se desvaloriza a ameaça de demissão. "Não temos nenhum indicador de que o risco é real", disse um dirigente centrista ao Económico. "Quem está na posse de todos os factos decidiu a estratégia e esta é coerente com a forma de ser do primeiro-ministro", rematou.

A três dias das primárias, o PS não avança ainda com nenhuma posição concreta nem se pronuncia sobre um eventual inquérito parlamentar proposto pelo Bloco. Amanhã há debate quinzenal na Assembleia da República e Passos será certamente confrontado com o caso Tecnoforma. Luís Montenegro disse entretanto que o primeiro-ministro responderá a "todas as perguntas" sobre o assunto.

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