Seguro quer que Passos levante sigilo bancário

26-09-2014
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Seguro quer que Passos levante sigilo bancário

Márcia Galrão

marcia.galrao@economico.pt

10:49

Passos rejeita revelar em público dados bancários, mas admite dar “todas as informações à PGR”.

“Faremos tudo para apurar toda a verdade”, diz António José Seguro, não esclarecendo se isso significa juntar-se ao Bloco de Esquerda para a abertura de um inquérito parlamentar sobre o caso Tecnoforma.

E acredita que para “esclarecer tudo” é preciso “o levantamento do sigilo bancário” das contas do primeiro-ministro, algo que Passos rejeita prontamente fazer em público, mas admitindo dar “todas as informações à PGR”.

Depois das explicações de Passos Coelho, garantindo que não recebeu qualquer valor da Tecnoforma enquanto foi deputado em exclusividade, António José Seguro desafiou o primeiro-ministro a levantar o “sigilo bancário” das suas contas à época, dizendo-lhe que “não basta a palavra, é preciso os factos”. E portanto questionou : “Recebeu ou não Pedro Passos Coelho algum dinheiro ou remuneração sob que forma for?”.

E o primeiro-ministro diz que “não há dúvidas”, porque apresentou as despesas de almoços e de representação ao Centro Português para a Cooperação e que elas lhe foram “pagas”, mas garante que “não auferiu um rendimento” dessa ONG.

“Não tive cartões de crédito, não recebia remunerações e portanto não tinha nada que afectasse o regime de exclusividade”. Mas como Seguro diz que isso não chega, Passos diz que o líder do PS quer “vasculhar” as suas contas bancárias e que só apresentará essas informações “à Procuradoria-Geral da República”.

O secretário-geral do PS insistiu e diz que não podem restar dúvidas. E levanta até a “questão ética”, porque diz que a “promiscuidade entre política e negócios não pode existir, muito menos com o primeiro-ministro”. Passos insiste que as deslocações que fez não constituem “violação da exclusividade” em que estava no Parlamento.

E remeteu para o ex-administrador da Tecnoforma que falou no Centro Português para a Cooperação como um “facilitador de negócios” da Tecnoforma, a resposta a saber que negócios foram esses. E lembrou que no despacho de arquivamento do processo na PGR está “claro” que não “existe qualquer elemento que sugira ilícito.

Seguro quer que Passos levante sigilo bancário

Márcia Galrão

marcia.galrao@economico.pt

10:49

Passos rejeita revelar em público dados bancários, mas admite dar “todas as informações à PGR”.

“Faremos tudo para apurar toda a verdade”, diz António José Seguro, não esclarecendo se isso significa juntar-se ao Bloco de Esquerda para a abertura de um inquérito parlamentar sobre o caso Tecnoforma.

E acredita que para “esclarecer tudo” é preciso “o levantamento do sigilo bancário” das contas do primeiro-ministro, algo que Passos rejeita prontamente fazer em público, mas admitindo dar “todas as informações à PGR”.

Depois das explicações de Passos Coelho, garantindo que não recebeu qualquer valor da Tecnoforma enquanto foi deputado em exclusividade, António José Seguro desafiou o primeiro-ministro a levantar o “sigilo bancário” das suas contas à época, dizendo-lhe que “não basta a palavra, é preciso os factos”. E portanto questionou : “Recebeu ou não Pedro Passos Coelho algum dinheiro ou remuneração sob que forma for?”.

E o primeiro-ministro diz que “não há dúvidas”, porque apresentou as despesas de almoços e de representação ao Centro Português para a Cooperação e que elas lhe foram “pagas”, mas garante que “não auferiu um rendimento” dessa ONG.

“Não tive cartões de crédito, não recebia remunerações e portanto não tinha nada que afectasse o regime de exclusividade”. Mas como Seguro diz que isso não chega, Passos diz que o líder do PS quer “vasculhar” as suas contas bancárias e que só apresentará essas informações “à Procuradoria-Geral da República”.

O secretário-geral do PS insistiu e diz que não podem restar dúvidas. E levanta até a “questão ética”, porque diz que a “promiscuidade entre política e negócios não pode existir, muito menos com o primeiro-ministro”. Passos insiste que as deslocações que fez não constituem “violação da exclusividade” em que estava no Parlamento.

E remeteu para o ex-administrador da Tecnoforma que falou no Centro Português para a Cooperação como um “facilitador de negócios” da Tecnoforma, a resposta a saber que negócios foram esses. E lembrou que no despacho de arquivamento do processo na PGR está “claro” que não “existe qualquer elemento que sugira ilícito.

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