‘Não' ganha vantagem na Escócia a uma semana do referendo

12-09-2014
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‘Não' ganha vantagem na Escócia a uma semana do referendo

Alberto Teixeira

alberto.teixeira@economico.pt

10 Set 2014

Última sondagem aponta para vantagem do ‘Não' no referendo de 18 de Setembro sobre a independência da Escócia. Mas há 10% de indecisos que vão ditar o futuro escocês.

A uma semana do referendo, os escoceses continuam bastante divididos quanto futuro da nação no seio do Reino Unido. A última sondagem hoje divulgada pelo Daily Record dá vantagem ao ‘Não', embora a percentagem de indecisos possa contrariar essa tendência.

Num inquérito a 1.000 escoceses, 47,6% manifestou a intenção de votar ‘Não' no referendo, enquanto 42,4% planeia votar a favor da independência da Escócia. Cerca de 10% dos inquiridos revelaram indecisos, deixando tudo em aberto.

A campanha contra a separação da Escócia ganhou hoje reforços de peso, com a entrada em cena de vários responsáveis políticos de peso, como o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Num artigo de opinião hoje publicado num jornal britânico, Cameron fez um apelo emotivo para os escoceses decidirem continuar a serem membros do Reino Unido. "Não destroçam o meu coração", escreveu o líder britânico.

Também o antigo primeiro-ministro John Major está contra aquilo que considera "tolice" se a Escócia decidir abandonar o Reino Unido.

Escócia precisa de 150 mil milhões para manter libra

Entretanto, o governador do Banco de Inglaterra (BoE), Mark Carney, adiantou que uma Escócia independente irá precisar de reservas no total de 150 mil milhões de libras se quiser continuar a usar a divisa britânica.

"É um facto que a dimensão das reservas é um dos mais importantes factores que determina a credibilidade de uma nação", adiantou Carney aos deputados numa audição hoje em Londres. Esclareceu que as reservas do banco central deverão situar-se entre 25% e mais de 100% do PIB, dependendo da sofisticação da economia e do tamanho do sector financeiro.

Neste ponto, o governador do BoE sublinhou que Hong Kong, que tem um sistema financeiro maior, tem reservas de entre 110% e 120% do produto da sua economia.

E acrescentou que o banco central britânico já elaborou um plano de contingência no caso de a Escócia se declarar independente ao fim de uma união de 307 anos com a Inglaterra.

‘Não' ganha vantagem na Escócia a uma semana do referendo

Alberto Teixeira

alberto.teixeira@economico.pt

10 Set 2014

Última sondagem aponta para vantagem do ‘Não' no referendo de 18 de Setembro sobre a independência da Escócia. Mas há 10% de indecisos que vão ditar o futuro escocês.

A uma semana do referendo, os escoceses continuam bastante divididos quanto futuro da nação no seio do Reino Unido. A última sondagem hoje divulgada pelo Daily Record dá vantagem ao ‘Não', embora a percentagem de indecisos possa contrariar essa tendência.

Num inquérito a 1.000 escoceses, 47,6% manifestou a intenção de votar ‘Não' no referendo, enquanto 42,4% planeia votar a favor da independência da Escócia. Cerca de 10% dos inquiridos revelaram indecisos, deixando tudo em aberto.

A campanha contra a separação da Escócia ganhou hoje reforços de peso, com a entrada em cena de vários responsáveis políticos de peso, como o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Num artigo de opinião hoje publicado num jornal britânico, Cameron fez um apelo emotivo para os escoceses decidirem continuar a serem membros do Reino Unido. "Não destroçam o meu coração", escreveu o líder britânico.

Também o antigo primeiro-ministro John Major está contra aquilo que considera "tolice" se a Escócia decidir abandonar o Reino Unido.

Escócia precisa de 150 mil milhões para manter libra

Entretanto, o governador do Banco de Inglaterra (BoE), Mark Carney, adiantou que uma Escócia independente irá precisar de reservas no total de 150 mil milhões de libras se quiser continuar a usar a divisa britânica.

"É um facto que a dimensão das reservas é um dos mais importantes factores que determina a credibilidade de uma nação", adiantou Carney aos deputados numa audição hoje em Londres. Esclareceu que as reservas do banco central deverão situar-se entre 25% e mais de 100% do PIB, dependendo da sofisticação da economia e do tamanho do sector financeiro.

Neste ponto, o governador do BoE sublinhou que Hong Kong, que tem um sistema financeiro maior, tem reservas de entre 110% e 120% do produto da sua economia.

E acrescentou que o banco central britânico já elaborou um plano de contingência no caso de a Escócia se declarar independente ao fim de uma união de 307 anos com a Inglaterra.

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