Schroders rejeita qualquer reestruturação da dívida grega

24-07-2015
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Numa nota de ‘research' publicada hoje, David Scammell, responsável da Schroders pelo departamento de estratégias de taxas de juro na Europa e Reino Unido, revela que "no curto prazo, os custos da reestruturação da dívida [grega] superam os benefícios - tanto para a própria Grécia como para toda a zona euro."

Para o especialista da sociedade gestora britânica, uma eventual operação de reestruturação de Atenas "não iria resolver qualquer problema relacionado com o balanço nem com os rendimentos da Grécia". Pelo contrário. Para Scammell, o mais provável seria que a reestruturação agravasse ainda mais o problema e potenciasse ainda mais os ventos contrários ao crescimento grego por via do "prejuízo dos bancos nacionais e da corrosão da riqueza e da confiança", diz.

Scammell refere ainda que "outra consequência adversa seria o menor acesso ao financiamento externo e ao aumento do custo dos empréstimos, não apenas para o Governo, mas também para os bancos gregos, empresas e exportadores."

Recorde-se que hoje os investidores continuam a pressionar os títulos de dívida grega no mercado secundário e a darem quase como inevitável uma operação de reestruturação. Aliás, hoje as obrigações do Tesouro grego estão a cotar a um preço médio de 44% abaixo do "par".

No contexto do mercado de dívida, Scammell refere que a reestruturação da dívida helénica "poderá, muito provavelmente, destabilizar os mercados de obrigações com um contágio significativo nos países periféricos."

Isto significaria que rapidamente a atenção dos investidores passaria da Grécia para outro país periférico tornando-se num factor negativo para a própria economia europeia.

"Suspeitamos que a maioria dos políticos têm noção deste perigo e é por isso que nós não encaramos qualquer reestruturação da dívida ou extensão da maturidade das obrigações este ano. Em vez disso, suspeitamos que o caminho a seguir será, em último caso, a socialização total da dívida dos países periféricos", lê-se no documento.

Na prática, a Schroders acredita que a União Europeia continuará a evitar a todo o custo uma operação de reestruturação potenciando, em último caso, um longo processo de transferências de dinheiro dos países solventes (Alemanha) para os mais carenciados.

Numa nota de ‘research' publicada hoje, David Scammell, responsável da Schroders pelo departamento de estratégias de taxas de juro na Europa e Reino Unido, revela que "no curto prazo, os custos da reestruturação da dívida [grega] superam os benefícios - tanto para a própria Grécia como para toda a zona euro."

Para o especialista da sociedade gestora britânica, uma eventual operação de reestruturação de Atenas "não iria resolver qualquer problema relacionado com o balanço nem com os rendimentos da Grécia". Pelo contrário. Para Scammell, o mais provável seria que a reestruturação agravasse ainda mais o problema e potenciasse ainda mais os ventos contrários ao crescimento grego por via do "prejuízo dos bancos nacionais e da corrosão da riqueza e da confiança", diz.

Scammell refere ainda que "outra consequência adversa seria o menor acesso ao financiamento externo e ao aumento do custo dos empréstimos, não apenas para o Governo, mas também para os bancos gregos, empresas e exportadores."

Recorde-se que hoje os investidores continuam a pressionar os títulos de dívida grega no mercado secundário e a darem quase como inevitável uma operação de reestruturação. Aliás, hoje as obrigações do Tesouro grego estão a cotar a um preço médio de 44% abaixo do "par".

No contexto do mercado de dívida, Scammell refere que a reestruturação da dívida helénica "poderá, muito provavelmente, destabilizar os mercados de obrigações com um contágio significativo nos países periféricos."

Isto significaria que rapidamente a atenção dos investidores passaria da Grécia para outro país periférico tornando-se num factor negativo para a própria economia europeia.

"Suspeitamos que a maioria dos políticos têm noção deste perigo e é por isso que nós não encaramos qualquer reestruturação da dívida ou extensão da maturidade das obrigações este ano. Em vez disso, suspeitamos que o caminho a seguir será, em último caso, a socialização total da dívida dos países periféricos", lê-se no documento.

Na prática, a Schroders acredita que a União Europeia continuará a evitar a todo o custo uma operação de reestruturação potenciando, em último caso, um longo processo de transferências de dinheiro dos países solventes (Alemanha) para os mais carenciados.

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